Origem

87 14 4
                                    

Capítulo 37

- Bom dia mãe. Você está melhor?

- Sim... preparei seu café. Já estou acabando aqui, preciso ir...

- Onde vai?

- Tenho que trabalhar.

- Mãe, você precisa de repouso, o médico foi claro.

- Infelizmente, não posso me dar o luxo de ficar em casa. Não posso ser demitida.

- Porque abandonou sua casa? Os meninos precisam da senhora!

- Eles conseguem se virar melhor sem mim...
Olha você!

- Quer dizer que não pensa em voltar?

- Não.

Parou de lavar a louça e ficou pensativa.
- Eles estão bem Helena. Percebi que não faço falta para ninguém.

Secou as mãos, suspirou e disse...
- Obrigada minha filha. Peço que não se preocupe comigo, vou ficar bem.

Ela andou até o sofá, pegou sua bolsa e com um sorriso falou.
- Estou muito orgulhosa do que se tornou. Desejo que seja muito feliz...
Me olhou por alguns segundos, virou-se para sair.

- Espere um pouco, eu levo a senhora!

- Não precisa.

- Eu vou ficar preocupada...

- Helena você está bem, eu vou ficar bem também, não sou criança.

- Quero te fazer um pedido...
Preciso que se afaste da família do Felipe. Sei que é amiga da Nora, mas aquela família não pode saber que você é minha mãe.

- Entendo sua vergonha, mas prometo não te atrapalhar.

- Não é isso mãe! E por causa do Josh, ele é perigoso.

- Tudo bem...prometo me afastar. Se precisar de notícias, ou alguma outra coisa, pode me procurar.

- Mãe! Por favor, não pode esqueçer de tomar as vitaminas, precisa fazer os exames também.

- Vai ficar tudo bem.

Andou até mim, parecia querer me abraçar, mas parou e suspirou com ar de desânimo, dizendo.

- Fique bem minha filha.

Sem reagir ou saber se deveria impedir, deixei ela ir.

Andei ate o quarto que ela dormiu. Estava tudo arrumado e limpo. Aliás toda casa estava limpa. Imagino que ela deve ter acordado muito cedo, para deixar tudo tão limpo.

Sentei na mesa de café da manhã que ela preparou. Pensando nela sentir um peso na consciência, não deveria ter deixado ela ir sozinha.

É estranho para mim, toda essa situação me pegou de surpresa. Imaginei ela sozinha, trabalhando na meia idade, cansada e triste.
O sofrimento da vida inteira levou sua juventude e sua auto estima.
Não posso me afastar e esquecer que ela existe!
Seria insensível demais.

Um telefonema me tirou dos meus devaneios.

Selena disse que precisa conversar. Marcamos depois do trabalho. Não disse que estava de folga. Na hora que encontramos contei a ela tudo de uma vez. Depois de alguns conselhos, ela contou sobre ela e o Daniel.

No dia seguinte chegando na empresa entrei no elevador com mais dois funcionários. Eles faziam comentários sobre demissões. Eu não entendi nada, sobre o que diziam...

Lisa também parecia nervosa, procurava algo em algumas pastas azuis.

- Bom dia Lisa...
O que está acontecendo?

Ela parou me olhou de forma estranha.

-  É uma loucura Helena!
O Felipe mandou Priscila embora ontem. Agora me pediu para selecionar os vendedores mais produtivos.
E isso tudo...ele quer, para uma reunião que acontecerá daqui a pouco. Estou beirando a loucura!

- Ele já chegou?

- Sim... está muito nervoso por sinal.
Não sei o que está acontecendo.

Entrei na minha sala, deixei minhas coisas e fui procurar pelo Felipe.
Cheguei na sala, sua porta estava aberta.
Ele estava sentado digitando algo em seu computador.
Só de olhar para ele, meu corpo estremeceu. Era um sentimento instantâneo.

- Bom dia... disse chegando perto da mesa.

Ele levantou os olhos encontrando os meus.
Sem responder levantou, foi até a porta e fechou.

Andou em minha direção e  me surpreendeu com um beijo delicioso, aquele de molhar a calcinha. Aproveitei o momento e me joguei em seus braços, querendo ainda mais seus  lábios, suprindo uma nessecidade que nem eu imaginava ter. Suas mãos me apertavam com força e desejo.
Quando paramos o beijo,entre suspiros, tentando controlar a respiração, ele acariciou meu rosto com seus lábios. Ainda de olhos fechados disse.

- Eu precisava, eu preciso...de você. Estou enlouquecendo por imaginar ficar sem você.

Eu continuei sentindo seus lábios passar em meu rosto, sem dizer nada, só sentindo.

- Desculpe, você deve estar confusa...
Mas estou arrependido, fique comigo. Preciso de você...

Eu agarrei seu pescoço, trazendo seus lábios para encontrar os meus, e sentir ainda mais o calor do seu corpo.
Nosso beijo provocante e excitante estava nos levando a loucura, trazendo uma necessidade maior de intimidade. Quando sua boca desceu por meu pescoço, chegando em meu decote, sabia que não poderia parar. Sua língua atrevida chegou em meu seio.

- Eu te quero! Sussurrou contra minha pele fervendo.

- Eu também...respondi ofegante.

Ele tirou minha blusa e voltou a me beijar eu sorria como uma tarada lasciva.  Minha saia subiu, para dar passagem ao calor dos seus dedos.
Enquanto me tocava, ele conseguiu abriu sua calça.
Nesse momento me virou de costas, deitou- me sobre a mesa. Acariciou minha bunda e passou sua língua em minhas costas. Soltei um gemido abafado por sua mão, quando sentir seu membro me penetrar bem devagar.
Suas investidas contra meu corpo, era tão deliciosa que minha vontade era de gritar.
Enquanto seu corpo batia contra o meu, aumentando o meu prazer, eu descobrir o quanto eu gostava daquela posição. Mas quando eu estava quase gozando ele parou.

- Quero olhar seu rosto quando você gozar.

Me virou como uma boneca para ele e me beijou.
Desceu sua boca até meu clitóris, sugando. Apoiada na mesa, fechei os olhos e segurei seus cabelos. tentando controlar as pernas bambas.

Levei a mão contra minha boca, mordi meu pulso, para não soltar um grito.

Quando ele sentiu que eu ia gozar, ele conseguiu me penetrar antes. Abafei meus gritos em seus lábios.
Enquanto ainda latejava de prazer, ele gemeu me abraçando com força.

Ainda ofegantes nos beijamos, ele acariciou meu pescoço com seus lábios, colocando cabelo para trás, depois encarou meus olhos.

- Você é melhor coisa que já aconteceu na minha vida. Preciso de você!

- Eu também...
Disse sem pensar nas consequências.

- Que bom...
Respondeu com um sorriso e voltamos a nos beijar esquecendo completamente que estávamos na empresa.

Destino.Onde histórias criam vida. Descubra agora