O Baile (Parte: 2)

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Margot não estava disposta a deixar Nicolas, bagunçar a sua vida. Ela se levantou da cama, indo tomar um longo banho de banheira, pois aquilo sempre judava a colocar, os seus pensamentos em ordem. Após o banho ela colocou um lindo roupão, se sentando em frente a penteadeira, começando a pentear os seus lindos cabelos pretos. De repente, Camila entrou outra vez em seus aposentos.

- Você vai ficar invadindo o meu quarto sem permissão? - Disse Margot, revirando os olhos.

- Eu vim trazer o vestido, e as jóias, que você irá usar amanhã a noite. Foi o Cortez que mandou. Ele disse que era para você ficar impecável. - Disse Camila, colocando um lindo vestido, junto com uma pequena caixa, sobre a cama.

- O ruim é que eu terei que pagar por isso depois. - Disse Margot, dando um longo suspiro.

- Irei passar para você, as informações necessárias sobre a festa. - Disse Camila, se sentando sobre a cama.

Margot se aproximou, para ouvir com atenção.

- O baile será dado por um duque inglês, que vem a corte por motivos diplomáticos. O nobre se chama Philipe, ele será o seu alvo. - Disse Camila.

- Um duque? - Disse Margot, dando um leve sorriso.

- Vejo que se animou. - Disse Camila.

- Será divertido, muito divertido. - Disse Margot.

- Todas as jovens da corte foram convidadas, ele estará rodeado por muitas mulheres. Eu acho que não será tão fácil assim. - Disse Camila, erguendo uma das sobrancelhas.

- Nada é difícil, para Margot de Génova. - Respondeu Margot, orgulhosa.

Enquanto isso, Nina recebia a visita da sua prima Dora. As duas se encontravam sentadas na cama da jovem, conversando sobre o baile.

- Dizem que o duque, é um homem muito vaidoso. Ele adorar dar esse tipo de bailes. - Disse Dora.

- Deve ser apenas mais um que se acha mais importante que os outros, por causa do seu poder. Igual ao meu pai. Eu só vou ao baile, pois tenho que fazer um favor a Miguel. - Disse Nina, dando de ombros.

- Eu sinto que será divertido. - Disse Dora.

- Vamos parar de falar sobre isso. Eu a chamei aqui, para dizer que eu não irei mais me vestir de Nicolas. - Disse Nina, em uma voz triste.

- Graças a Deus. Me desculpe, mas era uma loucura. - Disse Dora, aliviada com a notícia.

- Eu gostava da sensação de liberdade. Eu gostava de me sentir livre, mas acho que estava ficando muito perigoso. - Disse Nina.

- Você tomou a decisão certa. - Disse Dora, segurando a mão da sua prima.

- Só tem uma coisa que está acabando comigo. - Disse a jovem.

- O que? - Perguntou Dora.

- Margot. Eu nunca mais irei a ver novamente. Terei que me despedir para sempre dela, e isso está me matando. - Disse Nina.

- Eu sei. Mas será o melhor para você. Logo tudo isso irá passar. - Disse Dora, confortando a prima.

As duas conversaram, a manhã toda. Logo Dora teve que ir, se despedindo da sua prima. Nina se encontrava melancólica, e quando ficava assim a jovem se sentava no batente da janela, e ficava observando o tempo passar. De repente uma ideia veio em sua mente. Uma ideia louca, mas Nina havia gostado dela. A jovem se arrumou, descendo as escadas feito um raio.

- Mercedes, preciso que você vá comigo até a cidade. - Disse a garota.

- Precisa ser agora? - Perguntou Mercedes.

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