Learning to Live

Quem é você?

"Ou você é frio e machuca as pessoas, ou você é sentimental e elas te machucam."

Clarke acabara de sair do banheiro principal da casa. Ela já estava totalmente vestida para ir a faculdade, a única exceção era de seu cabelo que ainda estava molhado e ela o secava com sua toalha de banho.

A garota caminhou até seu quarto e abriu a porta do mesmo, mas estava distraído enquanto secava seu cabelo curto e loiro. Ela parou seus movimentos das mãos e dos pés assim que olhou para o cantinho onde Carijó ficava com seus pintinhos e notou que a mãe deles não estava lá. Ela olhou por todo o quarto e nenhum sinal dela, havia apenas uma pena jogada no chão do quarto. Ela se agachou para pegar e pensou em como o animal saiu do cômodo, sendo que a porta estava fechada e Clarke não deixava que ninguém entrasse ali além dela mesma.

– Carijó? Cadê você, Carijó? – A loira se levantou e deu uma última olhada por todo quarto, assim tento a certeza de que a galinha já não estava mais ali, coisa que a deixou confusa.

Clarke parou de pensar em Carijó quando ouviu a porta de seu quarto ser aberta, assim, ela olhou na direção do som e viu Ontari adentrar seu quarto com o mesmo sorriso amigável que sempre lhe lançava; mal sabia a loira que aquele sorriso de amigável não tinha nada.

– Ei, Dona Clarke. Bom dia. – Saldou a garota sorridente, mas a Griffin ainda estava meio distante por conta do sumiço de sua tal amada galinha.

– Bom dia, Ontari. Precisa de algo? – Perguntou enquanto terminava de secar seus cabelos e jogou a toalha em sua cama; ela não se importava se fosse molhar o lençol, a única coisa que lhe importava era sair à procura de Carijó.

– Na verdade, não. Eu só queria ver a senhora, já que gosto tanto da sua presença. – Clarke sorriu de uma forma agradecida e a morena retribuiu, mas seu sorriso era completamente falso e a loira não tinha tempo nem vontade de prestar atenção nisso. – A senhora está procurando por algo?

– Sim, estou. Você viu a minha galinha? A Carijó? – Clarke perguntou e olhou mais uma vez por seu quarto para ter a total certeza de que ela não estava por ali. Com isso, ela não pôde notar a expressão maléfica que se formou no rosto de Ontari.

– A última vez que a vi, ela estava com a Lexa. – Respondeu a jovem que se assustou com o olhar estranho que a Griffin lhe mandou quase que imediatamente, mas um sorriso apareceu em seus lábios quando a garota saiu quase que desesperada do cômodo. A confusão estava armada. Seria finalmente o dia em que Clarke deixaria Lexa livre só para Ontari poder tê-la si?

A universitária só parou de marchar quando entrou na cozinha e viu que todos os moradores, exceto por Alicia, estavam tomando café da manhã na mesa que ali havia. Abby estava limpando uma galinha para o almoço e não pareceu notar quando a loira entrou ali parecendo um furacão, mas todos os outros notaram sua presença, assim como também notaram a de Ontari que estava logo atrás dela.

– Ei, Minha Pequena. Bom dia! – Saldou Lexa com um sorriso em seus lábios antes de beber um grande gole do café que estava em sua xícara. – Veio comer com a gente? – Sua pergunta era retórica, pois sua esposa nunca comia com eles; ela ainda estava presa no que Lexa falou no dia em que ela chegou à fazenda.

– Alexandria. – O tom de voz de Clarke soou extremamente sério e isso assustou a todos ali presentes, especialmente a Lexa, já que fora seu nome chamado pela jovem.

– Que isso, catreva. Arrepiou até os cabelos do meu cu. – Todos reviraram os olhos com a fala de Finn e ele era todo sorrisos, assim como na maior parte de todos os seus dias.

– É só a Clarke fazendo Clarkice. – Defendeu Anya antes de roubar comida do prato de Kane, sem o mesmo perceber, e dar para Toicinho que estava escondido embaixo da mesa. O homem olhou para seu prato e sentiu que algo estava faltando. Ele olhou ao redor e acabou não encontrando o que estava procurando, assim tirando risadinhas de Anya, Finn, Monty e Jasper. Já Lexa, Ontari e Abby apenas reviraram os olhos. Clarke não fez nada, estava apenas esperando que todos calassem a boca, senão ela iria dar um de seus surtos.