Oie, como estão? Já me seguem no twitter? @dani_savreO que aprendi nesse um mês e meio de vida do pequeno Bear, era que ele era um bebê sério e observador, talvez até um pouco tímido, mas que gostava de conversar, embora não emitisse mais do que ruídos.
Carina disse que era saudável conversar com o bebê, mas eu ainda me sentia estranha em fazer isso e ela não me julgava. Falava muito em espanhol e francês com ele, me deixando, portanto, excluída de um terço das conversas.
Eu não me importava. Era muito lindo ouvi-la falar e o pequeno suja fraldas responder com seus barulhinhos e sorrisinhos que, embora Carina tenha dito serem ainda movimentos involuntários, eram fofos.
Carina estava bem melhor. Apesar de cansada, não vivia mais a beira de lágrimas e estava bem mais ativa que antes, principalmente depois de sua última consulta com a médica, que a liberou para fazer atividades físicas leves antes de investir no pilates, que minha esposa disse ser ótimo para a musculatura.
Nossa família tinha ido embora há três semanas depois de uma última visita para descobrir como estávamos nos virando. Foi coisa rápida, minha família em um dia e a de Carina no outro. Minha sogra chegou a comentar como era engraçado que Teddy tivesse nascido com os pelinhos já que normalmente acontecia com prematuros, mas após perceber ter me assustado com a possibilidade de nosso filho ter algum problema, deixou claro que não deixava de ser normal.
Stephanie chegou a comentar que era sorte da criança não termos colocado o nome dele de Macaquinho ou Muffin. Eu não entendia por que estavam tão convictos que o nome da coisinha número dois seria Muffin, mas deixei passar, afinal o miudinho tinha o nome perfeito.
Falando em coisinha, a número um foi quem mais ficou feliz com a visita, porque apesar delas terem durado cerca de quinze minutos e do bebê ter sido passado de colo em colo por estar acordado - sem chorar em nenhum momento - as visitas logo passaram a lhe dar atenção. Isso foi um alívio, já que temíamos que as atenções estivessem voltadas completamente para nosso trequinho mais novo e a miudinha acabar de lado, mesmo que sem intenções maldosas.
A campainha tocou.
Eu já sabia quem era naquele belíssimo fim de semana, então só levantei do sofá, onde relaxava com Carina enquanto a criaturinha dois estava em um colchão de bruços para treinar levantar a cabeça e a criaturinha um pintava alguma coisa na mesinha de centro.
Abri a porta, dando de cara com minha amiga de longa data me dando um sorriso desafiador.
-Olha só, ela está inteira - zombou, me fazendo rir.
-Oi, Vic - a cumprimentei - entre.
-Tia Vic! - gritou nossa pirralhinha, correndo em nossa direção.
Victoria se abaixou em tempo de pega-la em um abraço.
As duas se davam muito bem, apesar de se verem poucas vezes. Cake a adorava.
-Ei, como você está, Baby D? - perguntou minha amiga, arrancando um sorriso enorme de minha cria.
-Estou bem. Você veio ver o Bear, não é? - perguntou, desanimando.
-Vim ver se ele é tão legal quanto você, mas duvido muito disso, sabia?
A praguinha sorriu novamente.
-Eu sou muito mais legal - afirmou - ele só chora, dorme e faz cocô.
Vic riu.
-Então vamos ver ele só um pouquinho - chamou, arrumando a postura e pegando a mão da pestinha, indo com ela para a sala, onde Carina aguardava com Bear no colo e um sorriso no rosto pela atenção que viu minha amiga dar a nossa filha mais velha.
-Oi, Vic - cumprimentou Carina.
-Hey, Carina, tudo bom? Você parece ótima.
Carina riu, negando com a cabeça.
Era incrível também como as duas se davam bem agora que minha segurança emocional não estava em jogo.
-Estou bem. E você, como está?
-Estou muito bem - disse, então se inclinou para a bolinha branca e cabeluda nos braços de Carina- ah, meu Deus, ele é uma gracinha!
Carina abriu um sorriso gigantesco e orgulhoso e eu disse:
-Só fazemos filhos bonitos nessa casa, Victoria.
Ela me olhou por um momento e voltou seus olhos para o bebê observador.
-Vocês tem sorte de serem lindas, porque essas crianças são a cara de vocês - falou - olha só esses olhinhos...
Bear balbuciou suas coisas incompreensíveis para Vic, que riu.
-Você quer pega-lo? - perguntou Carina.
-Eu posso? - perguntou Vic.
-Claro! - disse Carina.
-Mas tem que lavar a mão para pegar no Bear - se intrometeu a pestinha maior - a maior chatice...
-É verdade, mas é o certo, não é? - perguntou Vic, novamente interagindo com a menina.
-Sim.
-Por que você não me mostra onde lavar as mãos? - sugeriu minha amiga.
-Está bem, vem comigo! - chamou a pirralhinha e as duas sumiram pela casa.
Sentei com Carina no sofá e fiquei lhe mandando beijinhos, o que a fazia rir e suas bochechas corarem.
Minutos depois, Victoria e a praguinha voltaram tagarelando.
-Mamães, a tia Vic disse que meu quarto é mais legal que o do Bear - contou a criança, subindo em meu colo.
-É mesmo? - perguntei e ela assentiu.
Carina passou o bebê para os braços de Vic, que começou a conversar com ele afinando a voz.
-Eu não acredito que você convenceu Carina a colocar esse nome na criança - disse em negação.
-A mulher do cartório também não acreditou - contei - mas quando disse que nossa primeira filha tem nome de Bolo acho que ela decidiu que nossa família era mesmo incomum e o registrou Theodore Bear Deluca Bishop.
-Maya me venceu pela fofura. O nome realmente combina com ele.
-Estranhamente sim - disse, o olhando.
Depois de um tempo conversando, o chatinho começou a resmungar pela hora de mamar e Vic se despediu, não querendo atrapalhar o momento e prometendo voltar para brincar com Cake.
Depois de mamar e arrotar, deixamos ele no sofá enquanto Carina e eu conversávamos com ele e a pirralhinha estava brincando.
Eu, na verdade, tentava dizer alguma coisa a ele, o que fazia Carina rir e me repreender por chamar ele de fedidinho e bomba de cocô.
Entendiada e enciumada com nossa atenção pelo bebê, a praguinha maior se aproximou.
-Vocês só ficam com esse chato - reclamou, o olhando de cima e fazendo algo que Carina e eu estávamos tentando há dias.
A olhando com sua cara emburrada, Bear abriu seu primeiríssimo sorriso voluntário.
-O que foi, seu fedido? - ela perguntou e se fosse possível o sorriso do bebê se abriu ainda mais ele balbuciando os sons que aprendeu a fazer e tirando um riso inevitável da praguinha maior.
Finalmente, irmão e irmã se reconhecendo e se derretendo um pelo outro.
Eu acho...

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With All My Soul
FanfictionTERCEIRA TEMPORADA DE WITH ALL MY LOVE Até agora minha vida parecia estar na mais perfeita ordem, mas com uma conversa com minha esposa, tudo poderia vir a mudar e minha vida se tornaria uma loucura novamente.