Traição ou não?

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Ludmilla pov.

– Avó... – minha mulher falou – Vou ser avó... – ela me olhou e eu vi seus olhos cheios de lágrimas.

Me aproximei dela e a abraçei forte, ela chorou de felicidade em meus braços e eu não me aguentei e chorei também. Com o passar dos anos tanto eu como a Bru nos tornamos manteigas derretidas, olhávamos uma criança na rua e agora víamos netos, em vez de filhos.

Desfiz o abraço com minha mulher e andei até meu filho, o apertei em meus braços o quanto eu podia e isso foi um pouco difícil por ele ser um pouco mais alto que eu

– O neto delas não vai viver em paz, tadinho. – ouvi Patty dizer.

– Por quê não? – Luana pediu curiosa.

– Não tá na cara? – Patty pediu e Luana negou – Avós babonas... tias-avós loucas e as madrinhas vão ser uma mistura, babonas e loucas. – dei risada, fato, eu seria uma avó babona.

– Tia! Isso não é verdade! Eu não sou louca! – minha filha retrucou.

– Se não ficou louca ainda... vai ficar. Olha a sua família.... – Sol falou, eu neguei sabendo onde isso ia chegar.

– Amor! – Jasmine falou indignada – Era pra você ficar do meu lado, não do delas.

– E eu tô do seu lado, mas olha em volta... – Solyana falou – Suas madrinhas são duas malucas, sem ofença tia Juliana e tua Emily. – elas deram de ombros – A tia Dayane é respondona e a tia Júlia tem um olhar que te faz pensar que fez merda. – dei risada disso, era verdade, Júlia tinha um olhar acusador – Suas mães são mega cuidadosas com tudo. – concordei – A única nessa casa que ainda é meio santa é a tia Patty.

Jasmine pov.

Pensei um pouco nas palavras da Sol e bom... era verdade. Minha família era totalmente diferente da convensional.

– Pera... meio santa? – tia Patty pediu.

– Meio santa sim, dona Patrícia... – mamá falou – Você já era meio santa na adolescência, agora eu já nem sei.

– Antes que vocês comecem a discutir.... – meu irmão interrompeu – Só quero dizer que espero que vocês tenham gostado dessa notícia.

– É claro que gostamos!! – quase todas as mulheres da casa falaram juntas.

– Maninho, maninho.... claro que vou ficar feliz! Com todos esses anos sem a Luh engravidar eu tava começando a achar que você era estéril. – provoquei um pouco.

– Pelo menos eu posso fazer filhos. – rebateu minha provocação.

– Está achando que eu não posso? – perguntei.

– Dedos não são capazes de engravidar alguém... – respondeu.

– E quem disse que eu sou a passiva? – debochei sorrindo – Diferente de você eu sou a ativa.... todos sabemos que entre você e a Luana, ela é a ativa e pode apostar que eu sei muito bem disso.

Quando terminei de falar todos estavam olhando pra mim com olhar estranho.

– Como você pode ter certeza de que ela é a ativa? – Enzo me pediu, sua voz estava um pouco mais grossa que o habitual.

– Porque eu.... eu... – não sabia se era bom contar sobre o que tinha acontecido anos atrás, olhei pra Sol em busca de um confirmação sobre o que fazer.

– A Luana ajudou a Jas a fezer ciúmes pra mim no colegial... tudo não passou de provocações. – me surpreendi quando Sol falou no meu lugar.

– O que quer dizer com isso? – dessa vez foi minha papa que perguntou.

– Que ela e eu... – olhei pra Luana que estava com olhar apavorado, mas olhei pra Sol em busca de apoio – Bom... nós já... ficamos. – falei por fim.

– Então... – papa ia fazer outra pergunta mas eu não a deixei.

– Não me faça essa pergunta... – falei – Sei o que vai pedir e quero que saiba que ninguém aqui vai gostar de saber disso.

Solyana pov.

– Saber do que? – pedi confusa.

Jas não falou nada, apenas me pegou pela mão e me puxou para um lugar afastado, Ludmilla estava logo atrás de nós, mas eu não quis dizer pra Jasmine pois sabia que ela não me contaria seja lá o que ela estava escondendo.

Ela me arrastou até o quarto mais afastado da casa e fechou a porta quando passamos.

– Não queria que soubesse disso... não dessa forma.

– Jasmine Gonçalves Oliveira... o que sua mãe sabe que eu não sei?

– Acho melhor você sentar.... – ela disse parecendo nervosa, eu me sentei na cama esperando pela sua continuação – Bom....

– Vá direto ao ponto, estou começando a ficar nervosa. – falei a interrompendo.

– Tá, eu só não sei como dizer sabe.... – dei de ombros.

– Apenas fale Jas...

– Luana e eu... nós quase fizemos... – nessa hora eu entendi e interrompi sua fala.

– NÃO ACREDITO QUE FEZ ISSO COM ELA!! – gritei me levantando e a empurrando.

– Amor calma!! Não rolou!!

– Acabou de me dizer que quase fizeram.... não minta pra mim!

– Exato!! Foi quase!! – ela abreviou a última palavra – Papa entrou no meu quarto e interrompeu...

– Então se não fosse pela sua mãe vocês teriam.... oh meu Deus! – falei com nojo.

– NÃO!! – falou alto se aproximando.

– NÃO CHEGUE PERTO DE MIM!! – gritei me afastando, nessa mesma hora a porta foi aberta e quase todas as suas tias entraram por ela.

– Opa... vamo diminuir a tensão aqui porque eu tô sentindo o ar bem pesado aqui dentro. – tia Vero falou enquanto entrava.

– Diga pra elas Jas... FALA! – Jas abaixou sua cabeça quando todas a olharam.

– Tá... o clima tá estranho. – Dayane falou – O que ela quer que você fale, pequena sobrinha?

– Papa pegou Luana e eu na cama a alguns anos.... – ela disse baixo.

Colegial - Brumilla.  (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora