Na cama com um Bilionário

Capítulo 1

Boa noite, bora mergulhar num novo universo, esse livro maravilhoso já está pronto e foi escrito junto a Kami_Cavalcante uma honra ter a autora de meu viúvo entre nós, se você ainda não conhece o trabalho dela, aproveite e dê um pulinho no seu perfil.
Agora fiquem com a Luísa, já já temos Felipo e vamos saber como mergulhar numa maratona tão rápida que qualquer piscar de olhos estaremos na Amazon.
O livro segue diretamente daqui com prólogo, epílogo e algumas cenas extras para a Amazon, já falamos demais. Agora é hora de ler  🤎🤎🥰

Que atire a primeira pedra todas aquelas que já foram traídas por aqueles que pensaram ser o amor de suas vidas. Mas atirem neles, por favor.

Eu poderia ter olhado toda essa situação pelo lado bom: nós ainda não havíamos nos casados, eu não estava grávida e por último, mas não menos importante, eu estava simplesmente livre dele e de todas as suas manias estranhas, como o fato de nunca fazer sexo mais de duas vezes por semana, nem durante o dia ou de sempre ter que fazer tudo em horários específicos já pré-determinados. É, eu poderia apenas agradecer por esse livramento.

Mas não foi isso o que eu fiz. Pelo menos não imediatamente. Eu tinha que passar pelo luto de encontrar meu noivo cafajeste com a minha melhor amiga na nossa cama. E passei.

Primeiro veio a negação. Eu não queria acreditar no que estava vendo e enquanto eles diziam que não era o que eu estava pensando, por mais que ambos estivessem nus, juntos na cama em que eu dormia todos os dias. E em questão de minutos me vi entrar no segundo estágio: a raiva.

Irada, segurei minha bolsa pela alça e comecei a atacar os dois com ela enquanto gritava boas verdades, como o fato de ele ser uma mala sem alça irritante e de ela ser completamente fútil.

Ainda estava rindo de como expulsei Bernardo completamente pelado do nosso apartamento quando o terceiro estágio se fez presente: a barganha.

Foi no meio da primeira noite após tê-lo colocado para fora que comecei a pensar em tudo o que construímos juntos ao longo desses anos e que não era justo jogar tudo isso fora. Enquanto prometia a mim mesma que essa situação poderia ser contornada se conversássemos e ele também prometesse que nunca mais faria algo do tipo. Porém, tão de repente quanto esse estágio chegou, ele se foi dando lugar à depressão.

A fase da depressão foi bem simples. Chorei indignada, triste por ter de recomeçar, por ter perdido duas pessoas que tanto amava de uma só vez. Também não ajudou o fato de eu repetir dezenas de vezes seguidas o episódio em que a Rachel descobre a traição do Ross enquanto me entupia de sorvete.

Quando o quinto estágio chegou, eu já me sentia bem o suficiente para voltar à vida real. Era a hora da aceitação.

Doei a cama onde o peguei me traindo e comprei uma nova para pôr no lugar.

Por semanas evitei o nome de Bernardo. Pedi ajuda ao Zé, um colega de trabalho, para encaixotar todas as coisas do meu ex para serem entregues na casa dos pais dele. Cancelei tudo relacionado ao casamento, que aconteceria algumas semanas após eu ter descoberto toda a verdade e somente depois que a data passou e me vi completamente viva, aceitei encontrar-me com Bernardo para discutirmos o que faríamos em relação ao apartamento que havíamos comprado juntos.

Tão logo sentei-me de frente para ele no restaurante favorito dele, Bernardo pediu um champanhe. Não deu sequer tempo para que eu começasse a falar, ele levantou:

— Ela chegou! — deixou-me na mesa e baixinho comecei a praguejá-lo em antecipação.

— Oi, Lu. — escuto Cris nas minhas costas e colocando o meu sorriso mais falso, viro-me sem acreditar na situação em que Bernardo está me colocando.

— Olá, Cristiane. — cumprimento e ela senta ao na cadeira ao meu lado após o salafrário do meu ex-noivo puxá-la para ele. — O que faz aqui? Olha, eu não quero discutir, a única coisa que eu realmente quero é resolver a questão do nosso apartamento, Bernardo.

— Então, Luísa, nós temos uma novidade e... — ele começa segurando as mãos dela entre as suas.

— Espera... “Nós”?

— Ele fez o pedido! — Cristiane grita animada mostrando um anel com uma joia bem maior do que a que ganhei quando ele fez o pedido dois anos antes. — E eu queria saber se você aceita ser minha madrinha. Não imagino ninguém melhor que você pra isso.

