Acordo mais um dia ao lado do Otávio, desde que eu voltei a morar aqui, ele tem sido muito atencioso. Nesses últimos dias, eu ajudei Otávio com a empresa, não que eu seja empresária no ramo, mas, ele quer que eu aprenda, pra não ser totalmente dependente dele, pois ele quer que um dia eu também tenha a minha própria empresa.
Ele também me ensinou a investir, eu estou adorando aprender coisas novas.
- Senta aqui, amor. - ele bate na cama e eu sento.
- O que aconteceu?
- Isso aqui. - ele me entrega um envelope pesado. - É seu.
Abro e vejo o dinheiro que eu deixei com Marina pra entregar a ele, pra quitar a dívida.
- Não, esse dinheiro é pra quitar a dívida. - devolvo.
- Use-o para investir, não existe mais dívida. Eu guardei com esperança de te encontrar novamente e te devolver.
- Mudando de assunto, você quer ir comigo hoje ver o bebê?
- Sim, de que horas? - ele arruma a gravata.
- 14:30h.
- Eu chego antes, agora, eu preciso ir. - ele levanta da cama.
- Até mais tarde. - sorrio e ele me dá um beijo.
- Se alimenta direitinho e para de ficar escalando os móveis pra limpar, mulher aranha. - ele sorrir.
- Eu só quero verificar se está tudo muito bem limpo. - sorrio.
- Tô indo, tudo bem? Qualquer coisa me liga, que eu venho correndo. - ele me dá outro beijo e sai do quarto.
Desço pro andar inferior e vou até a cozinha, ajudar Marina, eu adoro ajudar ela na cozinha.
A manhã passa super rápida, logo assim, chegando a hora do almoço. Me sento na sala para ler um livro sobre gestação.
Ouço a campainha e acho estranho, Otávio tem a chave, por que ele tocaria a campainha? Levanto do sofá e caminho até a porta, abro e vejo uma mulher morena alta, com muitas tatuagens espalhadas pelo corpo.
- Bom dia, o que deseja?
- Bom dia, eu preciso conversar com o Otávio, ele está?
- Não, você quer entrar pra esperar?
- Claro. - ela sorrir.
- Como você se chama? - sento no sofá e em seguida ela senta.
- Carol, ele sabe quem é.
- Você quer uma água, suco?
- Uma cerveja, se você tiver.
- Claro. - saio da sala desconfiada e vou na geladeira conferir.
Pego uma cerveja e levo até ela.
- Você não quer? - ela oferece.
- Não, estou grávida. - forço um sorriso.
- Eu sempre quis ser mãe, acredita? - ela abre a lata e toma um gole.
- Entendo. - me sinto incomodada, não sei o motivo.
- Que horas o Otávio chega? - ela olha a hora no relógio de pulso.
- Acho que ele está pra chegar.
- Cadê a velha Marina? Ainda está por aqui? - ele toma outro gole da cerveja.
Será que essa é a Carol que o Daniel e Otávio falaram?
- Sim, ela está na cozinha.
- E você, trabalha no que aqui? - ele levanta uma sobrancelha.
- Eu moro aqui, com o pai do meu bebê.
- Quem é o pai do seu bebê? - ela franze o cenho.
- O Otávio. - vejo seu semblante mudar no mesmo segundo.
- Então, você está usando o golpe da barriga pra pender o Otávio? - ela gargalha alto. - O sonho dele sempre foi ser pai.
- Golpe da barriga? Esse tipo de coisa é pra mulher baixa.
- Ou então, você fez macumba. - ela levanta uma sobrancelha.
- Eu só trabalho com chá. - pisco um olho pra ela.
Vejo a porta abrindo e Otávio passando por ela. Ele fica boquiaberto ao ver Carol, sua reação é normal, não esperávamos ver alguém como ela por aqui.
- O que você está fazendo aqui? - ele coloca a maleta sobre a poltrona e para na frente dela.
- Vim te ver, bateu saudades de você, dessa casa. - ela levanta do sofá.
- Você não cansa? - ele olha sério pra ela.
- Ah, se você soubesse o quanto eu sinto falta desse seu cheiro. - ela tenta se aproximar, mas ele se esquiva.
- Carol, eu não quero te ver, eu não sinto sua falta, eu te quero longe da minha casa, te quero longe da minha mulher e dos meus filhos.
Ela gargalha alto.
- Eu sei que no fundo você está feliz ao me ver, sinto que ainda me ama. - ela se aproxima e novamente ele se esquiva.
- Eu vou ficar feliz quando você for embora e nunca mais voltar. Vai embora, Carol. Eu não quero ter que chamar a polícia, só vai embora.
- Eu não posso. - ela senta no sofá.
- Não? - ele cruza os braços.
- Não! Eu vou ficar, essa casa é tanto minha quanto sua. - ela toma vários goles da cerveja.
- É dinheiro que você quer? Eu te dou o quanto quiser, só vai embora.
- Eu quero 1 milhão. - ela se encosta no sofá.
- Eu não posso sacar essa quantia de uma vez só, você sabe.
- Então, enquanto você não consegue me entregar meu dinheiro, eu vou ficar aqui e desfrutar novamente dessa casa.
- Você vai passar sua parte da casa pro meu nome imediatamente.
- Assim que os 50% estiverem na minha mão. - ela toma o último gole e joga a lata no chão.
- Manuela, vem comigo, por favor. - sigo ele até a cozinha.
- Que situação... - respiro fundo.
- Eu não queria que você tivesse visto isso.
Ele pega uma carteira de cigarro do bolso da calça e sai pra área externa. Eu não sabia que Otávio era fumante, desconfiei a primeira vez que vi Marina entregando uma carteira de cigarro, mas, eu nunca o vi fumando ou algo do tipo. Ele deve fumar quando está muito nervoso, ou, ansioso, na verdade eu não sei.
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A governanta
Fanfiction+16 | Este livro contém conteúdo pesado, palavras de baixo calão. | HOT Manuela Lanutti é uma jovem de 24 anos que precisa enfrentar um novo desafio em sua vida, trabalhar como governanta pra quitar uma dívida que sua mãe antes de partir. Para quita...