É sempre você

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Alguns trechos desse capítulo foram tirados do "O livro dos ressignificados" de João Doederlein, também conhecido como "Akapoeta".

Boa leitura <3

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"Dizem que cada átomo do seu corpo, um dia, foi uma estrela."

Clarke enxugou suas lágrimas e desligou o chuveiro. A garota ficou olhando para o teto e se perdeu em seus pensamentos. Ela estava se sentindo exausta, tanto fisicamente quanto mentalmente, e também estava faminta. Naquele momento, ela era capaz de comer qualquer coisa só para poder se sentir satisfeita.

A jovem passou suas mãos por seus cabelos claros e curtos enquanto pensava em algo para lhe dar um pouco de ânimo para encarar o resto da noite, pois ela estava sentindo que não iria ser nada boa para ela. Mas nada de bom lhe veio em mente, apenas seus centenas de problemas apareceram e ela já estava farta de todos eles.

Clarke resolveu parar de pensar, já que não estava parecendo ser uma boa coisa, e abriu a porta de vidro do box, mas se arrependeu quase que imediatamente, pois viu um sapo parado ali na frente e a observando com aqueles olhos estranhos.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAALEXANDRIA. – Ela gritou com um enorme desesperado. Uma coisa que ela odiava, eram insetos e anfíbios também. A garota queria morrer naquele momento, pois não queria estar no mesmo ambiente que aquele bicho asqueroso.

Clarke viu Lexa entrando no banheiro como se estivesse muito calma, mais calma do que já esteve em toda a sua vida e aquilo a irritou um pouco, porém, seu medo era maior do que qualquer coisa, então ignorou a atitude de sua esposa.

– O que fo... – Lexa parou de falar quase que instantaneamente, pois olhou para o box e viu sua esposa nua, bem, ela não viu muita coisa, pois o vidro estava embaçado e ela o amaldiçoou mentalmente com todas as ofensas que conhecia. A morena não conseguia desviar seus olhos do corpo de sua esposa, ela conseguia enxergar as pernas, mas não conseguia ver o que tinha entre elas. Podia ver os desenhos de seus seios, porém não via nada além disso, só que, mesmo assim, nada nunca lhe pareceu tão certo e perfeito. – Clar...

Antes que ela pudesse dizer algo, Clarke notou que ainda estava totalmente nua e isso fez suas bochechas esquentarem de uma forma adorável. Ela puxou sua toalha que havia deixado ali estendida e a pôs ao redor de seu corpo, a deixando devidamente coberto.

– Alexandria, eu... – A loira passou as mãos por seus cabelos enquanto tentava raciocinar no motivo de a ter chamado, mas não foi preciso tanto esforço, já que logo viu o bicho pulando pelo chão e ficando cada vez mais perto de si, mesmo que não tivesse como ele passar para seu lado por conta do vidro. – Eu quero que você tire esse sapo nojento daqui.

Lexa olhou para onde a garota estava apontando e então viu o bichinho vivendo sua vida normalmente, sem se importar com o que estava acontecendo ao seu redor e isso a deixou com um pouco de inveja, pois bem que ela queria levar a vida como a dele.

– Sapo? Isso não é um sapo não. – Informou a Woods que foi até o animal e o pegou com uma mão, logo o aproximando um pouco de seu rosto para poder analisá-lo com precisão. – É só uma rãzinha.

– E EU LÁ ME IMPORTO COM ISSO, SUA IMBECIL? – Clarke não se aguentou e acabou gritando de tanto nervoso que ela estava passando nas últimas horas. Lexa a olhou com uma expressão de tédio e esperou que ela continuasse a gritar, já que, aparentemente, era só isso que ela sabia fazer. – Alexandria, só tire esse bicho daqui.

– Tem medo? – Perguntou ela de uma forma um pouco neutra, mas um sorriso travesso estava no canto de seus lábios e Clarke não gostou nada daquilo. – Tem medo da rã?

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