Admiração

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Capítulo 7

Parado de mãos no bolso, ele me observava de uma forma intimidante. Seu jeito de olhar mecheu com meu corpo, mas eu não podia deixar ele perceber.
Levantei a cabeça, tentando manter minha postura, falei.

- A Renova Office é uma empresa admirável. Vai ser um desafio maravilhoso trabalhar aqui.

- Espero um melhor empenho e melhores resultados, que obteve na Real Office.

- Como diretora de Marketing, prometo que se conseguir trabalhar com as pessoas certas, poderei superar suas expectativas.

- Assim espero... Andou em minha direção chegando muito mais perto, disse.

- Se for tão corajosa, quanto foi ao me enfrentar no resort, será muito bom trabalhar com você.

Sua proximidade, me fez começar a sentir o ar escasso, a lugar começou parecer pequeno demais para nós dois. Me afastei, na tentativa de escapar do clima perturbador.

- Vou voltar a minha sala, assim poderei começar ainda hoje.

Presa aos seus olhos tentei sorrir, depois me virei, para sair de perto rapidamente.

Andando pelo corredor, tentando respirar normalmente. Pensei.

Porque estava assim? Nenhum homem causou esse efeito.
Poderia ser pela admiração, ou por seu trabalho e investimento. Um homem jovem, conseguir tantos resultados e propósitos inovadores, seria sim admirável.
Acho que foi por isso, fiquei impressionada. Foi isso, só isso!

Entrei na sala, ainda abalada sentei pegando o Tablet. Abrir, para encontrar o nome da minha ou do meu supervisor.
Priscila Vert.
Olhei o nome, mas antes de discar o 0 como falou a assistente ele entrou na sala.

Era ele...Felipe. Despreocupado falou.

- Pode continuar o que estava fazendo, não quero atrapalhar.
Estou aqui para ajudar e cooperar com o que precisar. Disse andando até a mesa a frente, sentou- se calmamente, apoiando o braço na mesa me encarou.
Não quis demonstrar meu incômodo, a sua presença . Tentando não reagir a sua presença, voltei meus olhos para o Tablet, então ouvir ele dizer.

- Acho que pensou, que eu deixaria você sozinha em uma das funções mais importantes da empresa? Eu não blefei quando disse que ficaria de olho em você.

Puxei o ar levantei o olhar firmando em seus olhos, falei.

- Não me importo em viver sob pressão, minha vida toda eu passei por isso.

- Peço então, para manter o foco, e continue a fazer seu trabalho.

- Sem me deixar intimidar, olhei para o tablet e apertei o 0. O tablet ficou vermelho, a assistente bateu na porta e entrou. Porque a porta  já estava mesmo entre aberta.

- Senhor Felipe. 

Cumprimentou ele com um sorriso, que em momento nenhum eu percebi. Depois veio a minha mesa e perguntou.

- Como posso te ajudar? Sorriso cínico.

Agora entendi tudo, ela tinha uma queda por ele, entendi também seu ciúmes, porque era eu que estava na mesma sala que ele.
Mudei de ideia quanto chamar Priscila.
Então pedir.

- Quero que me leve até Priscila Vert por favor.

Levantei e peguei o Tablet seguindo para a porta. Ela ficou parada, em um sorriso de fascínio para o Felipe.

- Senhorita Lisa, estou esperando!
Falei de pé, em frente a porta da sala.

Ela se despediu do Felipe, e  andou rapidamente à minha frente.

Nesse momento percebi, que poderia encontrar várias Selenas nessa empresa. Ela não era a única a ficar suspirando pelo Felipe.

Encontrei Priscila, em uma sala arejada, com variações de cores por todo ambiente, quadros e paredes, com cores suaves. Um local feliz para trabalhar. Apesar de não ter a vista da minha sala, eu gostei da leveza das cores.

- Helena, é um prazer recebê-la nessa empresa.
- Sente-se! Gostaria de beber alguma coisa?  Reparei que na sala, tinha uma cafeteira e um frigobar. Ela parecia confortável demais, diferente da sala em que fui colocada.
Mas esse não era meu foco.

Priscila, gostaria de conhecer a equipe com quem vamos trabalhar. Gosto de saber um pouco sobre cada um.

- Estou trabalhando para te enviar bons resultados,  não quero que se preocupe em lidar com os funcionários, essa é minha função.

- Entendo, o que quer dizer, mas gostaria que fizesse o que estou pedindo.

- Sei que chegou agora, e não entende como trabalhamos, mas posso garantir que vai se acostumar.

Felipe me falou que você está acostumada a bater metas, e que tinha minha função na outra filial. Se mereceu ou não essa promoção eu não sei, só não quero ter problemas com você nessa empresa.
Seu olhar desafiador também nao me intimidou. Como não sou de debater ou de discussões. Levantei da cadeira, sorri debochadamente e agradeci.

Obrigada por sua colaboração.
Me virei e sair, quase explodindo de ódio, sem demonstrar perguntei a assistente que havia assistido tudo onde era o toalete.

Entrei no banheiro querendo gritar. Mas pensei que tudo que escutei poderia ser um teste de paciência. O Felipe devi estar  prevendo minha reação contrária. Não darei o gostinho a ele de reagir. Vou lutar de outra forma, derrubar cada barreira que ele tentar colocar no meu caminho. Ele se engana pensando que vai me vencer pela raiva.

Olhei no espelho, respirei fundo e sair. Lisa me esperava na porta escrevendo alguma coisa no celular me perguntou assim que me viu.

Você está bem Helena?

Sim...Claro! Porque não estaria?

Seguir para a sala olhando o tablet pesquisei os nomes de cada um hospedado de marketing digital.

- Lisa, quero que chame Olavo Bispo a minha sala.

Ela me encarou, respirou fundo e respondeu. 

- Sim, vou Chamá-lo agora.

Ela voltou eu continuei a andar de volta a sala. Nem tudo vai ser resolvido da forma que eles querem. Vou ter que agir com inteligência.

Passei pela cafeteria, tomei um café, aproveitei para fazer amizade com uma das garçonetes.
Normalmente elas sabem um pouco de cada pessoa que trabalha aqui.
Grace é astuta e muito comunicativa, me contou que trabalha aqui há dois anos e que trabalhava na limpeza. Assim que surgiu uma vaga na nova cafeteria ela se interessou.

Me despedir e fui em direção a sala.
Lisa estava conversando com um homem quando cheguei. Deduzir que seria Olavo.

- Helena! Ela chamou, vindo em minha direção seguida pelo homem.

- Esse é Olavo Bispo.

Tudo bem Olavo, pode vir comigo até minha sala. Continuei caminhando para sala.

Assim que entrei, Felipe digitava alguma coisa no notebook.

- Entre Olavo, fique a vontade.
Disse me sentando, peguei uma caneta e papel.

Olavo olhou para Felipe e falou.
Como vai Felipe? Perguntou com intimidade.

- Vou bem, Olavo.

- E como está Josh?

- Entrando finalmente nos eixos.

- Bom pra ele...

- Podemos conversar? Perguntei cortando assunto deles.

- Sim Helena, precisa de alguma coisa?

- Preciso.
Quero que você me ajude.




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