Hoje eu me sinto melhor, nada que o passar do tempo ajude, não estou sentindo tanta dor. Levanto da cama e vou até o quarto dos meus filhos, que dormem tranquilamente. Um barulho chama minha atenção, vem dos quartos de hóspedes, caminho lentamente até lá e vejo o que mulher alguma gostaria de ver, Amanda e Otávio juntos.
Engulo seco e entro no quarto, observo toda a cena em silêncio, até eles se dá conta que estou parada observando tudo. Otávio olha pra trás e me vê, ele dá um pulo sinistro. Por essa, ele não esperava.
Saio do quarto de hóspedes em silêncio e vou até o meu. Pego minhas malas e saio jogando minhas roupas dentro, dessa vez, eu não volto mais.
Vou até o quarto dos meus bebês e pego suas roupinhas, coloco tudo em suas bolsas. Desço com minhas malas e as bolsas dos bebês.
- Manuzinha, pra onde está indo? Vocês vão viajar? - Marina enxuga as mãos com um pano de prato.
- Marina, me ajuda com os meus filhos. - ela assente e sobe comigo até o andar superior.
Pego Kemily e Marina Kauê, quando estamos saindo do corredor, olho pra trás e vejo Otávio correndo em nossa direção.
- Não vai, Manuela, fica aqui comigo. - ele segura em meu braço.
Puxo meu braço e desço rapidamente as escadas.
- Você não pode ir embora e levar nossos filhos. - ele desce as escadas.
Saio da mansão com Kemily e Marina com Kauê.
- Marina, você por favor pega as minhas malas?
- Pego sim. - ela me entrega Kauê.
Ela entra e eu aguardo por sua volta. Não demora muito pra que eu veja Marina voltando com minhas malas e as bolsas dos bebês.
- Obrigada, Marina.
- Você não vai me dizer o que aconteceu?
Vejo o motorista se aproximando e logo caminho em sua direção com os bebês. Entro no carro enquanto ele guarda as malas e as bolsas.
Volto até minha antiga casa, coloco os bebês na cama e por volta deles, travesseiros. Minha sorte, é o que síndico me ajudou com as malas e as bolsas dos bebês.
- O que eu vou fazer pra ir no mercado comprar mantimentos com dois bebês? - sento no sofá.
Alguns meses depois...
Marina tem me ajudado muito ultimamente, ela está sempre aqui me ajudando com Kemily e Kauê. Hoje eles completam 11 meses. É, não tem sido fácil, curiar de dois bebês sozinhas é muito difícil.
Hoje eu estou vivendo com o dinheiro que eu ganhei investindo, o que me garante por um bom tempo.Otávio vem quase todos os dias visitar nossos filhos, ele é um bom pai, mas não foi um bom companheiro. Ouço a campainha e vejo que é Otávio, abro a porta e ele entra.
- Cadê as pessoinhas mais lindas da vida do pai, cadê? - ele pega os dois no colo que estavam engatinhando sob o chão.
- Pa-pa. - Kemily fala e me deixa impressionada, ela nunca me chamou de mamãe.
- É o amor do pai. - ele beija Kemily e coloca no chão. - E você garotão? - ele beija a barriga de Kauê que gargalha alto.
Ele coloca Kauê no chão, pra que ele possa voltar a engatinhar e brincar com os brinquedos que estão espalhados pela sala inteira.
- E você, como está? - ele senta no chão perto dos nossos filhos.
- Bem! - vou até a cozinha e pego uma maçã.
- Você sabe que sinto sua falta, não sabe? - olho pra trás e vejo ele se aproximando. - Quando quiser voltar pra casa, é só voltar, amor. - ele se aproxima e beija meu pescoço.
- De você, eu quero distância. Só permito essas visitas por que os filhos não são só meus. - saio de perto dele.
- Manuela, eu sei que vacilei, cara. - ele me segue.
- Se toda vez que você vier, ficar falando as mesmas coisas, eu vou proibir essas visitas, ok? - sento no sofá.
- Você não me escuta, mulher. Eu quero me casar com você, vamos tentar. - ele senta no sofá.
- Fez uma vez, vai fazer sempre, não fale mais sobre o assunto, estou de saco cheio.
- Você está conhecendo alguém? - ele pega o brinquedo no chão e balança pra Kemily pegar.
- Vai procurar um lavado de roupa e me deixa em paz. - levanto do sofá.
- Manuela, deixa de teimosia, vamos pra nossa casa.
- Sua casa, essa aqui é minha.
- A gente casa e voltamos a ser felizes novamente.
- Otávio, chega! - bato no balcão. - Vai embora!
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A governanta
Fanfiction+16 | Este livro contém conteúdo pesado, palavras de baixo calão. | HOT Manuela Lanutti é uma jovem de 24 anos que precisa enfrentar um novo desafio em sua vida, trabalhar como governanta pra quitar uma dívida que sua mãe antes de partir. Para quita...