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Era eu segurando a coisinha por uma mão e Carina por outra, embora eu aparentasse estar mais em pânico que ela, que estava a pouco chorando achando que não tinha conseguido engravidar e agora descobria que podia estar perdendo o bebê.
Eu não a entendia e ia acabar ficando louca tentando.
Mas talvez ela apenas estivesse em choque.
-Maya, calma - pediu Carina, indicando a criaturinha ao meu lado com a cabeça.
Olhei para Dahlia, que estava quieta olhando para nós duas com seus olhos um tanto confusos. Carina sorriu para a menina e disse algo em francês, língua que eu nunca havia conseguido aprender e que era pouco frequente atualmente em nossa casa, apesar de flagrar periodicamente as duas conversando no idioma.
A criança assentiu e passou a olhar pela janela, então Carina me olhou novamente. Notei que uma de suas mãos estava pousada sobre o ventre.
-Não está nem um pouco apavorada? - perguntei e Carina suspirou.
-Estou, mas estamos fazendo o certo indo para o hospital e é só o que podemos fazer por agora. Eu... - suspirou novamente - ainda tenho esperanças.
Baixou os olhos para o colo e eu segurei sua mão, dando um leve aperto.
Não sabia o que estava acontecendo comigo mesma. Nem na minha gravidez tive tanto medo de sofrer um aborto, e olhe que por mais que não desejasse aquela gestação me preocupava com o que podia ou não acontecer. A verdade é que eu nunca cheguei perto de passar por um aborto e por hora me esquecia do período de grande risco dos três primeiros meses.
O carro parou na entrada do hospital.
-Obrigada, moço - agradeceu Carina por nós.
-Cuidado, Carina! - a alertei quando a vi remover o cinto apressadamente - devagar.
-Estou tendo cuidado, Maya. E estou devagar.
Abri a porta e saí com Cake.
Logo o carro partiu e entramos no prédio, nos encaminhando para a recepção.
-Eu não gosto daqui - declarou a coisinha, parando no caminho e cruzando os braços.
Lancei um olhar para que Carina se adiantasse e me abaixei diante da criatura.
Ela realmente detestava hospitais, principalmente desde que quebrou o braço caindo na escola no ano anterior, coisa que nunca foi explicado inteiramente para nós por ela, mas pelo que foi dito na direção do colégio ela estava correndo e subindo e pulando das coisas até que caiu.
Não duvidamos porque ela realmente dava bastante trabalho na escola e ainda tinha muita energia para gastar em casa.
Peste.
-Ouça, bebê. É pela mama - disse - ela precisa vir aqui agora. Não vão fazer nada com você hoje.
Fez bico.
-Promete?
-Prometo.
-De dedinho e tudo? - estendeu o mindinho e enlacei com o meu.
-De dedinho e tudo - prometi.
-Rodando e dando o mindinho? - suspirei.
-Rodando e dando o mindinho - jurei dando a volta em meu próprio eixo e tomando seu mindinho novamente.
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With All My Soul
FanfictionTERCEIRA TEMPORADA DE WITH ALL MY LOVE Até agora minha vida parecia estar na mais perfeita ordem, mas com uma conversa com minha esposa, tudo poderia vir a mudar e minha vida se tornaria uma loucura novamente.