Capitulo 12

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A meta de comentários foi atingida e aqui está o capítulo prometido em troca :)

Boa leitura.







O lado bom de estar em uma nova gestação, além de não ser eu a louca com um bebê no bucho, era o fato de Carina estar subindo pelas paredes e eu, como uma boa esposa, precisar atender suas necessidades causadas por uma libido exacerbada.

Mas, falando sério, era muito bonitinho vê-la agoniada, constrangida em admitir que estava com tanto desejo, se virando de um lado para o outro, me lançando olhares lascivos, dissimulados e logo em seguida tímidos.

Eu precisava lembra-la de que era normal e que eu estava ali com ela para tudo e mais ainda para isso.

Essa noite ela me soltou um "ai, Maya... agora eu entendo o que as pessoas que são loucas por sexo pensam" e eu comecei a rir, porque o modo como falou foi adoravelmente sofrido.

Eu disse a ela:

-Carina, você só tem que vir pegar o que já é seu.

E ela me olhou cheia de constrangimento e desejo, me puxando pela blusa para um beijo quente e desesperado que só parou quando ela se lembrou de me mandar trancar a porta do quarto.

Agora, depois de termos ido dormir próximo às quatro horas da manhã, estávamos nos preparando para irmos a consulta com a doutora Brooke.

Tínhamos arrumado nossa cria, que ficaria com Amelia , já que Andy estaria trabalhando para cobrir a falta da garota que trabalhava aos fins de semana. Agora, enquanto eu passava creme nas pernas, que estavam cinzentas, vi de relance Carina parada em frente ao espelho, a blusa levantada e as mãos no ventre.

-O que há, amor? - perguntei, me aprumando para olha-la.

-Você não acha que estou gorda? - perguntou e notei certo incômodo em sua voz.

Como dizia Dahlia: oh-oh...

Entramos em um caminho perigoso.

Carina não estava gorda, não é isso, mas entre não estar e convencê-la de que não estava era bem diferente.

Uma barriguinha de nada começava a apontar, coisa apenas de perceber se você passa horas por dia olhando para ela, que é o que eu faço.

Além disso ela vinha perdendo cintura e as covinhas de sua barriga também tiveram certa mudança.

Talvez por isso estivesse se achando gorda, mas o que ela esperava estando grávida?

Pigarreei, limpando a garganta.

-Não, amor - respondi por fim.

Carina pressionou os lábios apertados, não se dando por satisfeita, e passou a mão pela barriga novamente bem em cima de onde estava o voluminho extra.

-Não sei... - murmurou.

Me aproximei de Carina e beijei sua bochecha, colocando as mãos sobre as dela.

-Carina, minha linda, meu amor, meu amorzinho... você não está gorda, está grávida. Uma hora sua barriga vai aparecer - tentei meu melhor para deixa-la mais tranquila.

Ela se encarou mais um momento no espelho, o cenho franzido se desmanchando aos poucos, então suas sobrancelhas se ergueram por alguns segundos e quando beijei seu rosto carinhosamente outra vez, Carina finalmente sorriu.

Me virei para olha-la nos olhos.

-Está tudo bem? - perguntei.

-Está - me disse com firmeza, suas mãos saindo de sua barriga para tocar meu rosto e nos aproximar para um beijo.

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