Está me irritando

2.9K 264 153
                                    

Quando as meninas começaram a entrar na universidade por conta do horário, Raven segurou Octavia pelo braço. A morena de olhos claros em desespero, puxou Anna que a olhou para ver o que ela queria e quando notou o que se passava, ela ficou parada ao lado de Octavia e encarava Raven.

– Eu quero falar com a Octavia em particular. – Disse Raven com o maxilar trincado. Tamanha era sua raiva naquele momento por estar sendo interrompida pela espanhola que nem ao menos era sua amiga.

– Eu não perguntei o que você queria. – Falou Anna que não entendeu a fala da morena irritada.

– Octavia, pode pedir para sua amiguinha sair para podermos conversar? – Pediu Rae que manteve seu olhar fixo nos olhos escuros da espanhola intrometida.

– Na verdade ela não pode, Reyes. Octavia e eu temos que ir para a aula agora, certo? – Antes que a morena de olhos claros pudesse responder alguma coisa, Anna a puxou para dentro da universidade, deixando Raven bufando como um touro para trás.

A morena não entendia o motivo, mas a raiva estava a consumindo naquele momento.

(...)

O professor explicava sua matéria, os alunos prestavam atenção em tudo o que era dito por ele, exceto Clarke. Ela prestava atenção em qualquer outro pensamento em sua cabeça, menos em coisas relacionadas a aula que era considerada difícil e importante.

Na sua mente um par de olhos verdes lhe perturbavam e o beijo a deixava total e completamente fora de órbita. Clarke ainda se lembrava exatamente de como as pupilas de Lexa se dilataram antes de lhe beijar, o brilho no olhar da garota ainda estava muito vívido em sua memória e aquela lembrança a deixava um pouco curiosa, pois ela não entendia aquele brilho. A loira ficava repassando o momento antes e depois do beijo em sua mente como louca, tentando compreender todos aqueles acontecimentos e aquilo a estava deixando mais irritada do que deveria.

A Griffin passou as mãos em sua boca, em uma tentativa inútil de limpar qualquer vestígio que pudesse existir ali de sua inimiga, Alexandria Woods. Ela sabia que aquilo não iria servir de nada, mas, ainda sim, ela não podia aceitar o que havia acontecido entre ela e a outra mulher.

Clarke suspirou enraivecida com o som da respiração do garoto ao seu lado. O estado de seus sentimentos estavam piores do que de costume e isso a fazia perder a cabeça de uma forma péssima. Clarke passou as mãos por seus cabelos, tentando se acalmar, mas de nada aquilo adiantou. Também pudera, como isso poderia ajudar?

– Dá para parar de respirar? Está me irritando. – Pediu a loira em um tom de voz baixo, porém firme. O rapaz olhou para ela como se não tivesse entendido o motivo de um pedido como aquele, pois era absurdo, mas fez o possível para regular sua respiração, já que ele conhecia bem a fama e temperamento de Clarke Griffin, e de forma alguma queria sofrer a irá dela.

A loira ficou mais aliviada e, então, começou a desenhar alguns rabiscos e rascunhos em um de seus cadernos, apropriados para desenho, que estavam em sua mesa. Ela não entendeu o motivo de estar desenhando aquilo, mas estava e não iria parar. Ela negou com a cabeça como se reprovasse sua própria atitude e se focou em sua arte em forma de rabiscos feitos por um simples lápis.

(...)

Josephine, ao invés de prestar atenção na aula de sua faculdade de biologia, estava mais interessada em seu novo colega de classe. Ela admirava o espanhol chamado Gabriel que estava sentado um pouco mais a frente dela. A loira olhava cada movimento que ele fazia, cada palavra que ele escrevia em seu caderno, cada respiração mais profunda, suas expressões faciais extremamente concentradas; ele era perfeito, o homem perfeito para ela.

Learning to LiveOnde histórias criam vida. Descubra agora