Capítulo 22

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Estamos em maratona, 50 comentários nos trazem de volta amanhã, se não a gente se vê na quinta
História co-escrita com Kami_Cavalcante

Estamos em maratona, 50 comentários nos trazem de volta amanhã, se não a gente se vê na quintaHistória co-escrita com Kami_Cavalcante

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Eu a amo...

Eu achava que era uma paixonite, um jogo, algo com controle.

Mas vê-la ali, tão culpada, tão vulnerável, fez meu coração reconhecer o que eu sentia.

Ela estava tão furiosa, mas eu fui até ela. Luísa se sentia péssima, pelo que entendi, a posição de amante lhe era mais que desconfortável, era traumática.

Quando ela me beijou, a puxei para mim.

Sentei-me na cama que ela condenava pelo fato de ser uma cama.

E a vi torcer os lábios.

— Eu não acredito que você vai se sentar aí, ainda mais depois de te contar que...

— Foda-se seu ex-noivo, foda-se sua amiga que preferiu ele a você, a cama é confortável.

— Eles me traíram e...

— Não podemos julgar, somos duas pessoas que estão numa situação que as pessoas de fora julgariam imoral. Luísa, deixe o passado no passado, vamos viver o agora e cuidar do futuro. A menos que você goste dele...

— Não, eu gosto de você. — Ela abaixou a cabeça, queria ver os olhos dela naquele momento.

— Então vamos ressignificar essa cama.

— Não tem como ressignificar um objeto que é somente o que é...

— Duvida?

A puxei para mim e a devorei como se nunca tivesse provado de seu gosto.

Ficamos deitados em silêncio no quarto dela, na cama que ela desprezava, cada um imerso em seus próprios pensamentos enquanto eu fazia cafuné em seu cabelo, com ela deitada em meu peito; entendi que as histórias das pessoas acontecem como devem ser.

Se eu não tivesse um noivado, eu seria praticamente um príncipe encantado, cortejando e aliviando quaisquer problemas que minha amada tivesse.

Na atual conjuntura, eu era apenas um infiel arrastando o nome dela para a lama. Minha mãe estava irredutível na questão casamento e eu não me via casando, afinal, nem eu ou Maria Helena gostávamos um do outro.

Luísa adormeceu e eu fiquei remoendo a ideia até que a coragem veio. Terminaria com Maria Helena e viajaria para algum interior brasileiro, até a poeira baixar, se Luísa não viesse comigo não tinha mal, na volta eu a conquistaria sendo um homem livre, assim como era aquele advogado.

A cobri e a deixei dormindo, me vesti e fui até a mansão de Maria Helena. Dei uma nota de duzentos reais para o porteiro não me anunciar. Não gostaria que houvesse um registro.

Sei que era um canalha, afinal quem vai na casa dos outros de madrugada para finalizar relacionamentos?

A casa estava em silêncio, não havia empregados visíveis, subi até seus aposentos.

Ela não estava no quarto, a procurei em silêncio na sala de jogos, na sala de jantar, na sala de tapeçaria, nenhum sinal.

Fui até a edícula, não havia sinal da mulher. Mas quando passei pelo pátio que dava acesso ao estacionamento pela lateral da casa, ouvi um gemido abafado. Era baixinho e confesso que imaginei ser alguns empregados.

A curiosidade me bateu com força quando ouvi o som de um tapa, e a intensidade com que alguém parecia ter caído.

Pensei que talvez o som não fosse de algo consensual, ninguém faria sexo selvagem num lugar tão acessível; talvez não fosse sexo, fosse estupro.

Decidi olhar e manter ambos ali até que a polícia viesse.

Ao me aproximar descobri algumas coisas.

Era consensual.

Era selvagem.

E Maria Helena não sabia o que era virgindade; o jardineiro estava cravado nela, que estava apoiada na escada apenas com a camisola levantada.

Ela pedia por mais em um som quase inaudível, observei hipnotizado a cena por alguns minutos, antes de chamar por ela.

Rapidamente os dois se separaram e ele se colocou entre nós. Só saindo quando ela ordenou.

— Acho que nós dois merecemos liberdade, não é? — A encarei. Ela estava suada e vermelha, enquanto olhava pra mim tentando ficar menos ofegante.

— Não, nós vamos casar...

— E aí cada um de nós leva o seu amante para a lua de mel? Vamos cada um seguir seu caminho, juro que ninguém saberá o que vi aqui agora. Eu nem posso te cobrar, eu tenho alguém...

— Eu não me guardei por anos para você vir com essa...

— Anos? Maria Helena eu te vi transando... Forte até.

— Mas eu sou virgem, vou me casar virgem...

— Baronesa eu vi você fazendo, não seja cínica...

— A maneira como eu faço não perde a virgindade.

Engoli em seco, será que Maria Helena sabia que dar aquilo era mais disputado que o hímen?

— Está certo, baronesa. Mas acho que então você deva perder sua virgindade com ele e a gente rompe, pode colocar tudo nas minhas costas, bancar a sofredora... Eu não ligo do que vai pensar de mim.

E a minha nem tão noiva, nem tão virgem, interlocutora decidiu me mostrar o quanto estava disposta a ir para que eu me casasse com ela.

Na cama com um Bilionário Onde histórias criam vida. Descubra agora