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Capítulo 28

Priscila não me incomoda, mas a história do Josh ainda marteladava em minha cabeça.

O Felipe não tem ideia do que estou passando nessa casa. Prefiro guardar segredo de tudo, acho melhor assim. Depois que ele descobrir toda essa história, vamos ter seguir caminhos diferentes. Estou preocupada com meu  emprego, com a Selena que não me ligou até agora, e nem sequer mandou uma mensagem. Depois que nos conhecemos, nunca ficamos tanto tempo sem nos falar. Estou querendo passar a limpo essa história. Infelizmente hoje ainda é sábado. Preciso esperar passar esse fim de semana.   Continuei pensando no que iria fazer, enquanto secava meu cabelo enfrente ao espelho. Depois coloquei um vestido justo e causei uma bota. Estava esfriando um pouco. Pensei no cãozinho dormindo ao relento.
Fui até o Felipe para ver se podíamos conseguir um lugar para o cãozinho se abrigar durante a noite.

Felipe estava sentado na varanda. E o cãozinho dormia ao seu lado, em um banco confortável.

- Está frio aqui fora. Onde vamos colocá-lo para dormir?

Felipe me olhou, depois acariciou o cão dizendo.

- Voce está bonita!
Mais tarde poderíamos dar um passeio. Gostaria de te levar ir em um lugar aqui perto.

- Onde?

- Tem um vilarejo aqui perto, eles fazem festas ao lado de uma grande fogueira. O Josh gostava de ir, e sempre voltava bêbado. Eu nunca fui a essas festas, mas dizem que são bem animadas.
Dona Zélia chegou perto de nós. 

- Olá meninos! Vejo que estão bem. Ouvi Felipe falar do vilarejo. Seria uma boa idéia voce conhecer Helena.
Olá Bob! Você finalmente apareceu! Está limpinho! E como sempre muito preguiçoso.

Helena que encontrou ele.  Acabou cuidando e limpando esse folgado!

Os olhinho de Bob parecia entender que estávamos falando dele, mas ele parecia cansado e só estava querendo dormir.

- Vamos colocar ele na garagem, lá tem alguns cobertores velhos, ele vai ficar bem quentinho. Felipe falou pegando o Bob no colo para levá-lo.

- Não demorem, o almoço está pronto.

- Sim... Não vou demorar.

- Eu vou com Felipe, depois vamos almoçar.

Saímos para a garagem, colocamos o Bob enrolado em cobertor.

- Acho que vou levar ele para a cidade, ele está precisando de cuidados.

- É uma boa idéia Felipe, ele precisa de comida e por aqui, não existe muitas casas que possam alimentá-lo.

Saímos da garagem, e caminhamos calados até a cozinha. Priscila e Josh conversavam sentados à mesa.

Assim que sentamos para servir o almoço. Dona Zélia falou.

Poderíamos ver um filme, depois do almoço o que vocês acham? Quem sabe jogar poquer? Precisamos nos distrair um pouco.
Dona Zélia parecia animada com sua proposta.

- Infelizmente tenho um compromisso hoje. Disse Felipe olhando para mim. Mas o Josh e a Priscila poderão fazer companhia a senhora.

- Que compromisso? Perguntou Priscila curiosa.

- Nós vamos ao vilarejo. Quero mostrar a Helena como são as festas por lá.

- Você não gosta de festas! Exclamou Priscila tentando intimidá-lo.

- Estou animado, penso que a Helena vai gostar de conhecer.

- Nós também vamos. Disse Josh entrando na discussão.
Fiquei calada, tentando me concentrar no filé que estava em meu prato.

- Bem... então eu e a Nora vamos ver o filme, enquanto os jovens vão até o vilarejo.

Depois ficamos escutando a Priscila falar sobre seu novo apartamento. O Josh contou sobre seu melhor funcionário na empresa. Eu fiquei escutando, sem entrar no assunto. Terminei minha sobremesa, pedi os restos de comida para Nora. Com a intenção de levar para o Bob. Ele não tinha ração, era essa  a melhor forma para alimenta-lo. Quando cheguei no quartinho cadê o Bob? Ele tinha fugido por uma madeira solta no fundo da garagem. Sair procurando por ele, e nada de encontrá-lo.

