Capítulo Vinte e Um

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Stone alcançou facilmente os irmãos. Seus olhos afiados na silhueta da mulher de cabelos de fogo. Ela corria como se a vida dependesse disso. Mais rápida que os dois machos atrás dela. Ela tinha um objetivo. Ele estava curioso para saber qual era, e quem era esse Aiden. Ela dobrou para direita, e ele ouviu ela gritar. Não era um grito ruim. Era um grito de alívio.

Stone parou ao lado de Luca e mal conteve o choque ao ver um pequeno corpo sob os braços dela. Uma criança, uma menina, de cabelos vermelhos como ela, mas de olhos verdes o fitava com curiosidade infantil. Kate se virou com alarde e pôs a menina atrás dela.

–Por favor.--ela disse.--Nos deixe ir.

–Para onde vão?--ele questionou.

–Para longe.--Luca intercedeu, indo para o lado da irmã.

–Quem é ela?--perguntou.

–Mamãe...–a criança respondeu sua pergunta ao se agarrar a perna da ruiva. Stone cambaleou, sem ação. Mãe?

Os três se entreolharam.

–Achei você.--Kyan apareceu, ofegante.--Roan precisa levar Charlie até Hanna.

–Roan?--Kate falou.--Vocês estão com Roan?

–Hey.--Kyan se virou notando os irmãos e a criança.--O que está acontecendo aqui Stone? Quem são vocês?

–Kate e Luca.--Stone respondeu.--Irmãos. E a criança, filha dela, se chama Aiden.

–Kate?--Kyan exclamou.--Charlie pediu para Roan que a encontrássemos!

–Charlie está viva, de verdade?--Kate quis saber, alívio em sua expressão.

–Sim. Roan disse que vocês são bem vindos no clã. Então, vamos?

—Kate, não conhecemos eles.--Luca murmurou.

–Charlie é boa, Luca.--ela disse.--Ela disse que nos tiraria daqui, eu, você e Aiden. Prometeu que Roan nos libertaria. Eu confio nela.

–Não podemos pular de um clã para outro.

–E o que vamos fazer então? Não temos nada.--ela disse, sua voz quebrando.--Estou cansada e ferida.

–É minha culpa.--ele falou, com raiva.--Mas irei dar um jeito. Conheço um cara, posso trabalhar na cidade.

–Onde vamos morar?

–Daremos um jeito.

–Odeio interromper, mas o plano de vocês, ou a falta dele, é uma droga.--Stone disse. Kyan piscou com o tom do irmão.--Sua irmã tem razão. Vocês precisam de um lugar para se reconstruir, estabilidade para a criança.

–Não use a criança para vender sua proposta.--Luca se eriçou.

–Estou constatando os fatos.--Stone contrapôs.

–Onde ficaríamos?--Kate perguntou, erguendo Aiden no colo. A menina se agarrou a mãe com total confiança.

–Luca ficaria com os nossos vigias. Entendo que esse é o posto atual dele, não vejo por que mudar. Você e a menina...

–Aiden.--ela o interrompeu. Eles se entreolharam. O lobo levantou as orelhas, intrigado.

–Aiden.--ele se corrigiu.-- Você e Aiden, ficariam com as outras fêmeas, Hanna, irmã de sangue de Roan, é a líder atual das mulheres.--ele se corrigiu.--Acredito que logo Charlie assumirá essa função. Então, você terá um rosto conhecido em nosso clã.

–E se não quisermos ir com vocês?

Kyan e Stone franziram. Os irmãos tencionaram, esperando a resposta.

–Então, lhe daremos um carro, algum dinheiro e vocês podem tentar do seu jeito.--Stone respondeu. Ele pessoalmente arranjaria um carro e dinheiro para eles. Mesmo que seu lobo rejeitasse a ideia de deixar Kate se afastar dele. Mas novamente, a loba dela parecia não pensar o mesmo.

–Vamos com vocês.--ela decidiu. Stone soltou o ar que não sabia estar prendendo.

–Não fico feliz com isso, mas se é o que minha irmã quer, é o que faremos.--Luca disse.

O Tempo de RoanOnde histórias criam vida. Descubra agora