Capítulo 24

1.5K 277 112
                                    

Estamos em maratona, 50 comentários nos trazem de volta segunda, se não a gente se vê na terça-feira.
Não se esqueça de votar e indicar.
História co-escrita com Kami_Cavalcante

Ela estava mais calma e vestida, não havia quaisquer sinais de sua infidelidade, bem que dizem que mulher sabe fazer até o malfeito

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ela estava mais calma e vestida, não havia quaisquer sinais de sua infidelidade, bem que dizem que mulher sabe fazer até o malfeito.

— Meu padrasto me deu isso...

Peguei o papel que ela me estendeu, havia toda a ficha de Luísa. Cada lugar, cada conta, não só dela como da família, o contato do trabalho de cada pessoa; aquele levantamento deveria ter sido caro, pois estava realmente completo, e isso em pouco tempo hábil.

— Acha que eu não sabia que era ela? Eu não ligo, mas use camisinha; bastardos são horríveis, quanto mais um negrinho! — Ela sentou-se na cadeira e me olhou com calma.

Uma criada entrou e nos trouxe café, ela se serviu e tomou a bebida com calma e eu fiz o mesmo, apesar de doce para o meu gosto, eu precisava de algo que mantivesse a minha sanidade comigo.

— Você é abjeta, eu não teria um bastardo com ela, sempre seria meu filho... E não há planos disso! — Sentei-me ao seu lado, até as discussões com ela eram mornas e utilizavam a norma culta; bebi um pouco do café quente.

— Nós vamos nos casar porque eu destruo Luísa num piscar de olhos, mando aquela família toda para uma favela qualquer. Faço cada membro te odiar e por consequência a sua amante que não pensou com os miolos. — Ela sorriu de maneira doce, mas o olhar dela me mostrou que estava disposta a tudo.

— Você fala como se as pessoas que moram lá não tivessem dignidade, coisa que quem não tem é você... — Ela levantou-se e parou ao meu lado.

— Advinha qual de nós duas está do lado que não terá saneamento básico ou poderá receber uma entrega? Sei que você tem uma visão democrática, mas é fácil pensar que dinheiro não vale a pena quando você mora na Rebouças, com comida, bebida, festas... Numa cobertura que você julga modesta, mas que deve comprar o prédio todo onde sua concubina vive.

Ela era como uma cobra armando o bote.

— Eu não vou desistir dela; eu sustento a família, eu cuido de tudo... — Nada me faria mais feliz do que participar da vida de Luísa, nem mesmo que fosse dessa forma.

— Será que a mãe dela vai achar legal? Essa noite, quando ela me ouviu, a mãe dela me deu razão! Se eu mandar uma mensagem dizendo que você quer me abandonar quinze dias antes do casamento...

— A mãe dela? Maria Helena, você falou com a mãe de Luísa? — Ela piscou os olhos inocentemente e balançou a cabeça, confirmando. — Você é baixa demais, baronesa.

— Você não entendeu, não é? Você é meu! Quer comer a moça, coma, mas seja discreto, quer levar ela para a lua de mel? Leve... Mas você será meu marido. Não há barganhas para isso. Eu não serei largada nas vésperas do casamento e não pretendo me divorciar. Nossas famílias só se casam entre si e chegou a nossa vez.

Os olhos azuis eram duros e frios, ela não brincava, tampouco eu. Meu pai que me perdoasse, jamais poderia viver com aquela, mulher.

— Acabou! — A encarei.

— Não acabou nada... Você age como se eu fosse a única culpada por esse relacionamento ser horrível, mas não sou. Eu tentei me aproximar, mas você, para massagear seu ego, nunca me tocou para poder comer qualquer coisa que se mova sem culpa. Para mentir a si mesmo que era infiel com motivos.

— Maria Helena, você estava transando com o jardineiro! — A lembrei, desacreditado, levantei-me e deixei a bebida de lado.

— Sim, ele gosta de mim, faz com que eu me sinta mulher. — Ela permaneceu sentada, bebendo sua bebida em pequenos goles.

— Você não vê que a separação beneficia nós dois? — suspirei.

— Não! Minha mãe esperou por anos meu pai morrer para ser feliz. Eu espero também, enquanto isso ele estuda...

— Vai me matar? — indaguei incrédulo.

— Só se você viver demais. Estou te oferecendo liberdade! Pode colocar essa moça como copeira em casa; desde que ela não olhe para o meu jardineiro, estaremos em paz.

Eu não a imaginava uma boa esposa de fato, mas aquilo ali beirava a loucura.

Levantei-me e a deixei falando, estava cansado, mesmo tendo dormido com Luísa em meus braços.

Desci a alameda até meu carro, queria sair dali o mais rápido possível.

Fui para casa estressado; mandei uma mensagem para Luísa, me desculpando por sair de qualquer forma e pedindo para vê-la mais tarde.

Maria Helena não poderia impedir o que eu sentia ou cercear meus atos como se eu fosse um empregado em serviço.

Cheguei em casa me sentindo exausto, acabei por adormecer de sapatos.

Acordei assustado, decidi tomar um banho antes de qualquer coisa, me vesti de maneira casual e decidi colocar minha vida nos eixos. Peguei meu celular e já era por volta das 17 horas, havia perdido uma reunião importante.

Mas o que me desconcertou foi desbloquear o celular, várias ligações perdidas me mostrando que meu sono me apagara por mais de vinte e quatro horas, várias mensagens, dentre elas uma de Luísa que me deixou estático.

“Passei o pior momento da minha vida sozinha. Sei que homens não tem sensibilidade para amante, mas cansei. Se você sente qualquer coisa por mim, não me procure nunca mais. O que começa errado termina errado”.

Na cama com um Bilionário Onde histórias criam vida. Descubra agora