Capítulo 2

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Pra quem não sabe eu sempre fico eufórica quando posto uma história nova, aí fico escrevendo e postando sem parar até o dia em que a inspiração acaba e eu passo dois meses sem postar nada.

Menos In The Dark, essa tem privilégios.

Perdoem os erros gramaticais, eu escrevo pelo telefone e o corretor sempre troca algumas palavras, é uma merda.

E no

.

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— Você não quer descansar um pouco? 

Me virei, encarando a mulher na minha frente. Karen estava apoiada na ilha da cozinha, enquanto me observava com atenção. O olhar suave em seu rosto sempre estava presente e ela era o tipo de pessoa que você se sente extremamente confortável por perto.

No meu caso, mais confortável do que deveria. 

Era a segunda quarta que eu trabalhava naquela casa, ou seja, meu quarto dia ali. 

Eu juro que tentei evitar qualquer aproximação, mas aquela família sabia como fazer você se soltar e puxavam assunto como se te conhecessem há anos.

Tentava ser cautelosa sempre que falavam de Shawn, não queria soltar nada nem soar interessada demais no que falavam, mesmo que, no fundo, estivesse. Não que eles falassem coisas super secretas, apenas coisas do tipo "Aaliyah, pergunta ao seu irmão se ele já saiu do avião", nada que realmente me faria surtar. Não que eu surtasse por causa disso.

A verdade é que era difícil acreditar que isto realmente estava acontecendo, na maioria das vezes eu fingia que estava na casa de mais um empregador, só que tinha momentos em que minha mente gritava "VOCÊ ESTÁ NA CASA DOS PAIS DE SHAWN MENDES" e eu ficava parada por cinco minutos refletindo o que eu estava fazendo.

Karen insistia em me fazer almoçar com eles e da última fez que neguei ela fez uma expressão tão triste que parecia que eu tinha afogado uma criança num tanque de ácido, então, toda quarta, sábado e segunda eu largava da faculdade e ia direto para a casa dos Mendes, saía por volta das seis da noite e voltava para casa. Claro que a limpeza que eu fazia não era geral, era como uma manutenção para em um dia no mês eu fazer todo o trabalho pesado, o que me levava a passar a tarde toda lá é que um deles sempre parava para puxar conversa e Karen insistia para que eu fizesse pausas para descansar, especialmente depois que falei sobre minha rotina.

Minha faculdade nunca aliviou, então eu viva cheia de trabalho e atividades e tinha que sempre revisar o assunto do dia e nem vou comentar sobre como as coisas ficam nas semanas de prova.

Era puxado, mas seria até eu conseguir um estágio.

— Eu já estou terminando. — falei, colocando os pratos na máquina de lavar.

— Não é muito pesada essa rotina? — Karen perguntou.

— É sim, mas foi o que eu consegui no momento. Havia pensado em arrumar algo em uma lanchonete, mas eu não teria a mesma flexibilidade de horários como eu tenho fazendo isso. — expliquei.

Karen assentiu, se sentando em um dos bancos e apoiando os cotovelos no mármore e a cabeça nas mãos.

— Em que área de jornalismo você quer trabalhar?

— Eu não sei ainda, na verdade, são muitas áreas, mas amo viajar e quero algo onde eu possa fazer isso. 

Ela sorriu.

Sweet SymphonyOnde histórias criam vida. Descubra agora