Capítulo nove

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Boa leitura!

Esses quinze dias sem o Otávio tem sido de uma paz, o ar da casa fica mais leve sem ele.
Estou ajudando Marima na cozinha, estamos preparando carne de panela.

O jantar está pronto, o cheiro está incrível, me sirvo e vou para meu quarto, eu estou exausta, tomar conta de uma casa dessa é cansativo. Janto em silêncio, logo caio na cama e apago.

Acordo com uma ligação, será meu pai? Faz tempo que ele não me liga. Atendo sem ao menos olhar quem é.

- Manuela, organize um jantar especial, para duas pessoas. - Otávio!

- Ok senhor Otávio, algum prato especial que o senhor deseja?

- Paella.

- Sobremesa?

- Panna Cota.

- Certo, algo mais?

- Peça para a empregada caprichar no meu quarto, peça para ela que bote o meu edredom favorito, ela sabe qual.

- Algo mais?

- Sim, deixe tudo impecável.

- Eu sei quais minhas obrigações.

- Folgada!

Ele grita e desliga na minha cara, eu hein, que homem louco.

Tá faltando nada pra eu mandar ele se foser e eu ir embora dessa merda.

Vou até a cozinha e converso com a Marina sobre o jantar.

- Sabe, Manu, acho que vem uma mulher nova por aí, o Otávio merece ser feliz! - ela sorrir enquanto corta cebola.

- Por mim, tanto faz! Marina, você acha que conseguimos fazer esses pratos?

- Claro, menina! Eu já fiz algumas vezes, só vou precisar da sua ajuda. - ela sorrir.

- Tudo bem! Vamos agilizar, antes que o chatonildo chegue e brigue com a gente.

Ela sorrir e vou ajudá-la a preparar o jantar. Cozinhar é uma verdadeira terapia.

Algumas horas depois.

Termino de colocar a mesa e logo vou para a cozinha ajudar Marina.

- Marina, tudo certo por aqui? - ouço a voz do senhor Otávio.

- Meu menino, como você está? - ela vai até ele e abraça.

- Estou bem!

- Olha, está quase pronto! - Marina sorrir ao mostrar o prato do jantar.

A campainha toca e eu vou atender. Me deparo com uma musa loira, ela tem em torno de 1,75 de altura, olhos escuros e os cabelos longos.

- Seja bem vida! - dou passagem e ela entra.

- Onde encontra-se o meu amado? - ela senta no sofá.

- Só um minuto! - vou para a cozinha e o senhor Otávio está servindo champanhe em duas taças. - Senhor Otávio, uma moça está a sua espera na... - sou interrompida.

- Cala a boca Manuela, eu não te perguntei nada! - ele sai da cozinha com duas taças em mãos.

Me sinto um verdadeiro lixo, quero ajudar e só levo patada, sinto uma lágrima escorrer em meu rosto.

Como será que minha mãe aguentou tanto tempo trabalhado aqui?

- Manuela, tudo bem? - Marina se preocupa ao ver lágrimas escorrendo em meu rosto. - Deixa que eu sirvo o jantar, vai descansar, menina! - ela enxuga minhas lágrimas.

A governantaOnde histórias criam vida. Descubra agora