Te amo ( Capítulo 22)

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[ CONTINUAÇÃO ]

- Eu não quero conversar outro dia com você, não quero que vá embora. Mas eu também não posso deixar de ir ajudar a Débora, lembro de tudo o que aconteceu. E é por isso que eu devo ir ajudá-la.

- Deve? É por você lembrar de tudo que aconteceu que você deveria ficar comigo!

- Isa, ela e eu éramos amigas antes de tudo, não fique assim comigo. Eu sei que não deveria ir até lá e te deixar aqui, mas também não deveria ficar com você enquanto ela está precisando de ajuda. - eu passo minhas mãos em meu cabelo, e suspiro cansada, confusa, nervosa e irritada comigo mesma.

- Ela simplesmente deveria ter ligado para a emergência, eles sim podem ajudá-la. Que eu saiba, você não é médica.

- Para de ser assim Maraisa, não é como se eu fosse ficar com ela, acaricia-la, toca-la como eu te toco, beija-la ou transar com ela!. - aumento meu tom de voz e ela cai sentada na cama. - Você está com ciúmes, tudo bem, mas se quiser você pode me acompanhar. - eu coloco minhas mãos sobre sua coxas e olho em seus olhos, finalmente tendo a coragem de dizer.

- Eu não estou com ciúmes. - ela rosna e eu solto uma risadinha.

- Sempre negamos quando estamos com ciúmes. Isso não é uma coisa ruim Maraisa, você pode sentir. Sinta pois eu também tenho ciúmes de você e muito, diria que ele passa um pouco dos limites. Quando você estava com aquele idiota, você não imagina a raiva que eu estava sentindo, não de você, mas de mim, pois eu te deixei ir. - gentilmente, levando minhas mãos, deslizando-as sobre sua pele, a beijei.

Levei uma mão para o seu cabelo, tão macio. Não era como antes, sei que estávamos dando um passo. Sei também que eu estava dizendo silenciosamente, que eu a amava.

- Marília. - ela começa a falar quando o beijo termina e eu coloco meu dedo em sua boca, a silenciando.

- Eu te amo Maraisa. - fecho meus olhos ao finalmente dizer. Sinceramente? Eu estava sim com medo da rejeição dela. Era iria de vez embora? Me rejeitaria? Jogaria na minha cara que não sente nada por mim além de atração?

- O que? O que disse?

- Eu te amo, preciso de você, quero você mais do que qualquer outra coisa, quero você do jeito que quiser, eu te amo Maraisa. - e contrariando tudo que eu imaginei, ela sorriu.

Ela sorriu!! Porra, aquele sorriso de orelha em orelha.

- Eu quero você Maraisa. - nossas testas se juntaram e um encarava o outro. Me retribui Maraisa, só diga que me ama também.

- Ok.

- Ok? Levanto minha sobrancelha confusa e decepcionada. Eu tinha me declarado, e ela sorrir, e quando eu penso que ela vai retribuir, ela fala apenas um, ok?- Isso é tudo?

- Eu quero dizer que te amo também, ok?- ela riu, passou as unhas em meu pescoço e me beijou. Nos deitamos na cama e depois? Depois tivemos o melhor sexo que já tive, e não sei se foi realmente apenas sexo. Como dizem os românticos, acho que fizemos amor.

|• Maraisa •|

Acordo antes dela, sua mão estava envolta do meu ombro e minha cabeça estava em seu peito. Eu não queria acorda-la, mas eu queria mais dela esta manhã e a tarde, e todo o tempo que tivermos. Arrasto minha mão até seu rosto e levanto minha cabeça para admira-la, fala sério! Ela é tão linda que se existisse outras vidas, tenho certeza que ela já foi modelo dos gregos na Grécia.

Marília tem o corpo feminino mais lindo que eu já vi na vida, não que tenham sidos tantas assim. Ela tinha gordurinhas, mas continua sendo o corpo mais lindo pra mim. E o seu rosto? Seu olhar? Seu toque? Ela é fodidamente linda. E essa noite foi a melhor que já tive, não pensei que ela fosse capaz de dizer que me amava, ela nem sequer demonstrou uma única vez e se mostrou, não reparei. Ela é uma fodida de uma gostosa.

Começo a mexer em seu cabelo, com delicadeza, eu só queria observa-la e ver como eu era sortuda em ter ela comigo. Parei de toca-la quando ela começou a se mexer. Então ela abriu os olhos e me olhando, deu um sorriso.

- Oi. - sua mão acariciou meu ombro e eu sorri.

- Olá. - eu não sabia o que dizer, ontem foi...hum, um dia muito cheio. Nós nos reencontramos, conversamos e transamos, depois começamos a discutir e, dissemos que amávamos uma a outra e por fim, fizemos amor. Afinal, por que amor? Ah, eu senti, senti que foi diferente do que mais cedo e das outras poucas vezes que fizemos algo. Com certeza havia sentimento, mais que saudade, mais que paixão, mais que atração, era realmente amor. O que está acontecendo comigo? Depois que aquela ligou, e ela querendo ir, com certeza se fosse antes eu chutaria a bunda dela e iria embora. Mas, por que estou assim? Por ela dizer que me ama? Palavras são apenas palavras, devemos mostrar pelas atitudes.

- O que você está pensando?. - ela me tira do meu desvaneio e eu fecho meus olhos  brevemente, antes de eu encara-la.

- Em o quanto deveríamos começar o dia bem.

- Eu tenho uma sugestão. - seu sorriso aumentou enquanto ela se mexia, subindo em cima de mim.

- E o que seria?

- Envolve sair e entrar, deixar marcas...- ela deu uma lambida em meu pescoço e eu suspirei. - Você já sabe o que é?. - perguntou.

Agarrei seus ombros e enlancei pernas em seu quadril.

- Que tal você me mostrar? Acho que estou confusa. - Isso era bom, fazer essas coisas com ela. O que aconteceu ontem, definitivamente mudou tudo entre nós.

...

CONTINUA

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