Learning to Live

É Las Vegas, baby!

4 dias depois.

Decepção

substantivo feminino

Sentimento de tristeza, frustração ou descontentamento pela ocorrência de fato inesperado, que representa um mal; desilusão, desapontamento.

Anya estava sentada no refeitório da universidade enquanto comia um hambúrguer. Ela havia terminado sua última aula do dia e estava morrendo de fome. Então aproveitou o momento para comer algo antes de, enfim, voltar para casa.

A jovem parou de prestar atenção apenas em sua comida quando viu dois de seus colegas se sentarem em sua frente. Ela acenou para eles e continuou se alimentando, como se sua vida dependesse disso. Sem notar os sorrisos presunçosos nos rostos deles.

– Como vai a sua irmã? – Perguntou um dos garotos que estava com um sorriso sacana estampado no rosto, coisa que a espanhola não entendeu quando viu.

– Bem. Por quê? – Perguntou ela sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo naquele momento.

– Ela deve estar muito bem mesmo. – Brincou o outro rapaz que fez questão de dar ênfase no "muito bem".

– Por que estão pergunta sobre a minha hermana? – Anya perguntou, já não aguentando mais de tanta curiosidade.

– Não está sabendo? – Um dos rapazes perguntou e viu a garota negar com a cabeça, isso o fez soltar uma risadinha e pegar uma das batatas que ela havia comprado. – Há alguns dias atrás, nós fomos em uma casa noturna e lá vimos sua irmã. – A espanhola parou de comer e prestou atenção nas palavras do jovem. – Ela estava como garçonete, a princípio. Daí eu pensei em chamar ela porque eu estava afim de transar com ela. – O maxilar de Anya trincou e uma vontade imensa de bater nele havia entrado em seu corpo, mas ela teve que se controlar. Se controlou mesmo quando o outro menino soltou uma risada nasal. – Só que ela foi transar com um cara rico que estava lá.

– Você bem que podia pedir para sua irmã agendar uma hora para gente. – Pediu o outro rapaz que estava rindo de sua própria fala.

Os olhos de Anya ficaram avermelhados de tanta raiva que ela sentiu dos dois garotos. Ela tinha que se controlar para não bater neles, pois senão poderia acabar sendo expulsa da universidade, porém nem isso a deteve. Quando ela caiu em si novamente, seus punhos haviam acertado os rostos dos dois de cada vez em uma velocidade fora do normal. Ela sentiu alguém lhe segurando e viu Alicia em sua frente agora. Raven e Clarke estavam empurrando os dois rapazes para longe da espanhola.

– O que você pensa que está fazendo, Anya? – Perguntou Alicia que estava a segurando pela cintura. – Não pode fazer isso aqui dentro e você sabe disso.

– Devia tirar a verdade da sua irmãzinha vagabunda. – Falou o rapaz que Clarke havia empurrado.

– Que verdade? Do que ele está falando, Anya? – Perguntou Clarke que não estava entendendo nada do que estava acontecendo ali.

– Fala, Anya, fala que a sua irmã é uma prostituta. – O garoto falou aquilo alto e isso fez com que uma rodinha de curiosos se formasse ao redor deles. Clarke e Raven se entreolharam e os empurraram mais uma vez.

– Não fala assim dela! – Mandou Raven que empurrou um dos rapazes. Ela podia não se dar tão bem com a espanhola, mas nunca iria aceitar que a ofendessem.

– Anya... – Alicia chamou em um quase sussurro quando viu que Anya estava para perder a cabeça novamente. – Não escute o que eles dizem. Vá para casa, ok?

– Eu tenho que proteger a minha hermana, Ali, você não entende isso? – A espanhola falava quase gritando, pois a raiva que estava sentindo era realmente enorme.