Capítulo Dezeseis

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Estou a caminho de casa, após passarmos na delegacia. Ainda estou em choque, Felipe era um amor de pessoa, sempre me tratou tão bem.

Graças ao Otávio eu estou bem, ele não saiu do meu lado um minuto se quer e me convenceu a nunca mais pisar naquela boate.

Chegamos na mansão e logo eu entro e vou para o meu quarto, Otávio vem atrás.

- Eu só vou no meu quarto pegar uma roupa mais confortável e já volto.

Ele sai do quarto e eu logo vou tomar um banho. Tomo um banho, visto um pijama de cetim e deito na cama. Eu só queria entender o motivo do Felipe ter feito isso.

A porta é aberta revelando Otávio.

- Você quer ir dormir comigo ou quer ficar por aqui mesmo? - ele entra e fecha a porta.

- Se tudo bem por você eu ficar aqui. - forço um sorriso.

- Se quiser ficar sozinha, eu vou te entender. Eu só queria ficar ao seu lado nesse momento.

- Pode ficar.

Ele deita ao meu lado e passa seu braço sobre minha cintura. Sinto ele beijar minhas costas, é um beijo puro, sem maldade. Ele acaricia minha pele, num toque suave.

- Manuela, eu gostaria que você soubesse que eu me importo com você, não quero te ver assim triste. Não precisa se preocupar com aquele emprego e nem com nada.

- Otávio, eu não quero conversar sobre isso, não agora. - fecho os olhos.

- Vou te deixar dormir. - ele beija meu rosto.

Escuto o celular de Otávio tocar, ele levanta sai do quarto para atender.
Escuto apenas alguns sussurros.

Alguns minutos depois ele entra no quarto.

- Problemas na empresa, uma viajem de última hora. Mandarei outra pessoa em meu lugar, eu não quero te deixar aqui sozinha, não nesse momento.

- Entendo...

Adormeço em seus braços, é cedo pra falar, mas eu estou me acostumando em dormir assim.

Acordo e vejo Otávio todo espremido na cama. Minha cama é pequena, é uma cama de solteiro. Sua cama é enorme, é uma king.

- Bom dia, dorminhoco. - passo minha mão sutilmente em seu rosto.

- Bom dia, Manuela! - seus olhos entreaberto me olham.

Levanto da cama e tomo um banho, em seguida pego o uniforme, uma lingerie e a sapatilha.

Visto a lingerie e olho para Otávio que não tira os olhos do meu corpo.

- Eu gosto quando você usa lingerie preta, me lembra a nossa primeira vez.

- Você está muito caliente. - sorrio.

- E você está uma baita gostosa.

- Você não vai trabalhar hoje? - visto o uniforme.

- Daqui a pouco. - ele levanta da cama e vai no banheiro.

- Já estou atrasada!

- Deixa de neura. - ele sai do banheiro.

- Precisamos conversar, sobre aquela dívida da minha mãe.

- Esquece isso.

- Outra hora nós vamos ter que conversar sobre isso.

- Eu vou subir pra tomar um banho e ir trabalhar, você quer tomar café da manhã comigo? - ele para em frente a porta.

- Depois eu vejo, tá?

Saímos do quarto e passamos pela cozinha, Marina só observa tudo com um sorriso no rosto.

- Bom dia, pombinhos! - ela toma um gole do seu café.

- Bom dia! - sento no banquinho do balcão.

- Bom dia! Vou tomar um banho, já desço pra gente tomar café. - ele dá um beijo na minha testa e sai da cozinha.

- É tão bom ver vocês assim, felizes, em especial o Otávio. Ele é um bom homem.

Fico em silêncio e lembro do que me aconteceu na noite anterior. Sinto uma insegurança, medo, um misto de sensações.

- Manuela? - acordo do transe e vejo Otávio sentado ao meu lado me olhando.

- Oi. - forço um sorriso.

- O que aconteceu? - ele segura minha mão.

- Só estava lembrando dos acontecimentos de ontem. - suspiro.

- Esquece isso, sei que não é fácil. Você quer que eu fique em casa pra ficar com você?

- Não precisa. - forço um sorriso.

- Eu voltarei na hora do almoço, tudo bem? - ele beija minha testa.

- Você falou que iria tomar café da manhã comigo, não?

- Eu preciso ir, mas eu vou voltar logo.

- Certo.

Ele me dá um beijo longo e sai pela cozinha mesmo com sua maleta. Pego uma maçã e como.
Ajudo Marina com o almoço, como sempre. Estamos fazendo risoto de camarão.

Algumas horas depois.

Olho no relógio e vejo que são 18:43h, Otávio não veio almoçar, será que aconteceu algo?

Dobro minhas roupas para passar o tempo, liguei mais cedo pro meu pai, ele não me atendeu, deve estar super ocupado.

Ouço batidas na porta, levanto e vou ver quem é.

- Oi, desculpa não vir pro almoço. - ele entra e senta na minha cama, tirando a gravata e jogando o terno longe.

- Aconteceu algo? - sento ao seu lado.

- Tentaram me passar a perna, mas eu já resolvi tudo. - ele tira o relógio e coloca na mesa de cabeceira.

- Entendo.

- Você não quer ir dormir comigo?

- Só vou tomar um banho.

- Você quer que eu te espere ou quer que eu vá na frente e te espere lá em cima?

- Pode ir, te encontro lá.

Ele sai do quarto e eu vou tomar um banho. Tomo um banho, visto uma lingerie preta, ele adora lingerie preta, essa aqui, ele vai pirar.

Visto um vestidinho, passo um perfume e solto os cabelos, estou pronta pro combate.

Subo as escadas e entro em seu quarto, ele está tomando banho e cantarolando.

"Eu não tenho culpa de estar te amando, de ficar pensando em você toda hora"

Sorrio ao escutar e tiro o vestidinho, ficando assim  só de lingerie, ela vai ter uma surpresa. Escuto o chuveiro ser desligado e ele para de cantar.

Assim que ele sai do banheiro me vê deitada, esperando por ele.

- Sou sortudo demais! - ele se joga na cama.

- Eu sei. - sorrio.

A governantaOnde histórias criam vida. Descubra agora