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História co-escrita com Kami_CavalcanteOuvir Maria Helena reclamar do jardineiro da família e como era grata por na nossa casa, depois do casamento, poder escolher seus serviçais ela mesma, já que o rapaz fazia parte de uma linhagem de jardineiros e ela não ligava pra tradições era surreal, meus olhos pesavam de sono diante de tamanho problema.
Ainda mais quando meu foco era outro.
Havia um passeio para o zoológico marcado para o dia seguinte, um casal de noivos faria seu álbum de pré-casamento por lá e depois os funcionários da empresa permaneceriam se quisessem.
Eu estaria lá por coincidência, e poderia falar com Luísa num lugar neutro.Uma baboseira dessas me custou três mil reais, esperava que valesse a pena.
Sai da casa de Maria Helena com a desculpa de que iria para um jantar e fui para casa, minha intenção era trocar de roupas e cair na noite paulistana, estava exausto e uma boceta qualquer poderia me animar, afinal sempre foi assim.
Dirigi até minha casa única e exclusivamente pelo ânimo de arrumar alguma gostosa e aliviar a tensão. Pedi para Meire preparar um banho pra mim, não era muito de usar a hidromassagem, mas a noite havia me deixado tenso.
Separava uma playlist relaxante para entrar na água quando meu celular vibrou.
“Por que você não usa aliança?” — mensagem recebida.
Eu sabia que era de Luísa, mas levei um tempo para falar o óbvio.
“Talvez eu não me sinta noivo” — mensagem enviada.
Ela levou alguns minutos para me responder, estava mergulhado na água morna e borbulhante quando o celular vibrou novamente.
“A sua noiva tem outra opinião a respeito” — mensagem recebida.
“Fale isso pra quem se importa” — mensagem enviada.
E assim ela sumiu do meu radar e tirou meu foco em outras mulheres, inferno. Eu a desejava, sabia que ela havia sido noiva e que o cara estava comendo a melhor amiga dela.
Claro que ela não confiaria em mim, eu era um noivo traidor, provavelmente um futuro marido infiel.A quem quero enganar?
Se as coisas se encaminharem como imagino, não terei outra opção que não ser adúltero.
Saí do banho e deixei a água quente para trás.
Pela primeira vez em meses fui direto para minha cama, coloquei um filme na Netflix e adormeci assistindo.
Acordei cerca de onze horas, havia perdido a minha primeira reunião do dia.
Cheguei diante da minha secretária que me encarava como se eu fosse um preguiçoso levando a empresa do meu pai à ruína.
As coisas estavam bem encaminhadas e não havia motivos para alarde.
Por volta das três fui até carro e peguei meu traje esportivo sem saber como uma camiseta básica mudaria o pensamento de Luísa?
Meu Deus, eu só queria que trepassemos como coelhos e gozássemos à exaustão, era pedir muito?
Cheguei no zoológico pouco depois das três e meia da tarde, Luísa estava exatamente onde Gael me disse, ela usava um macacão jeans que moldava seu corpo, tênis baixos e os cabelos presos numa trança, não havia absolutamente nada da pose na agência. O florista estava certo! Era por isso meu traje tinha que ser mais leve.
Parei atrás dela enquanto ela conferia as fotos na câmera do fotógrafo.
— Essa não gostei, não está certo. Perdeu o ar lúdico... — ela era sincera e o rapaz parecia não gostar.
— É só uma foto — ele deu de ombros.
— Não. É a foto do casamento de duas pessoas que se amam e querem expor esse amor para o mundo. — reclama. — E também é o seu trabalho, você deveria se importar mais!
Soltei um pigarro e ela me olhou, o sorriso morrendo nos cantos dos lábios.
— Você? — havia frieza nas palavras, mas o olhar dela era quente.
— Eu!
— Cuidado para não ficar preso com os animais aqui. Com certeza, eles não devem deixar uma criatura exótica como você transitar como queira pela cidade.
O fotógrafo se afastou rindo.
— Você não está de todo errada, não sou comum. Mas não vim aqui brincar de gato e rato com você. Falta muito pra você estar livre?
— Cerca de vinte minutos — ela respondeu olhando o pequeno relógio em seu pulso.
— Eu acho que lhe devo muitas explicações, você deve estar pintando o pior quadro sobre mim.
Ela suspirou com ares de dúvida.
— Está certo, eu dou te dar vinte minutos e mais nada, depois esqueça que aconteceu aquilo.
— Paulo Coelho diz que “se uma coisa aconteceu somente uma vez, ela pode nunca mais voltar acontecer, mas se aconteceu duas vezes, provavelmente acontecerá de novo”.
— Paulo Coelho não me conhece. Assim como você. — faz uma careta. — Por favor, fique por aqui, estou no meu trabalho, nem todos nasceram herdeiros como você. Tem gente que têm de correr atrás de verdade.
Ela fazia o pior julgamento possível sobre mim, mas eu não entendia por qual razão a opinião dela tinha qualquer relevância para mim.
Fiquei de longe observando como ela trabalhava, era segura, perfeita e ainda assim muito carinhosa. Havia delicadeza nos seus gestos e seu sorriso era tão espontâneo que se tornava extremamente atraente.
Não demorou para terminar, mas ainda assim fiquei em expectativa, quando ela finalmente se despediu dos noivos, veio até mim.
— Onde quer ir?
— Temos meia hora até fechar, podemos ir até os jacarés.
Voltamos rumo a entrada depois dela se despedir do patrão e de Gael que nos encarou com malícia.
— Pronto, tens exatos vinte e três minutos pra me convencer que não é como os outros.
— Eu não a amo. — não que fosse uma surpresa essas palavras saírem da minha boca, mas a facilidade com que isso aconteceu, me aturdiu brevemente. — Meu casamento é uma mistura de uma promessa inquebrável e covardia, admito. Eu sequer sinto desejo por ela, estamos juntos porque temos que estar. Nada além.
— Você sabe que sua noiva se guarda para a noite de núpcias, enquanto você come mulherezinhas vulgares?
Ela suspirou fundo, estava magoada.
— Sei, mas não por meu gosto, nunca pedi nada a ela... Tentei prorrogar isso o máximo, desejei verdadeiramente dia após dia que ela se apaixonasse e fugisse, mas agora tenho uma certeza, ela não desistirá. E agora eu não sei se uma promessa é o suficiente... — comento. — Não sei, Luísa você acha que duas pessoas que não se amam devem casar somente por convenções? Só por que estão noivas há muito tempo? Só por que um dia prometeram?
Ela olhou para os jacarés no lago e suspirou, era estranho me sentir mais próximo a uma mulher que conhecia há pouco mais de uma semana do que a minha noiva.
— Era tudo tão morno pra mim também mas quando acabou, eu sofri tanto, nenhum sentimento é quente o tempo todo — sei que ela falava de si mesma — Você não pode desejar apenas que as coisas sejam somente magia e sexo.
— E por que não? — não esperei resposta, a puxei para mim e a beijei.
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Na cama com um Bilionário
Chick-LitNoivo há quase uma década, Felipo não sabe mais o que fazer para continuar evitando o casamento. Parece que finalmente chegou a hora de dizer o temido "sim" no altar. Numa noite de fugas, ele acaba na cama com uma desconhecida, um incidente que par...