Encontros

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Trabalhar na HYBE era exaustivo fisicamente e mentalmente, vigiar o Bangtan Sonyeondan era ainda mais complicado. Eles estavam à beira de um comeback, ensaiavam o tempo inteiro, mas tinham uma vida social movimentada e corrida. Focada na volta de outro grupo lucrativo quase não acompanhei o Bangtan durante a semana.

Apesar de sete, eles tinham personalidades bem parecidas, Yoongi, Jin e Hoseok eram muito tranquilos, Taehyung sempre que podia visitava sua família em um apartamento em downtown, Jimin frequentava restaurantes, mas saía com os amigos eventualmente, Namjoon passava o dia entre galerias de arte, e passeios, mas a noite sempre encontrava-se com seu namorado em um apartamento nos arredores de Seoul. Já Jung Kook era um mistério, algumas noites desaparecia e ninguém do departamento pessoal tinha ideia do que ele fazia, outras treinava por três horas sem parar. Apesar do tempo sempre passar rápido acompanhando os idols, eu sentia muita falta da ONG.

Desde que tinha voltado ao cargo não tive mais tempo de ir aos meus treinos de boxe ou praticar dança com Taesung. Na sexta-feira, sedenta por qualquer atividade que acalmasse minha mente, desci até o andar das academias na esperança de me liberar do stress e a ansiedade de lidar com idols festeiros e bagunceiros.

— Ah, mas...

— Infelizmente a academia feminina está em reforma por uma infiltração, somente na segunda-feira, mas a senhora pode usar a academia masculina, não deve ter ninguém. - o homem me falava com um sorriso nos olhos sobre a máscara.

Sorri ironicamente, contrariada, me dirigindo até a porta ao lado. A HYBE ainda tinha muitas divisões de gênero de um sistema arcaico e misógino que meu pai adorava, burlar um pouco a rigidez me deixava animada até, mesmo que eu pudesse atrair problemas. Aparentemente a ala masculina estava toda vazia, Sewu entrou comigo, ficando em pé ao lado dos aparelhos de superiores. Meu único objetivo era treinar, liberar meus radicais livres e ir para casa dormir, exausta.

Comecei pela barra, alternando com as flexões de braço, em minutos o suor escorria pelo meu corpo, molhando o blusão. Estar coberta não era problema, afinal era metade coreana e tinha aprendido a esconder meu corpo a vida toda. Me dirigi ao espelho, no intuito de contrair os músculos satisfeita com meu desempenho, ao invés de acionar a luz, apertei outro botão que levantou a placa espelhada revelando outra sala ao fundo.


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Jung Kook treinava boxe com um dos meus antigos professores, que eu tinha indicado à HYBE alguns anos antes. Conforme a placa subia me revelando, o mais novo parou de focar no treino e me encarou, com os olhos arregalados, levando um soco no estômago. Fiz um sinal de desaprovação e dor com a cabeça, em solidariedade, mas voltei ao meu treino e à sequência de flexões de braço no chão. Ainda assim, eu podia ouvir claramente a desaprovação do professor.

Legacy • Jung KookOnde histórias criam vida. Descubra agora