O Barbeiro De Sevilha

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No dia seguinte como combinado, Margot esperava impaciente no salão do casarão por Philipe. A mulher andava de um lado para o outro tendo muitos pensamentos em sua mente. Logo a cortesã avistou pela janela uma carruagem parar em frente ao local. Ela então sabia que provavelmente se tratava do duque, que havia vindo buscá-la. Rapidamente a morena deixou o casarão entrando na carruagem.

- Bom dia. - Disse Philipe, que aparentava estar igualmente nervoso.

- Bom dia. - Disse Margot, tensa.

- Está preparada? - Perguntou o duque.

Margot acenou com a cabeça em afirmação sentindo uma ansiedade que nunca havia tido antes.

- Então vamos. - Disse Philipe.

Após aquela breve troca de palavras os dois se mantiveram em silêncio. Era um momento de muita apreensão. Se toda aquela história fosse realmente verdade Margot encontraria o motivo pelo qual Nina era tão rejeitada pelos seus próprios pais. A cortesã ainda não sabia se teria coragem de revelar para a mais nova toda aquela terrível história.

Não demorou muito para que Margot e Philipe, chegassem ao jornal da cidade. Os dois desceram da carruagem olhando para a entrada do local. O prédio era grande e o fluxo de pessoas entrando e saindo do lugar era intenso.

- Você tem uma ideia por onde nós iremos começar? - Perguntou o nobre.

- Eu acho que pelos os arquivos. Eu imagino que os jornalistas devem guardar matérias e documentos em algum lugar nesse prédio. - Disse Margot.

- Bem, então vamos entrar pois nós não podemos perder tempo. - Disse Philipe.

O casal então adentrou o local se deparando com a movimentação frenética dos funcionários do jornal. Era quase impossível encontrar alguém que estivesse parado nem que fosse por um momento. Margot e Philipe, pareciam perdidos no meio daquele caos. Foi quando a cortesã trombou com alguém sem querer.

- Me desculpe... - Disse ela vendo que se tratava de Ramon.

- Hum, você. - Disse ele que ainda parecia guardar ressentimento da cortesã por ter sido deixado de lado por ela.

- Que surpresa vê-lo. O que você faz aqui? - Perguntou Margot.

- Eu trabalho aqui. - Disse Ramon, seco.

- Ah, isso é interessante. - Disse Margot, se arrependendo por nunca ter prestado atenção nas conversas as quais o homem tinha com ela sobre o trabalho.

A cortesã se virou puxando Philipe para perto.

- Olhe quem eu encontrei. - Disse ela ao nobre.

- Hum, eu acho que o conheço. - Disse Philipe, estendendo uma das suas mãos.

- Eu me chamo Ramon. - Disse o outro homem praticamente esmagando a mão do duque.

- Ah, sim. Muito educado. - Disse Philipe, sentindo a sua mão latejar.

- Vejo que você não larga mais o duque. - Disse Ramon, provocando a cortesã.

- Esse é o meu trabalho. - Disse Margot, tentando não agredir o homem que estava merecendo.

- Hum, entendo. - Disse Ramon, dando de ombros.

O homem se preparava para ir embora quando Margot o abordou.

- Você conhece bem o local? - Perguntou a jovem.

- Por que você quer saber? - Perguntou Ramon, sério.

- O Philipe está fazendo uma pesquisa sobre a criminalidade no país. Ele precisava de algumas informações para poder traçar alguns planos de segurança junto com o ministro. - Disse Margot, inventando uma desculpa torcendo para que fosse o suficiente para enganar o homem.

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