Acordo com uma contração muito forte, me levanto da cama com cuidado e vejo que estou molha e a cama também.
- Otávio, Otávio!
- O que foi amor? - ele levanta assutado e olha pra cama. - Você fez xixi na cama, não é? - ele gargalha.
- A bolsa estourou, pega as bolsas, eu vou me trocar. - vou até o closet e troco de roupa rapidamente.
Ele entra no quarto com as bolsas e me ajuda a descer as escadas. Saímos da mansão e entrando no carro.
- Meu amor, pise no acelerador! - falo nervosa, a dor é intensa.
Após um percurso não tão curto, chegamos ao hospital. Me sentaram em uma cadeira de rodas e me levaram pra um quarto.
Sinto uma dor tão forte que apago.
Acordo atordoada, não sinto dor, me assusto ao ver minha barriga bem menor. O que aconteceu?
Olho pro lado e não vejo ninguém, me bate um desespero terrível. A porta é aberta e Otávio entra.- Amor, que bom que você acordou.
- O que aconteceu? - pergunto nervosa.
- Você apagou, decidiram fazer uma cesária e aplicaram anestesia geral, você não tinha passagem pros bebês. - ele segura minha mão.
- E cadê eles? Eu quero vê-los!
- Vou pedir pra enfermeira trazer nossos bebês. - ele sai do quarto e logo volta com a enfermeira que está segurando os dois bebês.
Ela traz pra mim os dois, Kauê H. e Kemily E. Me sinto emocionada ao tocar seus rostinhos macios.
- Você viu? Eles tem os olhos claros iguais aos meus. - Otávio pega Kemily.
- É... Kauê tem um sinal pequeno na orelha, assim como minha mãe. - lágrimas escapam ao lembrar dela.
- Eles são lindos! Que sensação maravilhosa, pegar meus filhos no colo. - Otávio se emociona. - Meu maior e melhor presente.
Alguns dias depois...
Está sendo difícil ser mãe de dois. Otávio me ajuda muito, mas é bem puxado. Ele insistiu pra que eu contratasse uma babá pra me ajudar, eu recusei, até o momento estou dando conta.
Kauê é mais quieto, ele dorme bastante, só acorda pra mamar. Kemily é um pouco inquieta. Eles tem os mesmos olhos de Otávio, Kauê tem um sinal que minha mãe tinha, isso me lembra dela toda vez que o vejo.
Marina me ajuda sempre, Otávio está de férias, ele quer curtir os filhos, isso é muito bom, pois ele pode me ajudar.
Esses dias estive pensando, talvez eu comece trabalhar na minha área, pedagogia. Sou muito grata por ter concluído a faculdade. Sempre fui uma aluna aplicada, terminei o ensino médio quando ainda tinha 16 anos. Comecei estudar nova, hoje sou grata a isso.
Ainda não consegui falar com meu pai, eu não sei porque ele não me atende mais, nas redes sociais eu não o encontro mais, exceto pelas redes sociais de Otávio, certamente estou bloqueada. Eu queria entender o motivo de tudo isso... Eu o amo tanto, gostaria que ele estivesse ao meu lado, conhecendo os netos...
Saio dos meus pensamentos quando vejo Otávio entrando no quarto com Kauê.
- Ele está esperto. - ele me entrega.
- A vaca leiteira tá on. - sorrimos juntos.
- Marina está com Kemily, Marina insiste em dizer que Kemily adora conversar com ela, a Kemily é uma recém nascida. - ele sorrir.
- Marina é um amor.
- Eu estou amando essa experiência, ser pai é maravilhoso, imagina quando os dois estiverem correndo pela casa? - ela senta perto de mim.
- É um pouco trabalhoso, mas é satisfatório. Quando dormirmos, Kauê acorda. - sorrio. - Quando o Kauê mama e dorme, Kauane acorda com a fralda suja e com fome. - sorrio ao lembrar das noites mal dormidas.
- Amor, eu já te falei, vamos contratar uma babá pra nos ajudarmos. Não vamos ser pais ruins se contratarmos uma pessoa para nos ajudar. Eu sei que pra você como mãe essa ideia é difícil, mas pensa, amor. Eu vou estar aqui pra te ajudar, Marina também, mas uma ajuda a mais sempre é bom.
- Pensamos sobre isso daqui a pouco, quando essa coisa mais linda da mamãe parar de mamar, certo?
- Vou ver como Kemily está, se Marina precisa de ajuda. - ele me dá um selinho rápido e sai do quarto.
Será que vale a pena colocar meus bebês em risco? Eu não sei se confio em qualquer pessoa pra cuidar dos meus filhos, eles são tudo pra mim. Posso tentar, mas não sei se vou conseguir confiar em uma pessoa que não conheço.
Kauê terminar de mamar e logo adormece em meus braços, levanto devagarinho por conta da cesária e caminho até o quarto dos bebês.
Desço lentamente as escadas e vejo Otávio cantando pra Kemily, isso é tão lindo... Nunca imaginei ver essa cena linda...
- Olha a mamãe. - ele me ajuda a descer as escadas com Kemily no colo.
- Obrigada por todo cuidado. - ele me ajuda a sentar no sofá.
- Eu não poderia fazer menos por você, minha princesa. - ele senta ao meu lado e me entrega Kemily.
- Minha bonequinha! - sinto seu cheirinho maravilhoso.
- E Kauê?
- Dormindo, a babá eletrônica avisará se ele acordar.
- Falando sobre babá, você pensou sobre o assunto?
- Otávio, vou te deixar responsável disto, ok?
- Então... Você aceita?
- É apenas uma experiência.
- Tudo bem! Vou ligar pra Lúcia encontrar as melhores babás.
Ele levanta do sofá e pega o celular pra ligar pra Lúcia, sua secretária de confiança.
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A governanta
Fanfiction+16 | Este livro contém conteúdo pesado, palavras de baixo calão. | HOT Manuela Lanutti é uma jovem de 24 anos que precisa enfrentar um novo desafio em sua vida, trabalhar como governanta pra quitar uma dívida que sua mãe antes de partir. Para quita...