Camila possui vários sonhos.
Conhecer seu cantor favorito, fazer sua faculdade, viajar muito e ter uma vida estável são apenas alguns deles. Mas, infelizmente, no momentos ela só pode realizar um: a universidade.
Por isso, precisa trabalhar muito pa...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Levou o tempo para que eu conseguisse absorver tudo o que tinha realmente acontecido a ponto de cair a ficha de onde eu estava. E com quem estava.
Quando o choro e a tremedeira em meu corpo pararam, restou apenas a sensação do abraço quente e a carícia de Gabriel nas minhas costas.
E, pouco a pouco, as lembranças do motivo de por que não deveríamos estar assim vieram à minha mente e, consequentemente, afastei-me dele, uma estranheza crescente tomando conta do ambiente.
Esfrefuei o rosto, sentindo sua atenção em mim, mas não olhando em sua direção, nem quando levantei-me.
— Obrigada por ter me ajudado. — Falei, a voz rouca sendo uma prova do meu desespero de minutos atrás, mas, não importava o quão abalada eu ainsa estivesse, não podia ficar ali. — Mas eu preciso ir.
— Não, espera! — Também ficou de pé, aproximando-se.
— Gabriel, por favor — Quase implorei. —, não posso fazer isso hoje.
— Eu só quero conversar, Camila. Preciso falar com você, por favor. — Pediu.
Suspirei, cansada demais para permanecer firme em um debate naquele momento.
— Seja breve. — Sentei-me.
Gabriel me encarou por uns instantes, quase como se não acreditasse que eu realmente concordei — para ser honesta, nem eu acreditava. Ele ficou ao meu lado, olhando-me em silêncio por um tempo, até parecer reordenar os pensamentos para formar uma frase.
— Eu... E-Eu só... — Se atrapalhou, esfregando as mãos na calça para enxugá-las. — Me desculpe. — Sussurrou.
Balancei a cabeça.
— É só isso que você tem a me dizer? "Me desculpe"?
— Não! Não, eu... Eu sei que o que eu fiz foi horrível e imperdoável. Sei que não tem justificativa, por mais chateado que eu estivesse por... Você não me corresponder... Mas não é desculpa.
— Não. Não é. — Concordei. — Posso ter errado em beijar você de volta no começo mesmo sabendo dos seus sentimentos por mim, mas eu fui sincera no minuto seguinte. Mas isso não justifica o que você me fez passar!
— Eu sei. — Murmurou, desviando os olhos por um instante. — Sei que não mereço que me desculpe e sei que não quer isso, mas eu... Eu só queria compensar o que eu fiz.
O olhei, sem entender. Ele continuou:
— Sei do que aconteceu. — Era claro que ele falava da situação com Shawn. — E hoje também, a forma como foram atrás de você... Eles não vão parar, Camila, não até que surgem até a última gota dessa história.
— Acha que não sei disso?
— Sei que sabe. Vim aqui pra pedir que me deixe ajudar você. — Esticou a mão para pegar a minha, mas se conteve quando viu minha tensão. — Minhas mães são faladas na mídia, não como aquele cantor, mas ainda falam delas, sei um pouco de como lidar com isso, então, por favor, me deixe compensar o que fiz. Deixe elas compensarem o que também fizeram.