Capítulo Vinte

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Estou voltando pra mansão com minhas malas, dessa vez. Entro na mansão e vejo Otávio me esperando na sala.

- Vou te ajudar a subir com as malas.

- O que? - pergunto

- A partir de hoje a senhorita não dorme mais naquele quartinho.

- Seu sapeca. - abraço ele.

Ele pega as malas e sobe, observo a cena e vou na cozinha.

- Marina? - ela se assusta, mas logo vem me abraçar.

- Manu, você não vai mais embora, você está terminantemente proibida! - ela aperta minha bochecha.

- Eu sei, dona Marina! - sorrio. - Vou ajudar Otávio a separar minhas roupas, eu gosto de guardar tudo por cor ou tamanho.

Saio da cozinha subo para o andar superior, entro no quarto e logo estou no closet colocando minhas roupas em seu devido lugar com a ajuda do Otávio.

- É bom ter sua companhia. - ele me abraça por trás.

- Eu ainda estou surpresa, eu não imaginava que em tão pouco tempo nós iríamos formar uma família. - me viro e passo meus braços sobre seu pescoço.

- Você está realizando um dos meus maiores sonhos, eu senti tanta falta do seu cheiro, do seu beijo. - ele me puxa pra um abraço.

- O que você acha, menino ou menina?

- Gêmeos! - ele sorrir e passa a mão na minha barriga.

- Nem brinca! - sorrio.

- Um menino e uma menina. - ele segura minha mão e me leva até a cama. - Você já contou pro seu pai? - ele deita na cama e eu deito também.

- Vou tentar ligar pra ele agora, me empresta seu celular.

Ele me entrega o celular e eu disco o número do meu pai.

- Pai? Como está? Tenho uma novidade pra te contar!

- Manuela, eu já falei mil vezes, eu não posso falar agora, quando eu puder retorno. Para de me encher o saco!

Ele desliga a ligação e novamente eu me sinto mal.

- Ele não conversa mais comigo, não se importa se estou bem. - entrego o celular.

- Não se importa com isso, amor. - ele se aproxima da minha barriga.

- Você está todo babão. - sorrio e faço carinho no seu cabelo.

- Você está com quanto tempo de gravidez? - ele faz carinho na minha barriga.

- Eu não sei, vou saber quando voltar ao consultório médico.

- Quando você volta no consultório?

- Quando eu for, te aviso.

- Quero ir junto em todas consultas, exames, ultrassom e tudo que nós temos direito. - ele sorrir.

- Vou te levar em todas, meu amor!

- E você pensou em algum nome?

- Kauê ou Henrique.

- Kemily ou Kauane. - ele beija minha barriga.

- Eu gosto.

- Kauê Henrique, Kemily Eloá. - ele me olha e eu vejo seus olhos brilhando mais que o normal.

- Por mim, tudo bem. - sorrio.

- Agora, vamos, você precisa comer. - ele levanta da cama e em seguida eu também levanto.

Descemos para o andar inferior e vamos até a cozinha.

- Olha vocês, finalmente chegaram! Vocês querem comer algo?

- Eu gostaria de um misto quente. - ele senta no banquinho.

- E você, Manu?

- Pode ser o mesmo. - sento no banquinho ao lado do Otávio.

Marina prepara nosso lanche, enquanto nós três conversamos.

- Manu, você vai ficar linda de barrigão. - ela sorrir.

- Eu realmente espero que sim.

- E vocês pensam em casar? - Marina entrega nossos lanches.

Um silêncio toma conta da cozinha, me sinto incomodada com o silêncio e saio da cozinha, indo em direção a sala de estar. Me sento no sofá.
Ouço passos atrás de mim, deve ser Otávio.

- O que aconteceu? Você saiu de repente. - ele senta no sofá ao meu lado.

- É que a gente se conhece a tão pouco tempo, estamos nos conhecendo e a palavra casamento é muito forte.

- Casamento...

- É, o casamento dos meus pais não foi um mar de rosas, meu pai trocou a minha mãe pelo primeiro rabo de saia que passou pela sua frente. Deixando assim, minha mãe sozinha.

- Eu não vou fazer isso com você, nunca. Você foi a mulher que eu mais me amarrei. A única que eu quero dormir e acordar todos os dias ao lado, que está realizando meu sonho de ser pai.

- Minha mãe ficaria tão feliz se estivesse aqui, ela ia ser uma vó muito babona.

- É uma pena que nossos filhos não terão avós paternos.

- Filhos? - sorrio.

- É, vão ser gêmeos.

- Você tá crente nisso, não é?

- Eu tô sentindo, amor. - ele me beija.

- Eu gosto quando você me chama de amor.

- É tão involuntário que eu nem percebo. A senhorita deixou seu lanche na cozinha, vou pegar pra você.

Ele vai até a cozinha e pega o meu misto quente.

- Agora, a senhorita vai comer tudo. - ele me entrega sorrindo.

- Tudo bem.

- Meu bem, vou até o escritório, preciso resolver algumas coisas da empresa.

- Vai lá. - ele me dá um beijo e sobe pra o andar superior.

Passo o resto do dia na cozinha, conversando com Marina, ela adorou os nomes que escolhemos e ela acredita no Otávio, também acha que é gêmeos, não sei o que deu nesses dois.

A governantaOnde histórias criam vida. Descubra agora