Capítulo Catorze

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Caio no sono após Otávio sair do meu quarto, acordo com meu celular tocando, atendo rapidamente.

- Alô?

- Manuela, eu preciso conversar com você, estou chegando em casa.

- Você não poderia ter esperado pra chegar em casa?

Ele desliga na minha cara, grosso. Olho no relógio e vejo que são 18:55h. Eu dormi o dia inteiro? Que merda!

Corro pro banheiro, visto uma lingerie vermelha e por cima, um vestindo soltinho que vai até o meio das cochas.

Vou até a sala esperar por ele, passei pela cozinha e não vi Marina. Logo ele entra pela porta da sala e senta no sofá.

- Senta aí. - ele bate no sofá.

- Então? - sento e espero a bomba que ele vai soltar.

- Na noite em que fizemos amor, nós usamos camisinha? - ele me olha com um olhar de desespero.

- Não, pelo que eu me lembre não.

- Você toma anticoncepcional ou tem outro modo de se previnir? - ele levanta do sofá.

- As vezes sim. - sorrio.

- Que alívio! - ele senta no sofá.

Sento em seu colo e ajudo tirar a gravata.

- Eu não te entendo, sabe? Tem hora que você não quer, que é um erro. Tem hora que você me provoca e me deixa louco. O que você realmente quer?

- Eu só queria ajudar a tirar sua gravata. - sinto sua ereção crescendo.

- Você que causa isso! - ele aponta pra sua intimidade que está crescendo.

- Desculpa! - sorrio e saio de seu colo

Ele levanta e me joga sobre o sofá, arranca meu vestido e joga longe. Ele tira minha calcinha e joga longe meu sutiã.

Ajudo ele a tirar as roupas e a cueca. Ele beija minha boca e logo me penetra. Ele puxa meu cabelo e bate no meu bumbum.

- Otávio... Hmmm... - ele bate mais forte e mais forte.

Um ritmo frenético até chegarmos ao ápice do prazer. Deitamos juntos no sofá, sem roupas, sem culpa, sem ressentimento. Dessa vez, foi diferente, ele não estava parcialmente bêbado. Ele está sóbrio!

Ele adormece em meus braços, alguns minutos depois eu adormeço junto.

Acordo com alguns beijinhos no rosto e pescoço, me viro e vejo o Otávio sorrindo.

- Puta que pariu, eu preciso ir trabalhar! - levanto do sofá num pulo. - Que horas que são?

- 23:18h. - ele sorrir.

- O que eu vou fazer? Vou ser demitida. - ando de um lado pra outro. - Vou até meu quarto e pego meu celular pra mandar uma mensagem pro Felipe.

- Boa noite, Felipe! Não pude ir hoje, tive um contratempo.

- Boa noite! Tudo bem, amanhã você compensa saindo comigo.

Desligo o celular e volto pra sala, encontro Otávio ainda deitado no sofá.

- O que você foi fazer? - deito novamente ao seu lado.

- Mandar mensagem pro meu chefe, explicando que tive um contratempo.

- E o que ele falou?

- Ele falou que eu poderia compensar saindo com ele.

- Você vai?

Me viro para ver seu rosto.

- Não gostaria, mas se for pra manter meu emprego, sim.

- Quanto você ganha lá?

- 2.100 reias.

- Eu acrescento isso no seu salário e você sai de lá, certo?

- Otávio, isso o que tá acontecendo com nossos corpos não pode interferir nos meus trabalhos.

- Eu só não quero que você precise sair com um cara pra manter o emprego.

- Eu vou dá um jeito.

- Eu gosto desse seu jeito, você é muito esforçada. - ele passa seu dedo indicador no meu rosto.

- Eu tenho que trabalhar pra quitar a dívida.

- Não pensa nisso, esquece isso e fica aqui comigo.

- Vou na cozinha pegar algo pra comer, você quer algo?

- Eu vou junto com você.

Pegamos alguns pães e frios, logo após, comemos.

- Você quer dormir comigo? - ele passa seu braço em minha cintura e apoia a cabeça em meu ombro.

- Você não acha que a gente tá indo rápido demais? - sorrio e passo meu braço sobre seu ombro.

- Eu acho que perdemos muito tempo. Você é tão cheirosa.

- E você é um grudento. - sorrio.

- Foi você que me deu um chá tão bem dado que eu não consigo sair do seu lado. - sorrio com essa resposta inesperada.

- Bobinho.

- Manuela, eu poderia pensar tudo, menos que seria sua primeira vez. Você é a primeira mulher que... Você sabe. Sei lá, com você é diferente, você tem um jeito único.

Escuto tudo em silêncio.

- Seu beijo é diferente, é doce. Seu corpo, é o corpo mais macio que eu já toquei. Cada minuto ao seu lado, é muito diferente. Eu sei que pra você isso tudo é um erro, você é o melhor erro que me aconteceu.

- Você sabe, você é o meu patrão, a gente nunca se deu bem e do nada estamos aqui, juntos, conversando.

- Vamos subir? Eu quero dormir agarradinho com você hoje. - antes que eu responda, ele me coloca no colo e me leva até seu quarto.

- Você vai me deixar mal acostumada. - sorrio.

Ele me coloca na cama e deita ao meu lado. Deito minha cabeça em seu peitoral e ele faz cafuné.

- Seu cabelo é bonito, gosto dele.

Sorrio.

- Seu jeito de elogiar é diferente. - sorrio novamente.

Trocamos alguns carinhos e logo dormimos.

Acordo e vejo que estou sozinha na cama, olho no banheiro e não vejo o Otávio lá, vou até a cama e vejo ele entrando com uma bandeja nas mãos.

- Trouxe algo pra gente comer aqui. - ele sorrir.

- Eu achei que você tinha me deixado aqui sozinha. - sorrio.

- Eu não mereço um beijo de bom dia?

Dou um selinho nele e ele abre um sorriso.

- Agora come, você tem que ficar fortinha.

Pego uma fatia de bolo e ele um croissant.

- Obrigada! - agradeço pelo café da manhã.

- Você merece! - ele me dá um beijo.

- Agora, eu preciso ir pro meu quarto me trocar. - levanto da cama.

- Não vai... - ele segura minha mão.

- Eu preciso trabalhar e você também. - ele levanta e me dá um beijo na testa.

- Te vejo no almoço. - ele me dá um beijo e eu saio do quarto.

Entro na cozinha e vejo Marina sentada tomando café.

- Bom dia, minha menina! Como passou a noite? - ela sorrir.

- Marina, você é cúmplice, né?

- Eu confesso! - ela sorrir.

A governantaOnde histórias criam vida. Descubra agora