Capítulo Doze

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Boa leitura!

Estou parada em frente ao espelho laranja me olhando, eu fiquei tão bem com esse vestidinho. Passo um batom nude para finalizar a maquiagem e estou pronta.

Olho no relógio e vejo que são 20:25h, corro até a cozinha para me despedir de Marina.

- Marina, tô indo! - abraço ela.

- Se cuida! - ela beija minha testa.

Olho pra trás e vejo Otávio encostado na parede me olhando.

- É assim que você se veste pra trabalhar na boate? - ele toma um gole de algo que está numa xícara, suponho que seja café.

- Não, hoje eu estou de folga. - pisco um olho pra ele que balança negativamente a cabeça.

Meu celular toca, atendo rapidamente.

- Oi, pode falar.

- Princesa, me desculpa, eu tô preso no trabalho, hoje não vai dá! Mas tira a noite de folga mesmo assim, ok?

Desligo o celular e vou em direção ao banquinho do balcão.

- O que aconteceu, Manu? - Marina se aproxima.

- Eu não vou mais sair. Ele tá preso no trabalho.- tiro os brincos e o colar.

Poxa tava tão animada pra sair com alguém...

- Não precisa ficar triste, oportunidades virão.

Otávio senta no banquinho ao meu lado.

- Você cheira bem. - sinto o cheiro forte de álcool.

- E você cheira a álcool.

- Você quer uma bebida, pra afogar as mágoas de um encontro fracassado?

- Vou aceitar, só por que eu quero esquecer os problemas.

Ele pega uma garrafa de whisky, me serve e se serve. Marina não está mais aqui na cozinha, ela saiu que eu nem percebi.

- E Josefine? - pergunto ao tomar um gole da bebida.

- Mandei passear. - seu olhar está fixo na garrafa.

- É assim que você faz quando não quer mais uma mulher?

Em poucas vezes o vi sorrir, seu sorriso é tão bonito, pena que ele é tão grosseiro.

- Não, é que ela era insuportável. E você, ia sair com alguém aparentemente importante, seu semblante mudou na mesma hora do bolo que você recebeu.

- É, posso dizer que sim. - tomo mais um gole.

- Você está muito bonita hoje. - ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

Isso é um evento único, ele conversar comigo e ainda me achar bonita?

- Grata. - sorrio e vejo ele se aproximar.

Seu nariz encosta no meu, sua boca está tão próxima da minha. Um calor imenso toma conta de mim, não consigo controlar e coloco uma mão em sua nuca e a outra em seu rosto.

A governantaOnde histórias criam vida. Descubra agora