Eu olhava a mensagem de Jung Kook todos os dias, como se o encontrasse pessoalmente, mas não era esse o caso. Felizmente, Eun-woo cumpriu sua parte no acordo e não fez nada contra o maknae. Fiquei atenta à todos os tabloides e deixei a equipe vigiando as notícias relacionadas. Ainda assim nossa foto no tapete vermelho saiu em todos os jornais nos dias seguintes.
Meu caminho para a HYBE era mais cedo, saindo cada vez mais tarde tentando evitar o Jung Kook de propósito. Não tinha como encará-lo enquanto não resolvesse tudo e o encontro com Eun-woo tinha sido marcado para a sexta-feira, logo depois do fim do expediente. Combinamos apenas um breve jantar em um antigo restaurante que costumávamos frequentar juntos, quase fora da cidade. Ele insistiu em me buscar na empresa, depois dos seus compromissos.
Por volta das dez da noite do dia marcado, enquanto eu ainda encerrava a agenda do Bangtan e do TxT, alguém abriu a porta da sala por trás de mim, sem bater.
— Yun, eu tava pensando... a gente podia só ficar lá em... - ele tinha a voz doce, mas era fraca.
— Galaxy... - suspirei involuntariamente, com saudades, usei o apelido que tanto gostava, virando para vê-lo, eu quis correr para abraçá-lo no reflexo.
— Uow... - Jung Kook entrou na sala, fechando a porta, parecia abatido e triste. Estava com a roupa dos treinos de boxe, mas carregava alguma coisa na mão direita que não consegui ver. — Você tá... como sempre... linda.
Vivendo isolada toda a minha vida eu mal me dava conta de tosos os elogios que tinha recebido durantes os últimos meses, mas foram os olhos tristes que me abalaram, eu sentia meu corpo entristecer junto com ele. Quando ele se aproximou no lugar da linda constelação eu os vi brilharam por alguns segundos e depois voltaram para a opacidade, me confundindo. As olheiras profundas de dias sem dormir e sem se alimentar direito estavam sobressaltadas.
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— Obrigada. - outra vez eu quis abraçá-lo, mas me dei conta que não sabia muito bem como fazer isso. — Infelizmente eu tenho um compromisso hoje.
Por favor, não me pergunta o quê.
— É, eu imaginei pela roupa... toma, isso é para você. - ele me deu uma única dália vermelha, que escondia.
— Ah, que linda... como...? Yoongi. - ele assentiu com a cabeça, depois encarou os próprios pés.
Se ele soubesse, se ele soubesse o quanto significava para mim, o quanto sua companhia me fazia bem, o quanto eu me sentia bem e todo e qualquer pensamento intruso tinha desaparecido.
