Beijos Desnecessários (capítulo 14)

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- Eu quero uma matéria muito detalhada dela, quais os próximos objetivos dela com sua empresa, e principalmente sobre a vida pessoal dela. Sabe, milhares de mulheres querem saber como ela é em casa, na cama...

- Eu não vou fazer uma matéria sobre ela, muito menos sobre isso. - exclamo irritada e me levanto da cadeira.

-Isso ou tchau para o seu emprego Maraisa, uma pena pois você está aqui há quase cinco anos.

- Como você disse, eu sou namorada dela. Eu não posso fazer isso.

- Querida, quero que você exponha ela ou tchau.

- Você não pode fazer isso!. - grito andando de um lado pro outro.

- Não só posso, como vou. Você está demitida Maraisa. - dou um olhar de pura raiva pra ela e aperto minha bolsa, saindo da sala e batendo a porta com tudo.

Quando eu cheguei na casa da Marília corri direto para o banheiro. Tomar um banho era uma forma de me acalmar. Demitida por não escrever sobre a Marília. Mesmo que agora parecemos estar bem, pelo menos estamos em um tipo de trégua. Mas depois do que eu disse na noite passada, ela pode ser pior comigo.

- Olá Maraisa. - ela diz me assustando assim que saio do banheiro. Estava sentada na cama me olhando por inteira. Seu olhar subiu dos pés até minha cabeça, eu estava enrolada na toalha. Não nego que fiquei constrangida, mas também quente sentindo seu olhar em mim.

- O que faz aqui essa hora?. - pergunto apertando mais a toalha em mim.

- Decidi vir mais cedo. Podemos conversar?

- Sobre o que?

- Você foi demitida. - não foi uma pergunta, como ela sabia?. - Eu esperei vocês conversarem, você saiu brava e eu entrei novamente na sala. Ela me contou que te demitiu, por que?

- Devia ter perguntado pra ela. - digo ríspida e bufo.

- Eu tenho uma proposta pra você. - ela se levantou vindo até mim. Sua mão tocou meu ombro, subindo até minha bochecha.

- O que?

- Quero que trabalhe na minha empresa, comigo. - minha boca se abriu . Ela havia acabado de me oferecer um trabalho na sua empresa!

- E depois?. - pergunto e ela não entende. - Depois que isso acabar, nosso relacionamento. - faço aspas ao falar a última palavra.- Eu vou simplesmente perder meu emprego?

- Eu não cogito nem a idéia disso que temos acabar. - ela disse baixo.

O que ela acabou de dizer?

- Quero você como minha assistente pessoal. Quero você comigo para todos os cantos.

- Eu não sei se poderei fazer esse serviço.

- Claro que vai. - ela tocou meus ombros e braços.

Olhou para meus olhos enquanto suas mãos estavam na toalha. Ela caiu no chão, puta merda, eu queria muito que ela me jogasse na cama.

- Você parece meio tensa. - ela tocou meus ombros como se fizesse uma massagem. - Relaxa Maraisa. - em ato rápido, eu já me encontrava deitada na cama, com ela sobre mim.

Enrosquei minhas pernas em seu quadril prendendo-a. Ela deu beijos em meu pescoço, descendo pelos ombros, braços e com a minha mão. Ela lambeu cada dedo e ao terminar, desceu para baixo afastando minhas pernas. Ela mordeu a parte interna da minha coxa, indo onde eu queria que ela fosse, mas ela não fez o que eu queria que ela fizesse. Se afastou levantando da cama, e saindo do quarto. Fiquei estática. O que aconteceu para ela sair assim? Minutos depois ela voltou sem roupa, apenas com lingerie e com a maldita Cinta, só que dessa vez um pouco maior e mais grossa que a outra.

- Gosto de te ter amarrada. - ela pegou em meus braços e os juntou, amarrando minhas mãos e as colocando acima da minha cabeça. Suas mãos tocaram em meus seios, ela dividiu os beijos entre eles e desceu. - abra as pernas Maraisa. - ela mesma as afastou, deixando de um jeito acessível para ela voltar lá pra baixo. Ela não tirou as mãos de onde estavam, deu uma forte apertada nos meus seios e colocou a língua na minha intimidade. Porra, eu queria tanto ela.

- Minha nossa. - gemi sentindo sua língua entrar em mim. Ela era tão boa. Suas mãos passaram descendo por minha barriga e pararam em minhas pernas, as apertando. Eu me contorcia, tentei soltar minhas mãos, mas estavam amarradas muito forte. Eu queria puxar seu cabelo e também beija-la. Caramba, eu queria muito beija-la.

|•Marília•|

Eu estava me sentindo...feliz. feliz porque eu sempre estive certa sobre a Maraisa. Eu sabia que ela não iria aceitar fazer uma matéria sobre mim, não duvidava que ela iria negar. Fiz Julia demiti-la, pois eu queria ela perto de mim. Nossos próximos dias seriam cheios.

[...]

Agora eu estava com meu rosto enterrado nela. Brinquei com minha língua dentro dela. Ela se contorcia, caramba, eu adorava vê-la assim, amarrada e se contorcendo com meu toque.

- Maraisa...- susurro contra sua pele e vou subindo em seu corpo. Peguei suas pernas, colocando-as em volta do meu quadril.

- Marília. - ela abriu os olhos, olhei para sua boca entreaberta, por que tinha quer ser tão perfeita? Pela primeira vez em cinco anos, eu estava sentindo uma vontade muito grande de beija-la. Desde que terminei com Débora que não tive vontade, mas a Maraisa...claro, ela conseguia fazer eu perder o meu controle.

- Marília, solta minhas mãos. - não a respondi, peguei suas mãos, soltando- as. Maraisa colocou elas em meu pescoço e levantou um pouco seu corpo. - Me... beija. - pediu e eu fiquei estática, ficamos um bom tempo nos olhando. Eu deveria ou não? Eu queria, mas não deveria, não agora.

Me levantei e saí do quarto com pressa. Fui para meu quarto, depois de tomar um banho peguei meu celular e liguei para Naiara. Ah sim,eu precisava de sua ajuda. Ela não demorou para atender.

- O que foi?

- Maraisa. - ouvi seu suspiro sendo seguido de uma risada.

- Ah sim. Me conte, ela aceitou fazer a matéria?

- Ela fez exatamente o que eu achei que ela faria. Não aceitou, perdeu o emprego e logo começará a trabalhar comigo.

- Você estava certa.

- Sim, estava. - suspiro me sentando na cama.

- Você não me ligou apenas para contar isso, na verdade você me diria na empresa. O que foi?

Naiara, sem dúvidas, era a única que me entendia. Ela me conhecia perfeitamente.

- Eu quase a beijei. - passo a mão em meus lábios.

- E o que tem? Mais cedo ou mais tarde você vai beijar ela. Se não beijar, não irá beijar mais ninguém. Você sabe disso.

...

CONTINUA

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