Capítulo 15

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História co-escrita com Kami_Cavalcante

Não fazia ideia de para onde estávamos indo, mas depois de tudo o que eu tinha presenciado entre os dois, a discussão que absolutamente toda a agência ouviu, decidi dar-lhe um voto de confiança

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Não fazia ideia de para onde estávamos indo, mas depois de tudo o que eu tinha presenciado entre os dois, a discussão que absolutamente toda a agência ouviu, decidi dar-lhe um voto de confiança. Mesmo que insegura com as consequências.

— Para onde vamos? — pergunto após um tempo em silêncio. Apesar disso, a mão de Felipo mantém-se na minha perna acariciando-a.

O que esse homem quer de mim, afinal?
— Eu preciso respirar e pensar no meu próximo passo. — Seus olhos estão fixos no caminho, mas sei que tenho sua atenção.

— Isso não é algo que você deveria fazer sozinho?

— Você me acalma — diz parando em um sinal vermelho e olhando para mim. — É estranho, você me deixa louco, mas também me acalma. Quando estou com você esqueço tudo isso, Luísa.

Não respondo. Eu sequer sei o que dizer ou pensar sobre isso.

Como em tão pouco tempo me tornei essa pessoa para ele?

— E, claro, comer você é sempre um prazer. — Seu sorriso cínico toma conta do seus lábios e, por mais que eu não queira, gargalho como uma adolescente. O sinal abre e ele segue.

~*~

Por um tempo Felipo dirigiu para nenhum lugar em específico. Ficamos apenas aproveitando a companhia um do outro, ouvindo música no carro após ele me confessar que nunca tinha feito isso desde que tinha voltado para o país.

Meu celular havia ficado na Royal. Quando Maria Helena me ordenou que procurasse seu noivo e desse a ele um recado, eu estava em silêncio calculando minhas contas no celular para ver se realmente valia a pena continuar naquela situação. E antes mesmo de terminar, minha conta já apontava que eu precisava do dinheiro.

Já o celular de Felipo, ele desligou antes mesmo de sairmos do estacionamento. Não precisava ser muito esperto para entender que um mais um é igual a cerimonialista transando com o noivo, mas ele tirava de mim qualquer gota de bom senso. Esse homem era simplesmente o meu carma, mas era um carma com que eu conviveria satisfeita sempre.

— Por que estamos descendo a serra, Felipo? — questiono quando percebo para onde estamos indo e seu sorriso.

— Quero te ver de biquíni.

— Que biquíni? Felipo, eu estou em horário de trabalho, isso não tem graça! Preciso voltar pra Royal e...

— Relaxa, Luísa. Meu pai sempre me disse que não havia nada que um banho de mar não resolvesse. — Ele parece tão saudosista com o pai. — Ele gostava de ir pra ilha. Te levo lá um dia, é lindo. Você vai adorar.

— Ilha? Como assim? Você tem uma ilha? — Ele parece momentaneamente tímido. — Caramba, você realmente tem uma ilha! Puta que pariu, Felipo!

— Muito me admira você não saber.

— Pode não parecer, mas não sou nenhuma interesseira, Felipo. Dei pra você por vontade de dar, porque é gostoso, não pelo seu dinheiro ou bens.

— Não quis dizer isso, Luísa. Desculpa, me expressei mal. Eu quis dizer por conta de Maria Helena. Ela adora se vangloriar de bens e afins.
— Entendo. Mas ela sinceramente nunca falou muito sobre você — admito mesmo que não quisesse falar sobre ela. — Falou sobre as famílias de vocês sempre se casarem entre si. O que eu achei super estranho...

— Muito. Meu pai casou por afeição, mas deu sua palavra que eu me casaria com aquela vilã da Disney. E agora a minha mãe quer que eu honre a memória dele cumprindo sua palavra.

— Isso é triste.

— Isso é irritante e injusto pra caralho! Mas esquece isso. Não vamos falar sobre Maria Helena. — Ele suspira. — A cada dia que passa estou mais próximo de me livrar desse acordo ridículo. Por isso precisamos desse banho de mar.

— Precisamos?

— Sim! — O sorriso dele sempre alterna entre cínico e safado. — Afinal, que graça teria tomar um banho de mar sem uma gostosa como você ao meu lado?

~*~

Diverti-me a caminho da praia com Felipo. Além de uma ilha particular ele também possui residências nas principais cidade do litoral norte paulista e pediu que eu escolhesse uma das cidades para ir. Não ousei perguntar sobre o litoral sul, mas suspeitei que também tivesse.

Acabei optando por São Sebastião por ser a mais próxima que consegui pensar enquanto Felipo insistia para que eu escolhesse. Se o que ele precisava era de um banho de mar, que fosse. Não havia o que eu pudesse fazer para convencê-lo do contrário e eu nem queria fazer isso. Me restava então aproveitar e torcer para que a interpretação para a minha ausência fosse a menor possível. Logo estaria de volta.

Apesar de Felipo sugerir que passássemos em um shopping para comprar um biquíni, preferi comprar direto na praia. Já tinha dívidas demais para ficar gastando em biquíni de shopping. No primeiro vendedor ambulante encontrei um rosa neon bem cavado e pequeno que gostei. Bernardo odiava quando eu usava meus biquínis favoritos, por isso sempre evitava praia e piscina com ele, mas Felipo apenas deu um sorriso safado quando viu a peça em minha mão e pagou o vendedor, mesmo sob meus protestos.

— Eu vou amar tirar esse biquíni de você, Luísa! — Me puxa pela cintura aproximando nossos corpos e sua boca da minha.

— Vou cobrar isso! — Passo minha língua por seus lábios, provocando. Por um instante Felipo fecha os olhos e respira fundo, apertando minha cintura com luxúria. — Vamos mergulhar?

— Aqui não. — Ele volta a abrir os olhos, me encarando com malícia. — Tenho um lugar melhor em mente. Vamos!

— Por que aqui não?

— Eu sei que você é louca pra que eu seja preso por te comer em espaços públicos e eu até arriscaria isso por você sem pensar duas vezes, Luísa. — Sua mão passeia pelo meu rosto de forma carinhosa. — Mas prefiro que você não passe por essa experiência. — Sorrio inevitavelmente. Eu gosto de Felipo e como ele me trata ora com carinho e zelo, ora como a safada que sou.

— Tudo bem, me convenceu.

— Além de gostosa, tem bom senso.

— Meu bom senso se foi quando aceitei ir para a sua cama. Mas quem disse que me arrependo? — Vejo um vislumbre de surpresa em seus olhos e decido beijá-lo, percebendo que falei demais.

— Ah que bom que não se arrepende, porque isso nos leva ao próximo passo.

Na cama com um Bilionário Onde histórias criam vida. Descubra agora