Reconciliação.

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Capítulo 49

Assim como combinei com Felipe, procurei um advogado para anular meu casamento.
Eu e ele dormíamos juntos todos os dias, os momentos com ele é incrível, fico até insegura. Todas as coisas boas que aconteceram na minha vida, sempre vieram acompanhada de um porém.
Se algo acontecer, estarei aproveitando cada segundo da minha felicidade.

Josh parece ter dado uma trégua, Priscilla presa. Meu pai parou de  beber. A única coisa que me preocupa agora, é a Selena e a separação com o Ethan.
Mas quando estou com Felipe, esqueço de tudo. Esse amor me trouxe um sentimentos de paz indescritível.

Quando acordo, ele está abraçado ao meu corpo. Me sinto segura e amada. Nunca imaginei ter sentimentos assim agregado a alguém. Sempre fui eu contra uma pessoa se transformar no mundo de alguém. Agora ele estava ali, para satisfazer todas minhas loucuras de amor.
Sinto que ele seria capaz de fazer o impossível por nosso amor eu também.

Essa manhã acordei com preocupação diferente. Vou  me encontrar com Ethan.
Ele concordou em assinar os papéis, mas exigiu que eu fosse encontrá-lo. Felipe insistiu para ir comigo.

Durante a viagem para o fatídico encontro, Felipe tentava disfarçar a ansiedade, mas eu sabia que ele estava receoso.
Eu também estava, no entanto precisava acabar com essa história, por um ponto final o quanto antes.

Quando chegamos na cidade, fizemos o check-in no hotel e fomos para o quarto descansar. A assinatura era no outro dia.
Depois de entrar no quarto, sentir o Felipe um pouco distante.

- Helena estou cansado, vou tomar um banho.

Disse isso, entrando no banheiro, trancando a porta.
Esses dias juntos, ele ainda não tinha saído do meu lado, sem me dar um beijo.
Agora passou por mim, entrou no banheiro e nem me olhou nos olhos.
O que será que ele está pensando?

Enquanto ele tomava banho, liguei para meus irmãos dizendo que estava na cidade. Sim eu estava de volta a minha cidade Natal. Lembranças, recordações, nada que me deixasse feliz em estar aqui. Além de poder ver meus irmãos, há anos estamos falando por telefone.
Eles ficaram eufóricos para saber onde eu estava, querendo me encontrar.
A saudade de vê-los, concordei em jantar com eles. Acho que cometi uma loucura, porque voltaria a casa do meu pai.

Depois de tantos anos, eu   estava segura que nada naquele lugar poderia me fazer mal.

Felipe saiu do banho, eu estava pensativa olhando a cidade pela janela do hotel. Tudo aqui havia mudado, assim como eu.

- Está tudo bem?

Virei em sua direção, olhando para seu rosto, percebi um sorriso carinhoso.

- Temos um jantar!

- Um jantar? Com quem?

- Meus irmãos, eles moram aqui.

- Sua família mora aqui?
Perguntou espantado.
Porque não me disse nada?

- É complicado...
Disse pensativa.

Ele caminhou ficando a minha frente, me puxando paea um abraço. Sua atitude  aqueceu meu coração.
Mas me fez sentir uma parte específica do seu corpo.
O incrível que em todas as situações, eu penso em sexo.

A toalha pela cintura, seu cheiro refrescante, despertou minha libido.

Toquei o lábio em seu peito, deixando um beijo. Agarrada ao seu corpo, continuei espalhando beijos por toda extensão nua. Propositadamente deixei  sua toalha cair, percebendo sua excitação.
Olhei em seus olhos cheios de desejo.
Ajoelhei entre suas pernas e comecei a lamber seu membro deliciosamente gostoso.
Seus gemidos e sua mão agarrada em meu cabelo, indicava que eu deveria continuar.

Colocando a pressão certa nos lábios, ele gozou.
Quando me levantei com o rosto coberto de sêmen ele sorriu de um jeito safado e falou.

- Vou te dar um banho.

Ele retirou cuidadosamente cada peça de roupa do meu corpo. Segurou em minha mão e me levou até o banheiro. Embaixo do chuveiro estava se tornando meu lugar favorito para fazer amor. Água escorrendo por nossos corpos, escorregando nossas mãos. Sempre que tomamos banho juntos termina em sexo.
E dessa vez, não foi diferente. Começamos no chuveiro e terminamos na enorme pia do banheiro.

Depois de satisfazer nosso instinto, ficamos deitados para descansar um pouco. Abraçados como de costume ele perguntou.

- Porque nunca fala sobre sua família?

Fiquei alguns segundos calada. Eu sabia que esse assunto poderia ser difícil. Mas uma hora teria que responder.

- A única coisa que é importante você saber, que eu amo e me preocupo com meus irmãos.  Meu pai e minha mãe é uma outra história. E essa história vou  deixar para um outro momento, não quero estragar o que estou sentindo agora.

- Tudo bem.
Concordou acariciando minhas costas.

Ele calou, mas eu sabia que  estava incomodando. Toda essa novidade sobre minha vida. Quem não ficaria?

Ele respeitou meu silêncio. Preferiu guardar suas preocupações e esperar o que há por vir.
Seu discernimento me surpreende, seu respeito pela minha história. Tudo isso, me faz amá-lo cada vez mais.
Se ele não puder me fazer sorrir, ele tentará evitar minha tristeza.
Sinto isso em seu olhar,  abraço e carinho.
Estou em uma nuvem de amor , espero que nenhuma tempestade atrapalhe.

Depois de um breve cochilo, começamos a nos arrumar para ver meus irmãos.

- Seus irmãos são pequenos?
Pergunta curioso.

- Não! Cuidei deles quando eram pequenos, mas agora são homens!
É estranho dizer isso, porque quando sair de casa, eles ainda eram adolescentes.

- Você deve sentir saudades... Vai ser bom conhecê-los!

Ele focou pronto, observando eu acabar de me arrumar.

- Está nervosa?

Perguntou, percebendo minha tentativa de abotoar uma gargantilha. Eu estava tremendo um pouco, era muita novidade, realidade que eu precisava enfrentar.
De forma tranquila, ele pegou a gargantilha e fechou.
Virou meu corpo para ele e disse.

- Estou aqui... Confie em mim, serei seu porto seguro.

Suas palavras emocionou, abracei seu corpo com força e fiquei por um tempo.
Voltar a minha antiga casa, era ter lembranças que incomodam. Comecei a sentir coisas que não gosto de sentir.

Ele percebeu e acalmou meu  coração.
Capturou minha insegurança e se colocou na frente como um escudo, como se pudesse me proteger. O melhor de tudo isso é que deu certo.
Eu tinha o amor para me fortalecer. Qualquer sentimento ruim que viesse a tona, não poderia me abalar agora.


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