Colegial - Brumilla. (2° temporada)

Conselho

Ludmilla pov.

- Papá, sei que você e a mamá chegaram agora, mas será que a gente podia conversar.

Minha filha me pediu, ela parecia meio envergonhada, mas resolvi não comentar.

- Claro princesa, a papá só vai tomar um banho primeiro, tudo bem? - ela concordou - Vou no seu quarto para falarmos depois que eu terminar aqui.

E sem falar mais nada, minha filha saiu do quarto. Seu comportamento estava estranho, ela não era assim, ela não tinha vergonha de pedir as coisas.

Adentrei o banheiro com uma muda de roupa confortável em mãos. Tomei um banho rápido, apenas pala lavar o corpo. Saí do banheiro já usando o shorts com uma regata flouxa.

Eu não seria nem louca de usar algo comprido nesse calor. E saí rumo ao quarto da minha princesa.

Jasmine pov.

O que que eu fui fazer!! Puta merda Jasmine... querer falar com a sua mãe sobre uma garota!!!

Kauane tinha total razão quando disse que eu fazia muita merda por puro impulso.

- Princesa? - oh droga.

- Entra...

- Sobre o que quer conversar? - papá pediu.

- Não era nada de mais...

- Eu conheço você, sei que está mentindo. - que saco - Vamos... sabe que pode me contar sobre qualquer coisa.

- Como... - começei - Como você soube que gostava da mamá?

- Por quê quer saber?

- Só me responde...

- Já vi que o negócio aqui é sério... - revirei os olhos - Vou fingir que não vi isso! - murmurei um "desculpa" - Bem melhor.

- Pode só me contar...

- Claro. - ela concordou se sentando ao meu lado - Quando conheci sua mãe eu era igualzinha a você! Popular no colégio, capitã do time... todos sabiam da minha condição e pra minha sorte o colégio não permitia bullying. Sua mãe entrou quanfo eu estava no último ano, ela era linda, me chamou a atenção logo que a vi.

- Pode pular essa parte? Eu já sei como se conheceram... quero saber como você sabia que era ela.

- Não tem como saber de muitas coisas, mas você aprende a reparar com o tempo. - concordei sem olhar pra ela - No começo sua mãe e eu não nos davamos bem, eu tive que mentir pra ela por um tempo para poder ficar com ela, quando ela descobriu ficou muito brava comigo, mas ela me perdoou pois nós já nos gostavamos.

- Ai teve todo aquele lance com ela ir embora e você ficar com uma outra mulher que é a mãe de sangue do Enzo. - ela concordou novamente - Eu ainda não consegui entender... - sussurrei.

- Não sabemos ao certo quando começamos a gostar da pessoa, mas reparamos que quando essa pessoa não está do nosso lado, sentimos falta. Quando estão bravos conosco, ficamos mal. - suspirei, não podia ser - Mas quando estão conosco, estamos completos. A pessoa faz você sorrir mesmo estando triste.

- Tradução...

- Ah claro... esqueci que minha princesa quer ser astronoma.

- Papá...

- Digamos assim... que você seja a lua. O lua se mantem totalmente escura, triste, mesmo tendo a compania da Terra e das estrelas, seus amigos, mas isso tudo muda quando surge o sol. O sol te traz a felicidade, te traz a vida. Entendeu?

- Acho que sim... então quando o sol se vai, ele lava a felicidade consigo. E tudo volta a ficar escuro e triste.

- Isso... se quiser me contar sobre isso que está sentindo...

- Ainda não...

- Claro, no seu tempo minha princesa.

- Obrigada...

(...)

Brunna pov.

- Bru... hoje aconteceu algo estranho. - Ludmilla falou deitando-se ao meu lado na cama.

- Hmm? - insentivei ela a continuar, mesmo não tendo falado.

- Nossa filha veio me perguntar sobre como eu sabia que gostava de você. - me virei em sua direção surpresa - Eu tive quase a mesma reação que você.

- Ela não é disso, é?

- Com certeza não.

- E o que você falou?

- A verdade... que você é a mulher da minha vida e que nós sabemos quando gostamos de alguém.

- Ela deve estar com algum namoradinho e não quer falar.

- Bru... seria namorado, ela tem 16 anos, não é mais um bebê pra falar no diminutivo.

- Ela vai continuar sendo meu bebê mesmo assim.

- Mais te prometo uma coisa... - esperou pra falar - Se esse garoto, seja lá quem for, machucar a minha princesa eu arranco o que ele tiver no meio das pernas!

- Nada disso... sem ameaças Ludmilla. Vamos esperar, alguma hora ela vai nos apresentar esse garoto.

- Tudo bem... não vou fazer nada. Mas acho que Enzo também está com alguém, ele não fala, mas ele está ficando muito fora de casa pro meu gosto.

- Ele já é maior de idade amor e está aproveitando. Nós eramos bem piores, você principalmente, vivia fora de casa e dando festas.

- Ei! Estamos falando dos nossos filhos ou de como eu era na adolescência?

- Um pouco dos dois.

- Aé... então eu vou te mostrar o que eu fazia na adolescência.

Ludmilla me beijou, um beijo carinhoso e violento ao mesmo tempo. A noite seria comprida hoje.