Custei dormir novamente, sentia mesmo vontade de voltar para minha casa, para minha realidade. Aquilo tudo parecia um mundo paralelo.
Assim que amanheceu, já estava pronta para ir embora. Sem me despedir, pedi um táxi e sair da casa, achei melhor assim.
Cheguei na minha casa, sentei aliviada no sofá. Respirei um pouco depois, me levantei para tomar um banho.
Nada que eu vestia ficava bom, ao imaginar que encontraria o Felipe na empresa. Sentia um frio incomum no estômago. Precisava esquecer aquilo tudo, manter o foco, preciso provar que Priscila é uma impostora, o mais rápido possível.
Uma calça justa, botas, e uma blusa de seda. Casaco e pasta nas mãos, entrei no carro. Meu foco será trabalhar. Repetia isso mentalmente, tentando controlar a ansiedade. O elevador parou, fui em direção a cafeteria. Como sempre encontrei a minha nova amiga, conversamos um pouco. Estava na hora de ir, parei na sala da Priscila, ela não estava.
Seguir em direção a minha sala.
Na hora que abrir a porta, Priscila estava com os braços ao redor do pescoço do Felipe.
Uma raiva tomou meu corpo.Ao me ver, Felipe retirou os braços dela do seu pescoço, tentando disfarçar perguntou.
- Então estamos entendidos?
Ela percebeu minha presença, sorriu com ironia. Enquanto andei para minha mesa, calada. Tentando me controlar, ficar quieta no meu canto, ou ser o mais invisível possível.
- Acabaremos nossa conversa no almoço. Escutei a voz da Priscila, enquanto estava de costas, colocando minha pasta sobre a mesa.
- Tenha um bom dia, Helena! Falou alto, saindo da sala.
Sem esperar uma resposta.Sentei e liguei o computador, o Felipe falou.
- Você saiu sem se despedir, aconteceu alguma coisa?
- Precisei resolver uns problemas... mentir sem olhar para ele. Tentando escrever algo no computador, que não saia nada, além de letras aleatórias.
- Preciso ir na outra empresa, se precisar falar comigo, pode ligar no meu celular.
Fim que sim, com a cabeça, fingindo digitar algo.
Na hora que ele saiu, sentir um alívio. Acho que não consigo trabalhar mais nessa sala. Aproveitei que ele saiu, e meu nervosismo melhorou, coloquei meu plano em prática.
Precisava começar a seguir a Priscila, saber o que tramava e com quem andava fora do escritório.Liguei para o Daniel, sem dizer minha real intenção, pedir a ele o telefone de uma amiga dele, que é detetive. Depois de uma longa conversa, ele finalmente me passou.
Liguei para ela explicando perfeitamente o problema. Ela aceitou o caso. Disse que começaria ainda hoje, pela urgência do meu pedido.
Voltei ao modo trabalho, falei com funcionários. Continuei a perseguir novas metas, sem incluir Priscila, novamente. Precisava descobrir quem passava as informações para ela. Mas enquanto não sabia, comecei a fazer tudo em sigilo, sem passar as informações para minha assistente. A assistente percebeu e não gostou. Mas não tinha com quem reclamar. Felipe me deu liberdade, para fazer meu trabalho como quisesse.
Jantei na casa dele por mais dois dias, mas o Josh iria voltar, sem querer encontrar ele, resolvir arrumar uma desculpa e não fui mais..
Dona Zélia me ligava pra conversar, quase todos os dias. Eu gostava de dar atenção a ela. Além disso, ela me colocava a par de muita coisa que acontecia na casa.
Ela me contou que o Felipe e a Priscila terminaram. Então entendir o mal humor dela, dentro da empresa.
Felipe quase não ficava na empresa, não conversamos nada que não fosse de trabalho. O mês seguiu, tentei manter o equilíbrio, até chegar o dossiê da detetive ficar pronto.Olavo fez várias reclamações sobre ameaças, da Priscila contra ele. Mas ele se manteve fiel.
Quando terminou o mês, com as metas ainda maiores vencidas, Felipe veio me parabenizar.- Parabéns Helena, vocês novamente conseguiram.
- Oi? Vocês? Como assim?
- Priscila me passou o relatório de conclusão de metas, antes mesmo de eu verificar. Ela disse que trabalhou incansavelmente, mas sem sua ajuda não tinha conseguido.
Um ódio, tomou conta do meu corpo. Sem responder a ele, sair da sala, indo atrás dela.
Encontrei ela tomando seu café como uma madame, e um olhar infernal.- Oi Helena! Que prazer recebê-la em minha sala! Aceita um café?
Eu queria esganar seu pescoço. Respirei, fechei os olhos por alguns segundos, para tentar me acalmar.
Puxei uma cadeira, sentei, e disse.- Aceito sim, o seu café deve ser ótimo!
Ela se levantou, eu aproveitei o momento, peguei o celular, liguei o gravador e coloquei no bolso.
- Que mês surpreendente não é mesmo Helena? Você não concorda que trabalhamos muito bem juntas novamente?
Me entregou a xícara. Eu peguei a xícara, peguei a colher, tentando não jogar tudo na sua face debochada, mexi o café, pensando no que dizer.
- Priscila você sabe que não fez nada, desde que comecei a trabalhar aqui. Você não faz nada!
- Que isso Helena! Você é muito exigente! Mesmo conseguido bater todas as metas, você quer que eu exija ainda mais dos funcionários? Não acho justo fazer isso, depois de tanto trabalho!
Coloquei a xícara sobre a mesa, olhei dentro dos seus olhos e falei.
- Sabe que uma hora você vai cair, e quando cair, você não irá se levantar mais.
- Você deveria vir me dar parabéns, não fazer exigências, não acha?
Sua representação me fez pensar, ela deveria estar filmando, ou armando alguma coisa. Essa mulher é pior que pensei. Vou entrar na sua farsa, até conseguir vencê-la.
- Desculpe Priscila, é muita pressão envolvendo meu cargo.
Gostaria de te parabenizar! Levantei a mão para ela, coisa que nunca imaginei fazer.Ela saiu de trás de sua mesa e falou.
- Vem aqui, me dê um abraço!
Me puxou para um abraço e no meu ouvido cochichou.- Vou te contar um segredo. Em breve serei dona desse império. Estou grávida do Felipe, e você estará na rua, assim que eu exigir!
Depois se afastou com a mesma cara debochada, sentou em sua cadeira. Me deixando atordoada, sem acreditar no que acabei de ouvir.
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Destino.
Любовные романыHelena conviveu com pais cruéis e insensíveis, mesmo muito pequena, ela era responsável por cuidar da casa e dos irmãos. Não teve tempo para brincar ou se divertir. Ela cresceu sem acreditar no amor, buscou superar sua carência pessoal, aprimorou-s...