Capitulo 32

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Atualização surpresa as 4:58 da manhã antes de ir trabalhar 😬

Leiam o capítulo e me deixem saber as teorias...

twitter: @dani_savre




Eu já estava alerta.

No dia anterior ao que completaria quarenta semanas, Carina me alertou que havia começado a sentir contrações com maior frequência, mas disse que me alertaria se a dor passasse a ficar insuportável.

Sinto que ela sofreu a tarde toda, mas não havia muito o que pudéssemos fazer além de esperar.

Nossa cria estava agoniada com a quietude e expressões de dor junto a pequenos gemidos que vinham da mãe, mas explicamos a ela que era normal e significava que o bebê estava se preparando para nascer.

Stephanie ficou conosco aquela noite por ordem de mamãe, dormindo no nosso quarto, uma vez que nós ainda estávamos dormindo no quarto de hóspedes. O motivo era que precisaríamos de alguém que tomasse  conta da praguinha imediatamente se Carina fosse dar a luz de madrugada, antes da família chegar para se prontificar em ajudar.

Nós fizemos a maior faxina que essa casa já viu há dois dias, quando o que mamãe disse ser o instinto de Carina apitou e ela ficou agoniada para arrumar tudo.

Os Deluca também tinham chegado de viagem no dia anterior, então a família em pouco tempo estaria completamente reunida.

Carina se mexia muito em seu sono. Me dava agonia vê-la em tamanho sofrimento, mas era uma dor inevitável.

Tinha feito uma massagem nela antes de deitarmos e acho que ajudou bastante.

A qualquer momento ela me diria que estava na hora e eu tinha que me manter calma por nós duas.

Carina era uma guerreira, choramingava baixinho, quase que inaudivelmente cada vez que sentia dor, respirando fundo e soltando um gemidinho que não conseguia conter.

Então, pelo que deveria ser a sétima vez naquela noite, Carina se levantou para ir ao banheiro.

Não me preocupei muito, porque nos últimos dias ela vinha dormido menos e ido ao banheiro mais vezes. Essa noite então, mas entendo ser pela dor.

Então ouvi um gemidinho e um ofegar junto a um praguejar baixo.

-Amor? Está tudo bem? - perguntei.

-Maya, me ajude aqui - pediu e levantei na hora, abrindo a porta e dando de cara com Carina em pé na frente da pia.

Vi o reflexo pálido de seu rosto no espelho e ela estava suada, ou tinha molhado o rosto, não sei ao certo.

-Está tudo bem? - perguntei.

Carina assentiu.

-Minha bolsa estourou - falou, muito calma e olhei para baixo vendo o chão um pouco molhado - só me ajude a sair daqui sem cair.

Calma, Maya. Não é como nos filmes que a bolsa da mulher estoura e as pessoas precisam sair correndo. Você sabe disso melhor que ninguém. Mantenha a calma!

Já sabíamos que isso ia acontecer e Carina já estava com contrações há horas.

Mantenha a calma!

Respirei fundo algumas vezes.

-Tudo bem, venha - a ajudei a sair sem escorregar - vou ligar para minha mãe.

-Está bem - murmurou.

-Está com muita dor? - perguntei e ela assentiu vigorosamente, seus olhos brilhando.

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