Somente Sua

Confiança ( Capítulo 25)

[ CASA DA MARÍLIA ]

- Por que demorou?. - Maraisa pergunta assim que passo na porta.

Ela estava com uma blusa minha e...linda. Com o cabelo desgrenhado e cara de sono. Eu não sei se deveria dizer a verdade, iríamos brigar e eu quero evitar isso.

- Tive que ficar um pouco mais tarde com uns sócios, me desculpa. - vou até ela e dou um beijo rápido em sua boca . - Podemos ficar juntas agora. Nos divertir. - passo minhas mãos por dentro da blusa, subindo mais. Maraisa começou a me beijar e eu deitei no sofá com ela.- Eu fiquei mal humorada o dia inteiro, foi um horror ficar longe de você. Acho que estou dependente de você Maraisa. - eu olho  em seus olhos e ela sorrir, colocando as pernas em meu quadril.

- Eu senti sua falta Marília. - ela colocou as mãos nas minhas e voltamos a nos beijar.

Se todo dia que voltasse do trabalho fosse assim, voltaria a trabalhar com gosto novamente. Eu estava tirando a blusa de seu corpo quando ela me para.

- Que cheiro é esse?. - ela me joga do sofá e eu resmungo quando sinto a queda. - Você estava com sócios ou vadias aleatórias?. - eu fico quieta enquanto me levanto e isso a deixa com raiva. - Já tenho minha resposta. Só não entendo esse teatro. Por que dizer que me ama quando você não tem ideia do que é isso?. - ela não me olhou e eu fui até ela, pegando em seu rosto e fazendo-a me olhar.

- Eu te amo Maraisa, não tem teatro nenhum. Esse cheiro de perfume feminino deve ter sido de alguma mulher que cumprimentei hoje.

- Não acredito em você.

- Droga, acredita em mim. Eu nunca diria eu te amo sem sentir. Eu sinto por você, disso eu tenho certeza.

- Então me diz a verdade Marília, com quem você estava?

- Já disse. - eu não deveria mentir tanto, mas também não deveria contar a verdade, a briga ficaria pior.

- Eu falo com você amanhã então, quando você decidir me contar a verdade. - ela vai em direção a escada e começa a subir os degraus.

- Débora. - eu solto e me arrependo no mesmo momento, quando ela se vira com surpresa.

- O que?

- Eu estava com a Débora.

- O que? Com quem?. - ela disse gritando e parou onde estava.

- Ela me ligou e insistiu para que eu fosse, sei que não deveria ter ido mas as coisas foram esclarecidas entre mim e ela. Maraisa, não aconteceu nada. - quando estou em sua frente, toco em sua mão e ela recua.

- Você não veio direto pra mim, você foi pra ela.

- Eu achei que ela estava doente, e de fato está, mas não da forma que eu pensei.

- Você não é médica, se ela está se sentindo mal, ela deve chamar um médico, médica, não você! Em que você pode ajuda-la?

- Maraisa...isso já foi resolvido, não preciso ir até ela mais. Só acredite em mim quando eu digo que não aconteceu nada.

- Pode não ter acontecido nada, mas você não me avisou que iria até lá. E mentiu quando eu perguntei. Não importa mais se você foi vê-la, você mentiu pra mim. - ela fechou os olhos e se virou de costa pra mim, continuando a subir. Eu a puxei pelo braço pra mim, ela se assustou e tentou sair do meu aperto logo em seguida.

- Isa, me desculpa por não contar a verdade desde o começo, mas não há nada pra você se preocupar.

- Eu...preciso de descanso Marília, falamos amanhã, ok?. - ela me olha nos olhos. - Por favor. - pediu e eu a soltei e rapidamente, Maraisa sumiu da minha vista.

[ MARAISA ]

Eu estava incrédula por ela ter mentido pra mim, o fato de que ela foi direto pra outra e não me avisou que chegaria mais tarde, me deixou puta pra caramba. Mas o pior foi a mentira, qual é, eu me senti extremamente incomodada por ela ter estado com a Débora, mas acreditei quando disse que não aconteceu nada, sei que foi sincera. Mas eu também fui boba quando acreditei que ela estava com sócios, como eu pude?

[ DE MANHÃ]

Acordo e quando abro meus olhos, tomo um susto vendo a figura encostada na porta. Marília, estava com os braços cruzados me olhando, agora não. Ela não podia esperar? E caramba, como eu esqueço de trancar a porta?

- O que quer?. - pergunto me sentando e passando a mão no rosto.

- Bom dia. Seu perdão, por ter ido até a Débora e não ter te avisado e sobre ter mentido quando me perguntou. Eu me coloquei no seu lugar, como seria se você tivesse ido para casa de uma ex sem me avisar e ter mentido pra mim, minha reação seria pior que a sua. Eu sairia e iria atrás da idiota. E... também iria brigar com você. - seus olhos estavam inchados e com olheiras, como se estivesse chorando e tivesse passado a noite acordada. - É ruim ficar brigada com você, não quero isso. Na verdade, é horrível, só me desculpa Maraisa. - eu me levanto e me aproximo dela, pego suas mãos e coloco na minha cintura.

- Me beija. - sussurro perto o suficiente de sua boca e ela hesita em fazer, mas quando faz, não hesitou em levar rapidamente para a cama. Eu poderia ser uma idiota por ter deixado isso pra lá? Sim, eu estava preocupada agora? Não, me arrependeria mais tarde? Talvez, quem sabe. Mas agora eu realmente queria ter ela.

- Estou perdoada?. - ela pergunta assim que terminamos. Ofegante eu respondo.

- Sim.

- Obrigada, eu te amo. - ela acariciou minhas costas e deu um beijo em minha testa.

- Só sempre me diga a verdade. - peço.

- Te prometo isso. Está com fome? Creio que esteja, me incomoda o fato de você não comer. Então vamos. - ela se levantou e vestiu seu hobe, e me puxou da cama.

- Devo admitir que estou faminta, mas satisfeita que você tenha matado a minha outra fome. - eu sorri pra ela e peguei em sua mão, caminhando juntas até chegarmos na cozinha. Me sentei na bancada enquanto ela preparava algo pra mim, eu insisti para que me deixasse ajudar, mas ela me colocou sentada ali, e disse que queria fazer ela mesmo.

...

CONTINUA