— Isso é uma piada de mau gosto?

— Claro que não! — ela se cala enquanto o garçom nos serve o champanhe e continua logo após ele se afastar. — Se não fosse por você, não teríamos nos conhecido.

— E nos apaixonado. — Bernardo completa.

— Isso não está acontecendo. — falo entorpecida. — Acorda logo desse pesadelo, Luísa!

— Eu sei que nos desentendemos, mas... Você é minha melhor amiga. Não me imagino casando sem você lá.

— Então, aceita? — eles levantam as taças em minha direção.

E de repente tudo acontece muito rápido. Levanto-me pegando a garrafa de champanhe e derramando todo o líquido na cabeça de Bernardo, em seguida jogo o gelo do balde onde estava a garrafa em Cristiane.

— Vocês são ridículos! Nós não “nos desentendemos”, encontrei você na minha cama com a droga do meu noivo. — grito enquanto ele a ajuda a tirar todo o gelo de dentro da roupa. — Que porra de melhor amiga é você? E ainda tem a ousadia de me convidar pra ser madrinha... disso? — aponto em desdém com o dedo.

— Fala baixo, Luísa. — Bernardo tenta me repreender como fazia quando ainda estávamos juntos.

— Ah, cala a boca, seu bundão. — mostro-lhe meu dedo do meio. Muito maduro de minha parte, eu sei. — Vocês são pessoas horríveis! Primeiro me traem na minha cama. E agora vem com essa proposta sem pé nem cabeça? Espero muito que o universo não demore a dar o que vocês merecem.

— Nós ainda não terminamos de conversar! — ele segura meu braço tentando impedir-me de sair dali.

— Me solta ou vou te jogar nesse lago dentro de três segundos. — ameaço e imediatamente ele faz o que mandei. — Meu advogado vai entrar em contato com você! — então o empurro dentro do pequeno lago próximo a mesa onde estávamos e saio do restaurante ao som de aplausos enquanto Cris me xinga por estragar sua roupa e sua maquiagem.

Mal sai do restaurante, decidi que eu merecia algo que ainda não tinha feito: beber. Não poderia ser um momento melhor. Sequer precisei de transporte. A pé mesmo, fui até o primeiro bar que encontrei, apenas há alguns metros do restaurante e logo que entrei, pedi duas doses de tequila. Era o que eu precisava para superar e esquecer aqueles dois de vez.

Em algum momento eu dizia a mim mesma mentalmente que deveria calar a boca, mas era impossível. Em plenos pulmões eu contava para quem quisesse ouvir toda a minha história com Bernardo. Desde o momento em que nos conhecemos ainda no ensino médio. De como Cristiane dizia não gostar dele, que eu merecia alguém melhor. E finalmente o dia em que os encontrei juntos na cama e hoje: a proposta mais ridícula e ultrajante que eu já havia recebido na vida.

~*~

A luz entra pelas janelas me castigando por todos os erros da minha vida e lembrando-me que não devo esquecer de fechar as cortinas, principalmente depois de uma longa noite de bebedeira.

Tento virar-me e afundar minha cabeça no travesseiro, a maior vantagem de ter uma espaçosa cama de casal e não ter com quem dividi-la, mas isso se torna impossível quando percebo um corpo como barreira impedindo-me de executar meu plano.

Por um segundo começo a pensar que tudo o que vivi nas últimas semanas não passou de um pesadelo, mas quando espreguiço meu corpo e minha mão encosta em uma barba, percebo que a última pessoa que seria, era Bernardo.

Devagar abro meus olhos, mesmo com toda a minha dor de cabeça e dou de cara com um homem totalmente desconhecido. Quase que automaticamente me jogo da cama fazendo um estrondo. Percebo então meu corpo completamente nu e roupas espalhada por todo o quarto que, com certeza, não é o meu.

Droga!

Começo a recolher minhas roupas rapidamente disposta a sair dali o quanto antes, mas em um momento de loucura, largo tudo e volto pra cama. Pela primeira vez na vida me permiti fazer sexo casual e não sei se quero sair daqui antes de descobrir o que realmente aconteceu entre mim e esse homem tão bonito.

Forte, de cabelos espessos e escuros, com pele bronzeada e uma barba cheia, o desconhecido dorme tranquilamente e logo que me deito, seus braços me abraçam puxando-me para si. Sua pele é quente, suas mãos grandes e fortes, e então sinto algo duro em minhas costas na região do quadril.