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História co-escrita com Kami_Cavalcante
Despertar sem Felipo foi um infortúnio, mas o meu dia poderia ficar pior. Soube disso assim que abri meus olhos ao ouvir a campainha do meu apartamento. Mas decidi ignorar essa sensação.
Apesar de descansada por dormir na minha cama pela primeira vez em semanas, meu corpo implora pelo corpo de Felipo e silenciosamente peço que seja ele que tenha saído para comprar algo e não tenha encontrado a chave antes de ir.
Coloco de volta a minha camisola preta e, esperando o melhor, adiciono o robe por cima torcendo que seja Felipo para que tire do meu corpo. Faço xixi e escovo meus dentes rapidamente e já um pouco irritada com a campainha insistente, vou arrumando o meu cabelo enquanto vou até a porta.
— Não posso acreditar no que você está fazendo, Luísa! — Minha mãe entra no meu apartamento indignada logo que a porta se abre. — Minha filha, eu ainda tinha esperança de estar enganada, de que era coisa de mãe velha... Eu queria muito estar errada!
— Bom dia, mamãe, o que houve? — pergunto sem saber o que está acontecendo. Será que ela pegou o celular da minha irmã e viu as mensagens onde ela pedia para eu levá-la ao ginecologista?
— Eu os vi! — Ela me olha diretamente nos olhos com certa decepção, então claramente não é sobre eu querer ajudar minha irmã a se precaver e entender mais sobre o próprio corpo.
— Eu não estou entendendo o que está acontecendo. Eu vou fazer um café e a senhora me explica, tá bom? Não são nem seis e meia da manhã e acabei de acordar com a campainha. — Caminho insegura até a cozinha, pegando o que preciso enquanto tento pensar sobre o que ela pode estar falando.
— Luísa, eu não te criei para ser uma... — Ela se aproxima enquanto ligo a cafeteira e sussurra a última palavra envergonhada. — Amante!
— O quê? — Sorrio nervosa. — E-e-eu não sou uma amante, mamãe.
— Além de tudo também mente para a própria mãe agora? Eu o vi ir embora antes de subir, Luísa!
— Viu quem?
— O noivo da princesa! — Acende a tela do celular e me mostra uma fotografia da decoração do pré-wedding de Felipo e Maria Helena.
— Mamãe... — Nem consigo formular uma frase, rapidamente ela aumenta o zoom e é possível ver Felipo e eu conversando próximos demais. Para qualquer um poderia ser apenas o noivo conversando com a cerimonialista, mas para os olhos atentos da minha mãe, ela já sabia o que era. — Eu posso explicar!
— Explicar que se tornou uma concubina, Luísa? Como você pôde fazer isso, minha filha? Como eu errei com você a ponto de que você se tornasse esse tipo de pessoa? — Ela se senta no banquinho próximo ao balcão americano que separa minha pequena cozinha da sala. Seus olhos estão marejados e a sua decepção comigo parte o meu coração.
— Mamãe, eu juro que não é assim. Ele não a ama. Ele...
— Deixa eu adivinhar? É um casamento de aparências? Ele sequer a toca? Ele disse que vai deixá-la para ficar com você? É você quem ele realmente ama? — Não respondo, ouvindo o quão idiota tudo isso soa. — Luísa, você é uma mulher inteligente, eu sei disso... Nós te ensinamos a ser uma boa pessoa, seu pai e eu fizemos tudo direito.
— Eu... — As lágrimas escorrem copiosamente pelo meu rosto.
— Você está grávida dele?
— O quê? Não, mamãe! Eu não estou grávida. — Ela não diz nada, apenas me encara em silêncio. — Tudo o que a senhora falou é verdade, mas...
— Mas o que, Luísa? É por que ele é rico?
— Eu realmente o amo. Não sou esse tipo de pessoa, você me conhece!
— Conheço? A mulher que eu criei não dormiria com um homem comprometido, ela não... Não se submeteria a algo tão sujo. — Suas palavras são como facas afiadas. — Você o ama, Luísa? Mas e a noiva dele? Os sentimentos dela não contam?
— Quando o conheci eu não sabia que ele era noivo.
— Mas continuou quando soube! Eu quero que você acabe com isso, Luísa! — avisa se levantando e indo para a sala. — Não pode continuar com isso. Deus, você está cuidando do casamento deles! Vai perder o seu emprego, a sua dignidade, por causa desse homem?
— Não vai ser assim. Não é assim, mamãe. — Vou até ela e seguro suas mãos, levando-a até o sofá para que se sente comigo; mesmo relutante, ela aceita. — Eu sei que não é!
— Você é tão esperta, meu amor. Tão linda. Pode conquistar tudo. — Sua mão coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. — Mas como você pode se enganar assim? Eu o vi sair do seu prédio hoje como se fosse um fugitivo, Luísa! Ele estava se esgueirando! Como pode acreditar em um traidor?
— Como a senhora pode ter certeza de que vai dar tudo errado, mamãe? — Ela não diz nada por um tempo, mas então respira fundo antes de dizer:
— Acho que preciso daquele café, Luísa.
Concordo com a cabeça e, após um abraço, volto para a cozinha para buscar o café. Ela não parece nem um pouco ansiosa para me contar o que tem a dizer, mas parece determinada.
Ao mesmo tempo em que me sinto uma idiota prestes a se deixar ser enganada por um homem mais uma vez, sinto que o que Felipo sente por mim é real e que, mesmo que nesse momento ele ainda não tenha conseguido se livrar do compromisso, não demorará até que possamos realmente ficar juntos. A noite passada foi uma prova disso.
Ele conseguiu o que prometeu. Felipo ressignificou aquela cama para mim. Não era mais a cama onde peguei meu ex-noivo e minha ex-melhor amiga me humilhando novamente. É a cama que o homem por quem me apaixonei me amou durante a noite e me manteve em seus braços até o amanhecer.
Apesar de ele não ter me acordado para falar para onde estava indo ou o porquê de já estar indo tão cedo, preferi simplesmente acreditar que Felipo estava em busca de acabar com aquela angústia que nos afligia: seu noivado.
— Luísa...
— Já estou levando o café — aviso segurando as xícaras, nervosa, saindo da cozinha.
— Chama uma ambulância, filha! — pede ofegante com uma mão no peito esquerdo. — Acho que é um ataque cardíaco.
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Na cama com um Bilionário
Genç Kız EdebiyatıNoivo há quase uma década, Felipo não sabe mais o que fazer para continuar evitando o casamento. Parece que finalmente chegou a hora de dizer o temido "sim" no altar. Numa noite de fugas, ele acaba na cama com uma desconhecida, um incidente que par...