Capítulo 31

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Estamos em maratona, 50 comentários nos trazem de volta amanhã, o epílogo será postado e retirado em 72 horas fique de olho.
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História co-escrita com Kami_Cavalcante

Você pode tentar o que quiser contra mim, mas nunca pense em fazer algo contra a minha família

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Você pode tentar o que quiser contra mim, mas nunca pense em fazer algo contra a minha família. Eu viro uma leoa.

Minha mãe, pai e irmã são o que tenho de mais valioso na vida. E o maior erro de qualquer ser humano é tentar se meter entre nós.

Eu sei que não fui a melhor pessoa com Maria Helena, apesar de tudo, mas isso não dava direito a ela de procurar minha família. Minha mãe ainda estava em recuperação e essa maldita burguesa decidiu que seria uma boa ideia ir até a casa dos meus pais.

Não precisei nem saber o que ela estava contando, quanto entrei na pequena casa amarela e a encontrei com seu olhar soberbo para o sofá que, com certeza, negou-se a sentar, não pensei duas vezes antes de agarrar o seu braço.

— O que acha que está fazendo aqui?

— Ai, Luísa, já não basta roubar meu noivo também vai me agredir? — resmunga cínica. — Eu trago boas novas e você me trata assim...

— Tudo o que eu quero de você é distância. — Minha mãe está sentada no sofá sem nos dar atenção, encarando alguns papeis sobre seu colo e meu pai parece dividido entre continuar ao lado de mamãe ou vir me ajudar.

— E o meu noivo, certo? — Antes que eu possa me controlar, minha mão acerta seu rosto, que se avermelha rapidamente. — Não se envergonha de agredir uma mulher grávida?

— Quantas mentiras mais você é capaz de inventar? — Volto a agarrar seu braço, puxando-a para a tirar de dentro da casa dos meus pais. — Bem que sempre disseram que dinheiro não traz felicidade, mas no seu caso trouxe tanta ruindade que não vejo como seria possível ser feliz.

— Pobre Luísa... Acha que é muito diferente porque pensa que Felipo se apaixonou, mas é mais uma como tantas outras. E o pior, você apenas está seguindo os próprios passos de concubina, como sua mãe. — A empurro porta a fora. — Pergunte a ela sobre o seu pai e o que ele fez com a miserável vida de vocês.

— Com todo o respeito, Maria Helena, vai se foder! Se você tem um problema com Felipo, resolva com ele e esqueça a mim e a minha família. — Finalizo batendo a porta em sua cara. — Mamãe... — Devagar me aproximo e sento ao seu lado no sofá.

— Vou fazer um cafezinho pra gente. — Papai avisa, depositando um beijo na cabeça da minha mãe e me pedindo calma com seu olhar.

— Mamãe, me desculpa envolver você nisso. Eu nunca quis que nada disso tomasse essa proporção. Me desculpa.

— Não tem que se desculpar, filha. — Sua voz está completamente embargada. Os papéis em seu colo está molhado, certamente de suas lágrimas. — A moça estava certa. Não fui sincera com você e ainda te julguei por seguir o seu coração. — Ela olha para mim pela primeira vez desde que cheguei. — Eu fiz isso também.

— Não tem que me contar nada que não queira. Prometo que não vou perguntar o que houve aqui enquanto eu não estava, se a senhora não quiser que eu saiba.

— Você é tão maravilhosa, minha filha. Me pergunto como consegui criar uma mulher incrível assim. — Ela está tão chorosa que me preocupo com o que isso tudo pode causar a sua saúde.

— Você é que é incrível, mamãe... E o que eu disse antes continua de pé. — A abraço por um tempo até que ela se afasta, pigarreando.

— Quando engravidei de você eu trabalhava na casa de pessoas poderosas. E cometi o erro de me envolver — começa. — Eu era uma boba que mal tinha saído da adolescência e me apaixonei pelo filho do patrão. — Infelizmente ela nem me olha nos olhos. — Eu sabia que ele estava noivo, mas também sabia que era por conveniência. Não havia amor, eram apenas negócios, como ele costumava me dizer.

— Eu sinto muito, mamãe.

— Eu não. Dessa paixão veio você, Luísa. E nunca me arrependeria de ter você, querida. — Volta a me olhar e faz um carinho em meu rosto com a mão. — Quando eu engravidei, achei que ele finalmente enfrentaria a família e que seríamos nós três. Como fui tola... — Sorri um pouco amarga. — Ele disse que não acreditava que meu bebê era dele. Que conhecia a fama de mulheres como eu, da minha aparência.

— Que canalha repugnante!

— Logo me vi cercada pelos seus pais. Me ofereceram muito dinheiro para interromper a gravidez, ficar em silêncio e simplesmente sumir. — Consigo imaginar minha mãe antes dos vinte anos, grávida e sem apoio. — Eu fiquei com muito medo do que eles pudessem fazer, eram muito poderosos. Então eu fui embora no meio da noite, apenas com as roupas do corpo. E nunca mais olhei para trás.

— Você fez o certo, mamãe. — Meu pai se junta a nós e abraça-nos, eu nem tinha percebido que estava em lágrimas com ela. — Eu sabia que você era uma mulher incrível, mas agora essa admiração apenas aumentou.

— Você não quer saber quem ele é, filha?

— Eu não preciso, mamãe. Vocês são os melhores pais que eu poderia querer. O fato de não ter o sangue do papai não o faz menos meu pai. Ele sempre me deu amor, carinho, cuidou de mim. — Meu pai é o próximo a começar a chorar, o que é chocante, pois nunca o vi chorar. Apesar de carinhoso, ele não é do tipo que derrama lágrimas na frente de ninguém.

— Obrigado, filha. — Ele agradece. — Nunca precisei ser parte do seu DNA para fazer parte do seu coração. E eu amo isso.

— Filha, eu sei de tudo isso. E, meu amor, eu respeito muito a nossa vida, o que construímos e o que vocês construíram, mas, Luísa, aqui tem tudo o que você precisa para saber quem é o seu pai, se um dia desejar saber. — Mamãe me entrega os papéis. — Se você decidir saber disso, saiba que não muda em nada o nosso amor e respeito por você, filha.

Durante mais algum tempo continuo ali no sofá com os meus pais, até que papai convence mamãe a descansar um pouco. Mesmo a contragosto ela vai.

Decido voltar para casa. Desde que mamãe teve o infarto, eu os visitava com mais frequência e esse dia tinha sido apenas mais uma visita.

Chamo um carro para me levar para casa e, por mais que eu ame meus pais, a curiosidade fala mais alto. E logo que entro no veículo começo a ler os papéis que mamãe me entregou. Em letras garrafais está escrito:

Clóvis Demétrio de Alcântara.

O padrasto de Maria Helena.



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⏰ Última atualização: Jul 14, 2022 ⏰

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