With All My Soul

Capitulo 33

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Eu estava no quarto, ciente de que toda minha família e a de Carina estava lá fora, mas eu só havia deixado nossa coisinha número um entrar, pois ela estava ansiosa para ver a mama dela e só se tranquilizou ao vê-la em seu sono tranquilo e pesado na cama do hospital.

Ainda não sabia o que aconteceu, mas vê-la e saber que estava bem me deixava tranquila.

-Então, seu irmãozinho chegou ao mundo e eu quero que você entenda que a mama e eu amamos muito vocês dois, mas agora ele vai precisar de muita atenção por ser pequenininho - falei com a pestinha.

Estávamos sentadas, ela na poltrona e eu em uma cadeira. A pirralhinha prestava bastante atenção no que eu dizia.

-Isso eu já sei. Vocês me disseram - ela lembrou.

-Eu sei, mas só estou reforçando.

Ouvi uma batidinha na porta, que se abriu, mostrando uma enfermeira entrar com um bercinho móvel.

-A mamãe já acordou? - perguntou ela.

-Ainda não - falei.

-Vou deixar o bebê aqui e quando ela acordar me chamem que vou explicar como amamenta-lo, tudo bem?

-Está bem.

A enfermeira deixou o bercinho próximo a cama de Carina e a pestinha que já anda e fala e eu trocamos um olhar, correndo logo em seguida para ver a coisinha número dois.

Começamos a rir, porque ele era mesmo a coisa mais engraçada que eu já havia visto, mas de uma maneira adorável.

Acaba que eu realmente estava certa e Carina pariu mesmo um ursinho de pelúcia, pois não só sua cabeça era lotada de um monte de cabelos pretinhos como toda a parte visível de seu pequeno e gorducho corpinho era coberta por finos pelinhos.

Tive uma ideia imediatamente e ela foi complementada quando a criaturinha número dois começou a abrir o berreiro com seu choro forte e alto, tão diferente dos miadinhos de gato que sua irmã dava na sua idade.

Me senti na obrigação de pega-lo nos braços e o fiz morrendo de medo de deixar ele cair ou quebrar alguma coisa por ter segurado errado. Deu certo. Os anos em que segurei Stephanie no colo ainda me serviam de experiencia, mesmo já tendo se passado vinte anos do período de teste.

Mas o bebê ainda chorava.

Pensei até em chama-lo de Zeus, porque pelo que tinha conhecimento de sua história ele tinha maravilhosos pulmões que o fazia chorar alto como trovões, mas não, eu tinha outra ideia em mente.

-Por que ele não para? - perguntou Cake, parecendo irritada.

Coitada, aquele era só o começo...

-Temos que fazer ele se acalmar - expliquei - vamos cantar para ele.

-Cantar o que?

Abri um sorriso para os dois e comecei a canção Teddy Bear, de Elvis:

-Oh, baby, let me be your lovin teddy bear... Repete comigo.

E ela repetiu no mesmo ritmo:

-Oh, baby, let me be your lovin teddy bear...

-Put a chain around my neck and lead me anywhere... - continuei, ninando o pequeno chorão.

-Put a chain around my neck and lead me anywhere... - repetiu a criança.

-Oh, let me be your teddy bear...