Capítulo Dez

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Boa leitura!

Chego na mansão com o motorista do Felipe, logo entro e vou diretamente para o meu quarto. Foi uma guerra chegar até aqui sem cair.

Deito em minha cama e olho para o teto, vejo tudo rodar, fecho os olhos e acabo pegando no sono.

Acordo com batidas na porta, levanto e vou olhar quem está batendo tão forte assim.

- Menina, o que aconteceu? Você não apareceu pra trabalhar, fiquei preocupada. - ela me abraça.

- Precisava descansar, distrair. - sento na cama.

- O Otávio está uma fera, não dei conta do serviço todo. - fecho os olhos para ouvir o sermão. - Menina, você não pode sumir assim, abandonar o trabalho.

- Eu também preciso de folga Marina! Que horas que são?

- 18:46h.

- Tudo isso? - levanto num pulo.

- Sim, você precisa se apressar, precisa me ajudar a servir a janta. - ela levanta da cama e sai do quarto.

Concordo e tomo um banho rápido, visto o uniforme brega e calço a sapatilha horrenda de sempre.

- Cheguei, Marina! - entro na cozinha.

- Manuela, no meu escritório! - meus olhos se encontram com os seus.

Sigo ele até seu escritório, entro e fecho a porta em seguida. Ele senta e pede para que eu sente também.

- Essa sua falta, será descontado do seu salário, que já não é essas grandes coisas. - ele anota tudo em um caderninho cinza.

- Eu precisava de folga e me dei uma, o que tem de mais? - cruzo os braços.

- Eu sou seu patrão e determino suas folgas! - ele grita e da um soco na mesa.

- Olha, não é por que eu trabalho aqui, que vou aceitar todo tipo de ofensas. Você é meu patrão, não meu dono! Não permito que o senhor grite novamente comigo! - olho em seus olhos.

- Quem decide algo sou eu! - ele levanta.

- Me fala uma coisa, quanto é o valor dessa dívida que minha mãe deixou com sua família. - levanto e olho em seus olhos.

- Estamos falando de 28.000 mil reais. - me sento chocada.

Não é o maior dinheiro do mundo, mas também eu não tenho um real pra quitar tão rápido.

- Você não pode ir embora sem antes pagar. - ele senta novamente.

- E o nosso acordo? Você não descontou nada? Eu fiz o que você pediu, participei de um evento com você e...

- Exatamente, pensei melhor e apenas um evento não contou, eram dois, os dois ou nada. - ele me passa um papel com o total da dívida. - Pra você não esquecer mais.

- Otávio, como eu vou pagar isso? - olho para o papel ainda incrédula.

- Não sei, não faço ideia. - ele se encosta na cadeira e fecha os olhos.

- Eu vou te pagar, quando você menos esperar eu tô com esse dinheiro em mãos.

Ele sorrir.

- Você é só uma pobre coitada, vai fazer o que? Se casar com um velho rico? - ele sai da posição confortável e me olha de mais perto.

- Se for o que eu tiver que fazer pra não precisar mais olhar na sua cara, é o que irei fazer. - levanto da cadeira.

- Eu deveria te demitir. - ele pega alguns papéis.

A governantaOnde histórias criam vida. Descubra agora