Quebrar para reconstruir

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Oi, povo cheiroso! Sentiram saudades? Porque eu sim, sabe

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"Às vezes é preciso quebrar para poder reconstruir. – Aubrey Posen, Pitch Perfect 2."

Alicia estava acariciando o corpinho de Toicinho com cuidado e delicadeza, assim como sabia que Anya gostaria que fosse feito, quando ouviu o interfone tocar e se levantar; assim ouvindo a voz do porteiro ecoar por ali questionando se a veterinária poderia subir. Ela agradeceu a chegada dela aos céus, já que, aos seus olhos, o animal não parecia estar em seus melhores dias. Ela até mesmo chegou a se perguntar se aquilo poderia ser saudades de sua dona, ou ele apenas poderia estar doente.

Esperava ansiosamente que fosse o seu primeiro pensamento.

Um alívio percorreu todo seu corpo quando a campainha pôde ser ouvida por seus ouvidos. A garota pegou o porco em seus braços com todo o cuidado, mesmo que não morresse de amores por ele, e foi até a porta com ele aninhado de uma forma amorosa perto de seu peito. Ela até poderia achar fofo se não estivesse mais ocupada com sua mente mergulhada em preocupação por centenas de assuntos diferentes.

Ao chegar lá, Alicia pôde perceber que a veterinária, que era quase nada mais baixa que si mesma e tinha brilhantes cabelos ruivos, que davam um belo contraste com seus chamativos olhos azuis, já havia sido recepcionada por seus amigos que estavam presentes no apartamento.

– Ah, então é esse rapazinho que precisa de mim? – Finn e Lincoln se entreolharam, pensando que a mulher estava falando sobre um deles, mas ignoraram quando perceberam que era sobre o porco. A ruiva caminhou até Alicia, não se sentindo nada envergonhada, e acariciou o animal que levantou os olhinhos para si. – Ele parece bem abalado.

– Eu sei, por isso te liguei. – Os olhos azuis da veterinária encontraram os seus verdes e ela pareceu lhe entender, porém, ao mesmo tempo em que notou isso, a morena pensou ter visto um misto de tristeza nos olhos dela, parecido com o que via em si mesma quando amava Anna em segredo.

– Você fez bem. – Ela afirmou e logo desviou seus olhos de Alicia, já que ela parecia estudá-los. A ruiva ficou fazendo carinho no porco rosado e ficou em um extremo silêncio, o que fez o grupo de amigos se entreolharem enquanto tentavam entender o que estava acontecendo ali. Lincoln e Alicia se olharam e perceberam que iriam lidar com mais uma pessoa estranha, já não bastava todas as pessoas que tiveram que lidar ao longo do caminho que percorreram até ali.

A mulher fungou alto e Raven pôde perceber, mesmo com ela de cabeça baixa, que seus olhos estavam marejados, indicando que ela estava prendendo o choro.

– Ruiva, você está bem? – Foi Finn quem questionou, já incomodado com o fato de que teria de ver mais choradeira, especialmente depois dele mesmo ter chorado por conta de sua amiga hospitalizada.

– É que... – Ela levantou a cabeça, assim deixando que todos vissem suas lágrimas. Octavia levou uma mão ao seu coração ao se sentir compadecida pela moça. Já Alicia apenas tentava entender o que diabos estava acontecendo com aquela mulher que apenas deveria cuidar de Toicinho. – É que ele me fez lembrar da Beca. – Sua voz embargou e mais lágrimas lhe escaparam, junto de um soluço.

– Quem é Beca? – Lincoln perguntou inocentemente, logo vendo seu namorado o olhar enquanto se perguntava se ele realmente deveria ter feito aquela pergunta, pois imaginava que mais drama viria por aí. Ele apenas não estava com vontade de ver mais um drama amoroso acontecer naquele grupo, visto que o interesse amoroso de Anya também se chamava Becca.

Alicia e Raven souberam que Lincoln não deveria ter perguntado aquilo quando viram a ruiva fungar e respirar fundo, como se estivesse se preparando para algo.

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