With All My Soul

Capitulo 6

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Dependendo da quantidade de comentários volto ainda hoje 😉

Não era como se não tivessemos desconfiado antes, mas quando achamos que a menstruação de Carina havia descido seus seios inchados e humor instável se tornaram parte de seu ciclo e seu sono excessivo se tornou uma característica da rotina cansativa de minha mulher.

Como eram férias de verão para as escolas e Cake ficaria em casa, havíamos combinado que eu tiraria o mês de julho de férias e Carina o mês de agosto, assim poderíamos nos revezar em ficar o dia inteiro com nossa pestinha.

Logo, ainda era meu mês de cuidar de Cake quando descobrimos a gravidez e eu estava preparada para o que virá a ser o inferno de Carina nos próximos meses.

Ou melhor, nas próximas semanas.

Me lembrava muito bem que meus enjoos tiveram início no começo da sétima semana e, surpresa! Começaria naquele mesmo dia.

Acordei minutos antes de Carina , a observando em seu sono pesado e aguardando pelo momento em que ela acordaria em agonia. Eu estaria pronta para ajuda-la a passar por isso.

De acordo com o exame feito por Carina no hospital, o bebê estava para nascer em março e observamos que se seguisse o mesmo caminho de Cake de vir ao mundo semana antes do previsto, ele poderia nascer na semana do meu aniversário de trinta anos. Talvez até no dia.

E claro que seria um menino.

Suspirei, ainda olhando Carina. Ela tinha a boca meio aberta, o rosto contra o travesseiro com os cabelos espalhados por toda a face. Estava coberta até o pescoço, não permitindo enxergar o conjuntinho de short e blusa azul bebê que vestia.

Com cuidado, afastei com as pontas dos dedos os fios escuros sobre seu rosto, sentindo a pele quente e macia já sentindo pena de toda a oleosidade que enfrentaria nos próximos meses.

Mordi o lábio inferior com esse pensamento, me repreendendo porque eu deveria tentar ser mais otimista. Quem sabe isso facilitaria mais as coisas para Carina...

Então, a morena em meus lençóis gemeu e se esticou embaixo do cobertor, franzindo o cenho e abrindo os olhos lentamente. Um sorrisinho curvou seus lábios ao me ver a encarando e ela se espreguiçou.

-Bom dia, Maya - ela murmurou apertando os olhos e piscando para acostuma-los a semi luz.

Hm... ela não saiu correndo...

-Hey, amor - me estiquei e deixei um beijinho em sua testa - bom dia. Como se sente?

Carina gemeu manhosamente se esticando de novo.

-Muito bem e você? - ela disse.

A encarei. Seus olhos castanhos brilhavam.

Estranho.

-Bem - murmurei - está bem mesmo? Não está enjoada?

Ela negou com a cabeça.

-Não. Estou muito bem mesmo - juntou as sobrancelhas, pensando por um momento - bom, um pouco cansada e com preguiça de fazer exercícios e ir trabalhar, mas nada grave.

-Ah, sim... Bom, você sempre pode ficar em casa.

-Nem vem - bufou - combinamos que eu seguiria minha rotina normal até o dia do parto.