Fui falar com Felipe que estava no escritório. Saímos juntos para procurar por ele.
Chegamos perto das árvores, nada do cãozinho. Cansada de procurar, encostei no tronco da árvore, tentando fugir do vento que balançavam as folhas das árvores.

- Ele está acostumado a desaparecer, pensei que agora ele ia ficar aqui.

- Ele vai ficar perdido, sem comida e sem abrigo. Como vai sobreviver nesse frio?

- Ele está acostumado a viver assim... não se sinta culpada.

- Ninguém se acostuma com  sofrimento Felipe!

- Eu sei.

Uma folha agarrou em meu cabelo, ele puxou os fios para retirar. Nossos olhos se encontraram e novamente pintou um forte clima entre nós. A vontade de beijá-lo era irresistível.
E ele parecia sentir a mesma coisa, porque me puxou pela cintura trouxe meu corpo para mais perto e começamos a nos beijar. Uma química perfeita, e todo desejo do mundo nos aquecia. Respiração ofegante, enquanto nosso toque ficou ainda mais ousado. Encostei minhas costas no tronco da árvore, enquanto ele me pressionava cheio de tesão. Todo desejo parecia fluir de nossos poros,  exalando muita excitação.
Ele levantou meu vestido, colocando a mão em minha intimidade. Eu suspirei querendo mais... ele continuou a me beijar. Abriu calça, em seguida estávamos fazendo amor ao relento como dois selvagens. Era uma experiência realmente maravilhosa, principalmente por estar envolvida em seus braços. Quando acabamos de gemer em puro prazer, ele vestiu sua calça e eu arrumei meu vestido.

Eu olhei em seus olhos, ele acariciou meu rosto, e disse preocupado.

- Eu não usei preservativo. Me desculpe por ter sido tão inconsequente!

- Você já transou alguma vez sem camisinha?

- Não. Eu nunca... nunca cheguei ao ponto de não conseguir me segurar. Nunca fiz nada sem preservativo.
É minha primeira vez.
Sorriu timido.

-Sabe que não foi de propósito, não sabe?

- Confio em você, sei que foi o momento. Toda essa loucura entre nós está nos deixando a mercê de erros. Temos que pensar melhor em nossas ações.

- Como podemos prever essa situação? Nao entendo o que voce quer! Você me enlouquece e depois me afasta. Quando é que você vai entender que estamos apaixonados? Tem medo de se arrepender? De descobrir que podemos nos amar para sempre, é isso? Tem medo de final feliz? Não entendo Helena...eu realmente não consigo entender!
Saiu caminhando indignado me deixando sozinha perto das árvores.

Eu fiquei olhando ele desaparecer entre as árvores.
Continuei onde estava, olhando para o céu nublado.
Estou mesmo gostando desse homem? O que vai ser de mim? Não posso me  apaixonar por ele! O que vou fazer agora? Tudo que mais temi na vida era me apaixonar. Minha mãe abriu mão de tudo por amor ao meu pai. E o que ela recebeu? Desprezo...uma vida injusta e vazia. Não preciso sofrer por mais ninguém! Não posso permitir que isso faça da minha vida o inferno que a paixão te induz a viver.  Sou uma mulher solitária e vou continuar assim. Com meus problemas e minhas próprias convicções.
Fechei os olhos e novamente sentir todas emoções de estar com ele, como se fosse uma reprise.
Abrir os olhos para o céu e pedi. Senhor me de forças para lutar!

Voltei pera casa, Josh estava cortando lenha, sem camisa, exibindo músculos que nem me interessavam.

- O Bob sumiu novamente? Perguntou se apoiando no machado.

- Sim, respondi descontente.

- Ele faz isso sempre, não se preocupe.

- Tudo bem... seguir para entrar na casa. Josh me chamou.

- Helena!
Olhei para ele, veio ao meu encontro.

- Você está triste?

- Não se preocupe Josh, vai ficar tudo bem.

Ele baixou a cabeça com timidez, depois voltou a me olhar nos olhos. Josh sempre foi intimidador, mas seu olhar estava me assustando de verdade agora.

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