Jantar de natal (parte 2)

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Solyana pov.

Eu queria bater nela, Jasmine tinha se jogado comigo por baixo no sofá. E eu queria reclamar muito mas ela me impediu antes que eu pudesse.

- Jas... sai!! - falei tentando me livrar dela, acabei exagerando e derrubando ela no chão.

- Aii Sol!!!

- Desculpa! Você tá bem? - pedi me sentando e a ajudando a levantar.

– Se me der um beijinho sim... ai minha dor sara na hora. – revirei meus olhos, mas deu um selinho rápido em seus lábios – Viu... já melhorei.

– Idiota.

– Você ama essa idiota.

– Não amo não... – menti.

– Não me obrigue a te fazer confessar... – falou se aproximando outra vez.

– Okay... talvez só um pouquinho assim. – falei mostrando meus dedos.

– Sem beijos pra você então... já que não gosta tanto de mim nem vai sentir falta deles.

– Golpe baixo o seu... – resmunguei – Sabe que seus beijos sãos os melhores.

– É, eu sei que são.

– Convencida.

Brunna pov.

– Olha a interação daquelas duas... são crianças! – minha mulher resmungava a meu lado.

– Amor, elas já são grandinhas... isso ai é só palhaçada mesmo.

– Nós não eramos assim...

– Não mesmo, eramos piores.

– Esquece... – falou – Enzo me avizou que já está subindo. – mudou o assunto.

– Perfeito, a mesa já está arrumada também, é só eles chegarem e já podemos comer.

– Você vive com fome Bru... onde coloca tudo? Na bunda?

– Claro, preciso deixar ela bem acolchoada pra não doer quando você mete com esse pinto enorme ai. – rebati.

– Você me paga Gonçalves Oliveira – falou se aproximando – E é bom que coma muito hoje... pra deixar bem acolchoada quando eu for te comer de sobremesa. – sussurrou em meu ouvido.

Fomos interrompidas pelo barulho da porta da entrada se abrindo e loga a voz de Enzo foi ouvida.

– Poder parar de transar com palavras? Isso é nojento. – ele pediu nos olhando.

– Deixa nossas mães em paz Enzo... e até parece que você não faz o mesmo com sua garota. – Jasmine falou enquanto aparecia na coxinha acompanhada pela Solyana.

– E você também pirralha. – Enzo devolveu, como resposta Jasmine deu de ombros.

– Okay, okay. Agora chega de provocações. – Ludmilla anunciou – O jantar está pronto, se já estiverem com fome.

– Então vamos... – falei arrastando ela comigo, os outros dois casais vinham logo atrás.

(...)

Jasmine pov.

– Como você é nova aqui Luana, queria dizer que nós dizemos pelo que somos gratos nesse dia também... – Papá falou – Quer ser a primeira?

– Eu prefiro falar depois, se não se importa.

– Claro. – Papá respondeu sorrindo – Então amor, acho que sou a primeira novamente. – todos rimos, ela sempre era a primeira a falar – Queria agradecer primeiro por mais um ano ao lado dessa mulher incrível que tenho como esposa e também por meus dois filhos estarem com garotas incríveis.

– Quase tia... quase. – Sol interrompeu, olhei pra ela com uma cara de "não acredito que você ainda tá com isso na cabeça", ela deu de ombros.

– Sendo assim... minha vez. – falei me levantando – Quero agradecer por essa família incrível que mesmo já sendo lgbt me aceitou facilmente mesmo sendo descoberto de um geito... constrangedor eu diria. E também agradecer por ter a Sol do meu lado e torcer para que a pergunta que vou fazer pra ela agora tenha uma resposta positiva.

– O que você tá fazendo? – Sol me perguntou quando me ajoelhei a sua frente.

– Vou ser rápida e direta... se aceitar compro as alianças ainda hoje pra por no seu dedo. – falei rápido – Sol, aqui na frente de todo mundo, você aceita namorar comigo? – pedi olhando pra ela.

– Sim... sim, sim, sim e sim. – pulou em cima de mim derrubando nós duas no chão – Amor, você tá bem? – concordei com a cabeça enquanto ajudava a nós duas a se levantar.

– Agora não pode mais ficar me provocando quando alguém dizer que nós namoramos. – falei a abraçando.

– Chega de melação, minha vez. – Enzo falou – Também quero agradecer por ter uma família como essa e informar que finalmente vou poder morar sozinho. Encontrei um apartamento não muito longe daqui, bonito e confortável.

– Não vai mais morar aqui? – pedi e ele negou – Posso pegar algumas coisas que você não vai querer levar? Tem uns dvd seu que são muito bom.

– Pode... – comemorei internamente, ele tinha um dvd só com música pra lap dance – Mas só depois que eu pegar os que eu quero.

– Feito. – apertei a mão dele como se fosse um acordo – Acho que agora a gente pode comer... – mudei o assunto – Quer que eu te sirva amor? – Sol concordou sorrindo.

O jantar foi bem tranquilo, algumas risadas e conversas aleatórias. Notei que Luana olhava para minha interação com a Sol algumas vezes, o que essa garota queria afinal?

– Podemos ir pra sala? Amanhã quando acordarmos terá presentes nela.

– Mãe, todos aqui são grandes o suficiente pra saber que os presentes são comprados. – falei pra mamá, todos deram leves risadas.

– A diferença é dessa vez terá mais pessoas, as madrinhas de Enzo virão, Patty virá, suas madrinhas também filha, seus avós... muita gente. – papá disse, ela parecia surtar pelo tanto de gente.

– Mas a festa não vai ser aqui em casa, não seriamos loucas de algo assim. – mamá completou.

– Na verdade, Bru... – papá interrompeu – Eu chamei eles aqui...

Colegial - Brumilla.  (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora