Capítulo 7

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História co-escrita com Kami_Cavalcante

Devo admitir, fiquei surpresa ao ver Felipo ali tão cedo na agência, eu havia acabado de voltar do meu horário de almoço, mas ainda assim era muito cedo considerando o horário da nossa reunião

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Devo admitir, fiquei surpresa ao ver Felipo ali tão cedo na agência, eu havia acabado de voltar do meu horário de almoço, mas ainda assim era muito cedo considerando o horário da nossa reunião. Na verdade, só o fato de ele estar ali e não ter devolvido a tarefa que claramente não o agradava para a noiva, foi inesperado.

Por mais que ele tenha tentado chamar a minha atenção, decidi que eu não poderia mais me deixar levar pelas palavras daquele homem, não poderia me transformar no tipo de pessoa que eu abominava apenas por momentos de prazer. E que prazer, preciso ser sincera.

Mas se, com algumas poucas frases e um beijo ele me convenceu a ir para a sua cama, imagine o que ele não faria se ficássemos apenas os dois trancados na minha sala. Deus sabe do que aquele homem é capaz e, tenho certeza, de que ele não ficaria acanhado de fazer o que fosse ali. E nem tenho certeza de que eu conseguiria evitar.

Fiz questão de me manter ocupada pelo máximo de tempo possível até o limite do nosso horário. Durante todo o tempo percebi que Felipo não parava de me encarar e, por mais que eu não quisesse, me senti estranhamente lisonjeada.

Felipo é um homem bonito e sabe disso. Com mais de um metro e oitenta de altura, corpo forte e malhado, cabelos lisos e escuros bem cortados, mas longos o suficiente para que eu agarrasse com meus dedos, olhos azuis claríssimos, nariz reto e ligeiramente grande que lhe dá um charme a mais, além uma barba por fazer que provavelmente ele tiraria logo mais, mas que fez toda a diferença enquanto o seu rosto estava entre minhas pernas com seus lábios e língua deslizando entre minhas dobras e...

— Luísa, podemos finalmente conversar? — Felipo aponta para o relógio com um sorriso travesso como se soubesse do que eu estava me lembrando. — Já são dezesseis horas e esperei como você disse que eu deveria.

— Hum... claro, senhor Felipo — assumo minha postura mais profissional possível. — Vamos até a sala de reuniões, sim?

Eu estou com raiva não apenas dele, mas de toda a situação em que fui colocada. E para tentar me proteger e manter a minha sanidade que claramente não está das melhores, consegui arrastar Gael, o nosso florista parceiro, para a reunião com Felipo que não ficou nada feliz com a situação.

— O senhor se lembra do nosso florista parceiro, Gael, certo? — ele balança positivamente a cabeça a contragosto. — Bom, podemos começar.


~*~


Cheguei em casa sedenta por um banho e uma comida quentinha. Foi cansativo tentar ignorar Felipo e andar de um lado para o outro com aqueles saltos que, por eu não ter parado um minuto no dia de hoje, fizeram meus pés pedirem arrego.

Por mais que eu quisesse ignorar Felipo e manter tudo no mais profissional possível, ver a sua frustração ao sair do escritório foi completamente satisfatório e quase me fez dar uma cambalhota.
Gael me encarou por um tempo tentando entender o que eu estava realmente fazendo, mas antes mesmo que as perguntas começassem, disse que precisava ir para casa e deixei o escritório rapidamente.

Mal havia terminado o meu banho e um número desconhecido por mim começou a chamar na tela do meu celular e, mesmo com receio de ser Bernardo ou Cristiane, decidi atender.

— Alô.

— Luísa, sou eu, Felipo. — quase não acredito quando ouço sua voz. Como raios que esse homem conseguiu o meu número? — Podemos conversar? — sua voz é confiante como sempre. — Tem um restaurante charmoso e discreto na avenida Paulista, eu posso te buscar em meia hora e...

— Senhor Felipo eu não sei quem deu meu número pessoal para o senhor, mas não quero jantar com ninguém, faça esse convite para sua noiva. — resmungo. Não darei a esse homem a oportunidade de ficar brincando comigo.

Após uma proposta indecente que eu provavelmente aceitaria de bom grado se ele não fosse comprometido, decido desligar o telefone. Além de não respeitar o relacionamento, também não me respeita. Mas o que eu esperava afinal? Se ele não respeita a noiva, por que respeitaria uma “mulherzinha vulgar” como disse a sua digníssima?

O plano era simples, logo menos ele se cansaria, eu voltaria a trabalhar diretamente com a megera de quem momentaneamente senti pena e minha vida voltará aos trilhos em algum ponto.

O dia amanheceu rápido. As luzes entrando pela varanda na sala de estar me acordaram antes do meu horário habitual, eu precisava lembrar de comprar cortinas decentes para cobrir a luz já que, por ora, não tinha como comprar uma cama nova e me recusava prontamente a me deitar mais uma vez na cama e em que aqueles dois imundos trocaram fluídos corporais.

Como acordei mais cedo, consegui me arrumar com mais calma e zelo. Passei meu perfume favorito, hidratei bem toda a minha pele e coloquei uma calça jeans com rasgos nos joelhos, uma blusa vermelha com um decote arredonda e um blazer um pouco mais alongado de mesma cor. Alguns acessórios dourados, um sapato claro e bolsa de mesmo tom finalizaram o meu look que uma vez Marcel me disse que pode ser chamado de “ataque cardíaco sob medida”.

Denise, a recepcionista da agência até tentou me alertar quando cheguei, mas como estava um pouco apressada, acabei por me assustar com o enorme e exagerado buquê de tulipas roxas havia na minha sala quando abri a porta. E eu tinha certeza de que apenas uma pessoa estava interessada o suficiente para me enviar flores caras e que nada tinham a ver comigo: Felipo.

Se antes eu tinha qualquer dúvida sobre o caráter duvidoso do meu cliente, agora eu tinha certeza. E nem precisava ler o cartão para saber que aquela era apenas mais uma tentativa dele me levar para a cama novamente.

Gael não ficou muito feliz quando pedi que ele mentisse por mim, me escondi atrás de algumas flores esperando pelo cliente mais cara de pau que já tive o desprazer de conhecer, mas a cara de frustração de Felipo dois dias seguidos foi impagável. E por mais que eu tivesse certeza de que ele não tivesse acreditado na lorota do florista, eu sabia que aquilo já tinha se transformado em um jogo para ele. E a melhor parte: ele não sabia que todas as vezes que eu jogo, é para ganhar!


~*~


Consegui mais uma vez contornar Gael e não lhe contar o que estava acontecendo. Não que fossemos exatamente amigos, mas ele era do tipo fofoqueiro que não importa se está ouvindo uma história numa roda de amigos ou uma história no ônibus, ele quer saber o que houve em todos os detalhes.

Esperei tempo o suficiente para que Felipo pudesse ir embora e só então disse a Gael que tinha que me encontrar com outro cliente de última hora.

O meu time não poderia ser pior, eu mal tinha colocado meus pés para fora da agência, dei de cara com Felipo encostado em um carro com os braços cruzados e óculos escuros:

— Estava te esperando para levá-la ao médico, soube que estava em uma crise alérgica, consegue respirar?

Na cama com um Bilionário Onde histórias criam vida. Descubra agora