Capítulo 17

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História co-escrita com Kami_Cavalcante

Estou cansada de dizer e saber que Felipo arranca toda a racionalidade de mim

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Estou cansada de dizer e saber que Felipo arranca toda a racionalidade de mim. Qualquer mínima gota de bom senso se esvai quando ele se aproxima. O homem é um pedaço de mau caminho que me leva ao paraíso em um piscar de olhos.

Para mim, sexo na praia nunca foi o meu tipo favorito, areia entrando em lugares que não deveria era, com certeza, a pior parte, mas com Felipo poderia ser em praça pública, com pessoas nos atirando coisas, que ainda assim eu iria aproveitar cada segundo com a mais pura sensação de prazer.

Depois de tantos anos ao lado de Bernardo, finalmente estava realmente fazendo algo por mim e para mim. Estar aqui com Felipo era justamente isso.

Há tempos não aproveitava a praia. Principalmente na companhia de alguém como ele. Felipo, além de um lindo e gostoso safado inveterado, também é divertido, engraçado e inteligente. Tomamos banho de mar, alguns drinques que ele mesmo preparou e aproveitei para me bronzear enquanto ele fazia isso.

Não sou hipócrita, sei bem que sou uma mulher bonita e atraente. E que alguns homens fariam muito para simplesmente ter uma noite comigo que fosse. Dependendo do meu estado mental, eu até aceitaria um ou outro, mas, de qualquer forma, foi na cama de Felipo que acordei. E seria exatamente essa opção que eu escolheria novamente caso fosse necessário.

É tão estranho como eu achava que minha vida estava de cabeça para baixo, mas Felipo chegou e realmente fez isso. Como jamais imaginei.

— Um milhão por seus pensamentos, Luísa... — Estou deitada em seu peito enquanto ele me abraça na espaçosa rede na varanda com vista para o mar.

— Olha que eu cobro mesmo. — Dou uma risada olhando para ele.

— O que você quiser é seu, se depender de mim — diz sério, mas logo um sorriso toma conta do seu rosto. — Conte-me.

— Estava pensando em como você bagunçou a minha vida. — Seu semblante se fecha e logo trato de me explicar, ou pelo menos tentar.

— Eu sinto muito, Luísa. Eu...

— Não, não é em um sentido ruim. Pelo menos eu não acho que é de uma forma ruim. — Ele permanece em silêncio. — Acredito que eu também esteja bagunçando um pouco a sua vida também.

— Com toda a certeza.

— E, pra você, isso é ruim, Felipo?

— Não. — Uma de suas mãos acariciam minhas costas nuas. Ele fez questão de que nos deitássemos ali ainda pelados. — Você é a melhor coisa que me aconteceu em muito tempo. — Minha pele se arrepia ouvindo-o, mas ele sequer nota, tão absorto em suas palavras e pensamentos. — Você é como um delicioso e revigorante banho de mar. Às vezes nem sabemos que precisamos de um mergulho, porém só de sentir a brisa, o cheiro... Eu não sou muito bom com palavras.

E então o beijo, com medo do que eu possa dizer depois de ouvir palavras tão bonitas e expressivas como as que Felipo deixou sair por seus lábios.

~*~

Consegui convencer Felipo a voltarmos para São Paulo logo após o jantar. O turbilhão de sentimentos dentro de mim não me permitia continuar ali, brincando de que realmente estava tudo bem estarmos ali, naquela situação, mesmo eu sabendo que ele era um homem comprometido.

O fato de eu estar me envolvendo afetivamente com ele só piorava minha situação. Era só o que me faltava: amante apaixonada.

Admito que cogitei deixá-lo dormir no meu apartamento. Até mesmo cogitei ir para o dele. Mas eu realmente precisava de um tempo comigo mesma para pensar no meu próximo passo que, definitivamente, não era me tornar a amante oficial de Felipo.

Gostaria de dizer que minha madrugada foi horrível, com minha mente me martirizando por estar tendo uma atitude como essa, mas tudo em que consegui pensar foi em nosso dia na praia.

Quando liguei meu celular, logo após entrar no meu prédio, já havia mensagens dele me desejando uma “noite de sono” argumentando que ela só seria boa se fosse com ele. Não consegui segurar a risada, é claro. Trocamos ainda algumas mensagens após ele chegar em casa e perto da manhã acabei caindo no sono.

Mesmo tendo dormido tarde, acordei disposta e bem-humorada. Aparentemente um dia de sexo na praia com um bilionário gostoso tinha esse poder.

Fui para a academia, coisa que eu não fazia desde que tudo aconteceu entre mim e Bernardo. Treinei animada tentando não pensar nas mensagens do meu chefe que eu havia ignorado deliberadamente. Eu ainda não tinha certeza do que diria, mas precisava dizer algo, afinal, eu entrei no carro de um cliente e simplesmente sumi até o dia seguinte sem sequer enviar uma mensagem.

Uma mensagem de Felipo tirou minha mente de Marcel e me fez abrir um sorriso, mas antes que eu tivesse a chance de abri-la, vi Bernardo e Cristiane prontos para destruírem o meu bom humor proporcionado por Felipo.

— Amiga!!! — Cristiane se aproxima e tenta me abraçar, mas desvio. O cinismo dela é pior que tudo. — Faz tanto tempo que você não vem treinar, senti sua falta.

— Oi, Cristiane. Já estou de saída.

— Ai, amiga, não faz assim, já tem tanto tempo e...

— O advogado disse que não posso ter contato com ela, bebê! — Bernardo fala sem disfarçar seu olhar para o meu corpo e tenta sair de perto. Pelo menos ele adquiriu um pouco mais de senso.

— Mas sua camiseta não faz sentido sem a minha por perto. — minha ex-melhor amiga comenta, o impedindo de sair de perto dela, e então noto as camisetas de casal com frase brega que os dois usam. Na dele diz “Perigo! Namorada ciumenta por perto” enquanto na dela diz “Lindo, né? TEM DONA.”.

Felizmente não consigo segurar minha risada e, com o constrangimento dos dois, me afasto sem me dar ao trabalho de dirigir mais nenhuma palavra a eles.

Olho rapidamente para trás querendo me lembrar daquela cena e a situação só piora quando vejo Cristiane olhando boquiaberta um homem bonito, visivelmente transtornado, passando próximo aos dois enquanto meu ex-noivo reclama, claramente incomodado.




Na cama com um Bilionário Onde histórias criam vida. Descubra agora