Casa comigo? ( Capítulo 30)

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- Estou nervosa pensando na sua reação.

- Só me conte. - me aproximei dela e peguei em sua mão, colocando-a em meu rosto. - Por favor. - sussurro e ela fecha os olhos brevemente.

- Lembra daquele dia que eu te contei sobre aquilo de 5 anos atrás?

- Sim...

- Então, eu ocultei algumas coisas, inclusive estava chovendo quando " Eu" te conheci, e também...eu sempre estava atrás de você, era meio impulsivo, sabe? Fiz outras coisas meios loucas que prefiro não comentar. Eu tive que passar e fazer você passar por situações até chegar a mim. Eu que fiz a Júlia te demitir...me perdoa por não ter chegado de uma maneira diferente, se eu tivesse me aproximado como uma pessoa comum. Com certeza iria saber quem eu era . Mas com você eu seria diferente, eu gosto de ser diferente com você...em outras palavras, ser realmente eu. - ela respirou fundo e colocou as mãos no rosto.

[ MARAISA ]

Eu não sabia o que fazer, o que falar, como agir corretamente. Poxa, eu amava aquele emprego. É difícil acreditar em tudo, isso é embaraçoso, na verdade eu nem lembrava deste fato. Aquele dia na briga foi tão difícil que me fez esquecer certas coisas.

- Diga alguma coisa Maraisa, por favor. Qualquer coisa. - estava parecendo uma súplica, e de fato, era.

- Eu não sei. - foi um sussurro quase inaudível.

- O que você está sentindo?

- Eu não sei. - respondo novamente, dessa vez mais alto.

Ok, ela estava me vigiando esse tempo todo. Eu não sei o que dizer, mas estou me sentindo estranha, confusa demais pra falar com ela.

- Eu não pude fazer nada pela sua mãe.

Lembrar da minha mãe, do que passamos quando ela estava doente, as lágrimas vieram e eu não as impedi, nem se eu quisesse conseguiria. Eu sentia a falta dela.

- Eu sinto muito. - não queria que ela continuasse a dizer mais nada.

Coloquei minha mão em sua boca e caí em seus braços. Ela me abraçou forte, beijando o topo da minha cabeça e passando as mãos em minhas costas. Não precisávamos conversar sobre isso agora, ou talvez nunca mais. Eu entendi, ela era uma perseguidora mas nunca me fez mal, só queria ajudar. O que houve demais nisso?

- Eu amo você Maraisa. Me perdoa. - levanto minha cabeça para olhar em seus olhos e nego repetidamente com a cabeça.

- Não tenho que te perdoar por nada. Você fez o certo em não se aproximar de mim, eu não precisava de uma mulher  naquele momento. - era verdade, mas talvez eu estivesse precisando dela naquele tempo. Marília agora é o meu porto seguro.

- Não está brava ou magoada? Ou alguma merda?

- Não. - eu sorri, então ela me beijou.

[ DE NOITE]

- Sabe de uma coisa?. - ela disse enquanto eu estava em seus braços, estávamos deitadas nuas em nossa cama.

Eu a amo pra caramba, e depois do que ela me disse, como eu poderia ficar com raiva? Ela me ajudou muito, mesmo de longe.

- Hum?

- Eu amo fazer sexo com você, mas é mil vezes melhor eu estar com você em meus braços quando terminamos. - eu sorri e subi em cima do seu corpo.

- Eu te amo muito . - digo puxando seu lábio inferior e a vendo sorrir.

- Eu também te amo muito Maraisa, Maraisa do meu coração. - ela me puxou para um beijo e eu segurei em seu rosto. - casa comigo?. - perguntou entre o beijo e eu me afastei.

- O quê?

- Eu deveria ter planejado o pedido, mas foda-se, eu não poderia esperar mais para perguntar. - uma mão dela foi para minha cintura e a outra em meu cabelo. - Casa comigo? Estou falando sério, muito sério.

Eu a amo e isso eu tenho certeza, e também tenho a certeza do amor dela por mim. Ela apenas não diz que me ama, mas mostra todos os dias com atitudes. Mas estou pronta para o casamento?

- Por favor, você me mata com o silêncio.

- É o que realmente quer?. - eu pergunto voltando a me deitar ao seu lado.

- O que eu mais quero, você quer?

- Estou meio desnorteada, mas sim, eu quero casar com você Marília Mendonça!. - eu nem precisei fazer nada, que ela já estava em cima de mim, me beijando e dizendo o quanto estava feliz e que me ama.

....

CONTINUA

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