Somente Sua

A chegada (capítulo 3)

- E é bom que não aconteça. Ela não se apaixona. Marília só se importa com ela mesma e com aquela empresa, só quer se divertir com as mulheres passageiras dela.

- Eu sei, não vou me apaixonar por ela. É só sexo.- garanti e ela me abraçou. Ela não podia achar que eu me apaixonaria por ela certo? Isso nunca aconteceria. Se isso acontecesse eu não seria eu, e ela poderia me internar.

[Sexta- feira, 8h45 Pm]

Ah ótimo, a idiota tem um cachorro, ainda por cima bem bravo.
- Ei, seja calmo amigo. Não fiz nada pra você ainda. - Eu estou falando com um cachorro, agora tenho certeza que preciso ir a um especialista

- Não sabia que também falava com os cachorros. - Ela disse e me virei para trás.

Seu cabelo estava desarrumado, e sua camisa com alguns botões abertos, seu blazer estava em seu braço. Com certeza tinha acabado de transar com alguma mulher no caminho pra cá.

- E não falo, mas talvez se eu conversar com esse animal aqui. - apontei pro cachorro que estava me olhando como se fosse atacar a qualquer momento. - Quem sabe ele não me ataca. - Dei de ombros e ela sorriu de canto, passando a mão no cachorro, que agora está parecendo inofensivo.

- Rico está calmo, agora me acompanhe. - andou na minha frente e revirei os olhos, mandona.

- Me acompanhe. - imitei baixo.

- O que disse?

- Eu disse, claro querida. - usei meu tom mais sarcástico e ela virou dando uma olhada pra mim.

- Ah,então ande mais rápido. -Voltou a andar e não teve como eu não bufar.

Ela abriu a porta da casa e eu fiquei admirada com tamanha beleza. - ser rica é outra coisa.

- Venha rico. - ela chamou o cachorro que pulou nela. Ah, pelo menos com o cachorro ela era fofa.

- Eu vim aqui, pra ver isso? Não esperava assitir momento fofo de dois dogs. - cruzei meus braços em meu peito e ela levantou o olhar,me dando um olhar fulminante. Encolhi meus ombros e encarei o chão. Acabei de dizer que ela era uma cachorra, o que não deixa de ser verdade, mas tenho certeza que ela está irritada.

- Vamos ao ponto. - sem que eu esperasse, ela puxou meu braço, me arrastando pela casa.

- Bruta!. - tentei me soltar mas ela era mais forte.

- É melhor resolvermos tudo.- Então me colocou em seu ombro, como se eu fosse um saco de batata. Comecei a bater na sua bunda, mas era inútil.

- Louca! Me põe no chão. - Gritei batendo mais forte e ela me apertou. Aquilo era pra ser prazeroso, ela me tocando mais forte, mas não estava sendo o momento.

- Tenho que te explicar umas coisas, sobre o teste desse fim de semana.

- E quem disse que eu vou ficar aqui?. - pergunto e ela me coloca no chão, pra minha felicidade.

- E quem disse que você vai sair daqui mesmo se querer?. - ela levantou as sobrancelhas e deu um sorriso.

- E quem vai me obrigar a ficar? Você? É? Como?. - pergunto desafiando e ela apenas sai andando, a sigo sem outra opção. Na verdade eu tinha, como ir embora, mas minha Maraisa pecadora do meu interior queria ficar.

- Entre.- ela abriu uma porta e eu entrei, um quarto? Eu esperava um quarto cheio de brinquedinhos sádicos, eróticos e não uma cama de solteiro e um criado mudo.

- Enquanto você ficar aqui, esse será seu quarto. Se você passar no teste, ele é seu. Aí você poderá decora-lo como quiser.

- Você sabe que estou quase desistindo de tudo isso, não sabe?

- Você disse quase, então não desistiu. Por isso ficará aqui até eu voltar. Vista o que está no closet, até mais. - então sem nem me dar tempo de fazer nada, ela fechou a porta, me trancando ali.

- Idiota!. - grito batendo na porta.

Bufei e fui até o closet ver o que a senhora mandão tinha preparado para mim. Eu não duvidava ser alguma fantasia. Que seja para me fazer de palhaça ou...uau. De verdade, eu não esperava encontrar uma camisola de seda branca tão bonita.

Junto com ela tinha um um bilhete, essa mulher é uma puta de safada.

"Sem nada por baixo". Estava escrito e eu sorri.

- Acho que poderei aproveitar um pouco essa noite, já estou aqui mesmo.

- Peguei a camisola e comecei a tirar minha roupa, depois de estar com ela, abri a porta, que como eu esperava, fosse um banheiro. Arrumei meu cabelo e coloquei minhas roupas ali.
Depôs de estar pronta, fiquei deitada na cama. Não sei quanto tempo passou até a porta ser aberta e ela entrar por ela. Sem falar nada, se aproximou na cama e eu me sentei.

- Se deite!. - Ela disse sem quebrar o contato visual comigo. Voltei a ficar deitada e ela subiu na cama. Vindo ficar por cima de mim. Não pude deixar de notar que ela não estava mais com a roupa social de antes, agora está com uma roupa social preta. Mas que mulher, nem em casa ela deixa de se vestir assim?

- O que está pensando?. - perguntou colocando as mãos em minha coxa, foi inevitável não arrepiar.

- Em o quanto eu desejo que você pare o que está fazendo.- mentira, ela poderia fazer o que quiser comigo, Realmente eu não me importaria. Mas eu tinha que manter a pose. Estávamos jogando e eu não queria ser a perdedora.

...

CONTINUA