Sweet Symphony

Capítulo 13

Dedicando esse capítulo para minha diva Camily, que está dodói e enche meu saco há tempos para atualizar esta.

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A porta da minha casa fechou com tudo assim que eu entrei. Joguei minhas coisas no sofá, andando de um lado ao outro.

Mordi o lábio, caminhando para meu quarto. Sentei na cama, fechando os olhos e respirando fundo.

Péssima ideia.

Imagens de horas atrás inundaram minha mente. Eu e Shawn rindo deitados na cama dele. Shawn em cima de mim. Shawn em baixo de mim. Shawn atrás de mim. Shawn com o rosto em mim. Shawn dentro de mim.

Meu. Deus.

Eu realmente transei com ele.

Várias e várias e várias...

Peguei meu travesseiro, afundando o rosto e soltando um grito agudo e abafado.

A imagens se repetiam na minha mente como se fizessem apenas segundos que estivesse acontecido. E, apesar da satisfação física que sentia, a culpa me abatia cada vez mais.

Eu estava mentindo para ele. Quão horrível eu era por fazer sexo com ele, sabendo que claramente ele não o faria se soubesse a verdade? Eu era uma merda.

Sabia que nunca dava para sustentar uma mentira para sempre e também tinha consciência de que deveria, agora mais do que nunca, contar tudo, mas, se antes a reação já seria ruim, como seria agora que havíamos dormidos juntos? 

Shawn se sentiria usado, sentiria que eu me aproveitei dele, não importava o que eu falasse. 

Deveria contar, mas, mais uma vez, seria covarde.

*

— Pai! — falei, abrindo um sorriso estranho. 

Meu pai, claramente sem saber o que fazer, se aproximou, me dando um abraço rápido. 

— Oi, querida. — murmurou — Como você está?

— Bem. — respondi — E você?

— Bem.

O encarei, sem saber mais o que dizer, sabendo que ele provavelmente sentia o mesmo.

Era assim há anos e apenas piorava.

— Então, já sabe onde iremos hoje? — Ele perguntou.

Mordi o lábio.

— Bem... Uma amiga nos chamou para um jantar na casa deles hoje.

— Amiga? — Caminhou comigo pela rua.

— É, eu... Trabalho para ela. — Foi tudo o que respondi. — Você vai querer ir?

Meu pai apenas se limitou a assentir. Óbvio que aceitaria qualquer coisa que significasse que nós dois não ficaríamos sozinhos.

— Vai ficar até amanhã? — continuei.

— Na verdade, vou voltar hoje de madrugada, tive uma complicação no trabalho.

Forcei um sorriso.

— Claro.

— Estamos indo para o jantar agora? — perguntou, enquanto me via chamar um carro. Balancei a cabeça.

— Não, é mais tarde. Quer ver minha casa? — Sugeri, recebendo apenas um aceno em resposta.

Apertei os lábios, me aproximando do carro que ele havia alugado.

Era tão difícil quando ele estava aqui.